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Cultura

- Publicada em 13 de Abril de 2021 às 19:03

Érico Moura revisita e reinventa processos em novo álbum

Cantautor lança single do disco em finalização, com previsão de lançamento para o segundo semestre

Cantautor lança single do disco em finalização, com previsão de lançamento para o segundo semestre


RAUL KREBS/DIVULGAÇÃO/JC
Roberta Requia
Após um hiato de quase três anos desde seu último lançamento de estúdio em 2019, Érico Moura ressurge com Tudo é processo, seu novo álbum que mistura regravações e novidades sonoras. Programado para o segundo semestre de 2021, uma prévia do trabalho pode ser conferida na canção Eu sendo eu (being me), título divulgado nesta terça-feira (13) nas plataformas digitais, e que também ganhou um videoclipe (o primeiro da carreira de Moura).
Após um hiato de quase três anos desde seu último lançamento de estúdio em 2019, Érico Moura ressurge com Tudo é processo, seu novo álbum que mistura regravações e novidades sonoras. Programado para o segundo semestre de 2021, uma prévia do trabalho pode ser conferida na canção Eu sendo eu (being me), título divulgado nesta terça-feira (13) nas plataformas digitais, e que também ganhou um videoclipe (o primeiro da carreira de Moura).
A canção foi originalmente composta em 1998, quando o artista fazia parte da banda Universo Colorido. Em entrevista ao Jornal do Comércio, ele conta que a regravação representa novos significados que a música ganhou em sua vida com o passar dos anos. "Sei que ela e eu estamos em constante transformação. Mas além dos aspectos emocionais e as representações dentro de mim, também queria que ela estivesse acessível às pessoas no mundo digital de plataformas desta terceira década".
Érico Moura concilia a vida musical com a carreira de psiquiatra. Durante um longo período, achou que não conseguiria conciliar vida artística e profissional ao mesmo tempo. Seu primeiro álbum, C.O.L.E.T.Â.N.E.A (2007), possui um intervalo de distância de 12 anos de Amaré (2019). "Foi um erro enorme. Foram anos predominantemente tristes e cheios de solidão. Claro que conquistei algumas coisas importantes na carreira de psiquiatra. Títulos dos quais me orgulho muito, como de mestre e doutor em Psiquiatria. Também sou especialista em psicoterapia de orientação psicanalítica. Sei que não poderia ter feito diferente, porque esse foi o jeito possível. E a vida é assim, feita de caminhos e caminhada."
Ele compartilha que tudo começou a mudar com o nascimento da filha, em 2012: "Renasci com ela. Precisei mudar muitas coisas para me reconectar com a música e encontrar um espaço de expressão e divulgação do meu trabalho. E sei que a mudança é a ordem. Sigo mudando no caminho. Vamos ver pra onde Tudo é processo vai. E eu também".
Suas duas atividades foram impactadas diretamente com o começo da pandemia em março de 2020. Em luto constante pela situação trágica causada pelo novo coronavírus, sua rotina vem sendo alterada desde então. Cerca de metade do disco já estava pronto no início da pandemia. Porém, impossibilitado de reunir músicos ao vivo em estúdio e sem previsão de retorno, Moura precisou reinventar alguns processos. "Passamos a fazer reuniões semanais online. Já tínhamos baixo e bateria gravados ao vivo sobre uma guia de violão e voz que também gravei ao vivo", explica.
Tudo é processo tem dez faixas. Ainda neste mês será lançada como prévia mais um título do disco, a canção Dando a volta nas estrelas, composta em 2017 e que tem melodia do multi-instrumentista Gian Becker. Moura explica que, mesmo sendo escrita antes de Amaré, a música não entrou para a seleção por não se encaixar naquele trabalho. O espaço foi conquistado no novo projeto: "Pra mim, ela é muito atual, bem dentro do processo deste novo disco. Ela nem foi para a seleção de repertório de Amaré como Nas nuvens, Eu sendo eu (being me) e Vamos dar risada dos meus caprichos, que foram preteridas. Achei que ela não tinha a ver com Amaré desde o início. Talvez não estivesse bem pronta ou pelo menos sedimentada dentro de mim", conta.
Moura segue compondo. O sentimento de luto causado pela pandemia (e o próprio luto pessoal, pois perdeu um tio próximo vítima da Covid-19), afetaram e influenciam sua maneira de compor artisticamente. "Entretanto, passei a 'roubar versos', como canta Drexler, com mais frequência. Criei canções a partir de poemas de Fernando Pessoa, Claudia Schroeder e Celso Gutfreind. Esse processo já aparece em Tudo é processo, mas percebo que ele está mais profundo agora. Creio que os processos são como fluxos, nome de uma das canções do álbum novo, pois sobem, descem, aumentam, diminuem, crescem, morrem, renascem etc."
Inspirado por novas possibilidades de compor, criar e fazer música, em Tudo é processo, o cantautor concretiza novos caminhos para se desenvolver artisticamente.
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