Durante o período em que o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) passa por reformas, a artista Andressa Cantergiani desenvolve uma pesquisa de investigação artística no contexto e cenário da instituição fechada ao público. Nesta terça-feira (20), às 18h, uma live apresenta o projeto ao público.
O bate-papo online, além d0a artista, conta com o curador, Bernardo José de Souza, e mediação de Francisco Dalcol, diretor-curador do Margs. A transmissão ocorre no
canal do museu no YouTube, com intérprete de Libras.
Intitulado Felina, trabalho se inspira na história dos gatos que salvaram o Hermitage - o maior museu da Rússia - da ameaça de ratos em 1745. À época, a imperatriz Isabel Petrovna emitiu um decreto para que felinos fossem deixados no museu à noite para proteção das obras de arte.
Com acompanhamento crítico do curador Bernardo José de Souza, o projeto especula sobre os processos de transformação político-estrutural que as instituições de arte vêm atravessando em tempos recentes, sobretudo em resposta às lutas identitárias e aos movimentos decoloniais.
Em seus desdobramentos, Felina deverá culminar em uma mostra individual da artista visual e performer em Porto Alegre, Berlim e Madri, sendo possivelmente transposta também para o espaço virtual conforme o contexto da pandemia de Covid-19. A produção será de Jaqueline Beltrame, e a museografia, de Edu Saorin.
Ao mesmo tempo em que realiza este trabalho, Andressa também participa de exposições coletivas no Brasil e exterior, entre físicas e virtuais. Até 13 de julho, integra, no neue Gesellschaft für bildende Kunst, em Berlim, a coletiva Museo de la democracia, que que discute as dependências políticas, econômicas e discursivas da América Latina em relação ao Norte.
Ela ainda faz parte do projeto coletivo O tempo como verbo, realizado pelo Instituto Cultural Torus. A exposição em formato de galeria virtual imersiva traz também uma reflexão sobre o meio virtual como um espaço em que as regras do mundo físico não precisam ser aplicadas. Participam ainda os artistas Túlio Pinto, Dirnei Prates, Ío, Bruno Borne, André Severo e Virgínia di Lauro.