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Cultura

- Publicada em 26 de Março de 2021 às 19:36

Festival online e gratuito reúne artistas de diversos segmentos neste sábado

Grupo Tambo do Bando integra programação do evento

Grupo Tambo do Bando integra programação do evento


CLAUDIO FACHEL/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Artistas de diversos estados de todas as regiões do Brasil e também de países como Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Suíça se reúnem neste sábado (27) para realizar o Festival Respeita a Cultura - Em Defesa da Vida. Serão 12 horas (das 10h às 22h) de programação online, gratuita, com transmissão ao vivo pelos canais do Fórum de Ação Permanente Pela Cultura no YouTube e Facebook. O evento marca o lançamento de campanha que visa arrecadar verba para compra de cestas básicas aos artistas e demais trabalhadores do setor, que enfrentam necessidades por conta da pandemia de Covid-19.
Artistas de diversos estados de todas as regiões do Brasil e também de países como Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Suíça se reúnem neste sábado (27) para realizar o Festival Respeita a Cultura - Em Defesa da Vida. Serão 12 horas (das 10h às 22h) de programação online, gratuita, com transmissão ao vivo pelos canais do Fórum de Ação Permanente Pela Cultura no YouTube e Facebook. O evento marca o lançamento de campanha que visa arrecadar verba para compra de cestas básicas aos artistas e demais trabalhadores do setor, que enfrentam necessidades por conta da pandemia de Covid-19.
"Também estaremos reivindicando vacinação para todos e a volta do auxílio emergencial", destaca a atriz, produtora e jornalista Dinorah Araújo. Integrante do Fórum, ela observa a diversidade e pluralidade de etnias, gêneros, linguagens artísticas, e manifestações populares do evento. "O festival vai apresentar uma programação formada por música, teatro, circo, dança, cinema, artes visuais e literatura, incluindo também o trabalho de artistas e fazedores de cultura indígenas, quilombolas e das comunidades da periferia", enumera a produtora.
"Os trabalhadores e trabalhadoras da Cultura foram os primeiros a terem que interromper suas atividades (cuja natureza demanda aglomeração de pessoas) e serão os últimos a voltar", observa o contador de histórias, poeta e músico, Nelson Giles, também integrante do Fórum. "Tem gente que acredita que fazer live é alternativa, mas isso só dá certo para quem tem grandes redes de televisão por trás. A imensa maioria dos artistas está com aluguéis atrasados e geladeiras vazias", justifica. 
Criado no final de 2019, o Fórum de Ação Permanente pela Cultura do Rio Grande do Sul reúne 200 artistas, oriundos de movimentos, coletivos e entidades, ativistas sociais e comunitários. "Nosso foco é a valorização do setor e temos a proposta de união de toda a classe, em uma grande mobilização de resistência ao desmonte da Cultura nas esferas municipais, estaduais e federais", afirma o ator Hamilton Leite, da Oigalê - Cooperativa de Artistas Teatrais, integrante do Fórum. "Ainda queremos discutir a possibilidade dos fundos municipais de Cultura serem utilizados para que se tornem auxílio emergencial para os trabalhadores do setor. Esta é uma demanda do Fórum e também da Move - Rede de Artistas de Teatro de Porto Alegre", adianta.
Em 2020, entre as ações que o Fórum de Ação Permanente pela Cultura no Rio Grande do Sul realizou, também ocorreu arrecadação de verba para a compra de cestas básicas. Na ocasião, o grupo conseguiu aproximadamente R$ 4 mil. "Este ano a meta é maior (R$ 10 mil), pois há mais gente precisando e os alimentos estão mais caros", explica a secretária geral do Conselho Municipal de Cultura e uma das fundadoras do Fórum de Ação Permanente no Estado, Letícia Fagundes.
"Durante o ano passado lutamos pela aprovação e depois pela execução da Lei Aldir Blanc (Lei Emergencial para a Cultura), no entanto identificamos que muita gente que precisava não teve acesso ao auxílio, a exemplo de comunidades indígenas e quilombolas", ressalta. Segundo os integrantes do Fórum a campanha para arrecadação de verba para a compra de alimentos é urgente e vai ocorrer durante uma semana na plataforma de financiamento coletivo Apoia.se.
"O Festival é um alerta para a situação dos trabalhadores da Cultura, que estão na luta pela vacina, pelo auxílio emergencial, pela dignidade do povo", concorda Dinorah. "Nos unimos com a missão de fazer o evento com toda a diversidade que e vamos conseguir dar voz a muitos "invisíveis", a exemplo de representantes da periferia, lideranças promotoras da Saúde da população negra e pessoal do movimento de luta pela moradia", completa Letícia.
"A mobilização foi intensa, viramos noites produzindo para ter artistas de várias partes do mundo, que irão se apresentar de forma voluntária, por acreditar nas nestas lutas", frisa Dinorah. Ela comenta que esta será uma oportunidade única do público conferir um intercâmbio de trabalhos. "Ao mesmo tempo que terá lugar de fala com obras feitas por negros (como Afro-Sul Odomodê), indígenas (a exemplo do coral Arai Ovy-Aldeia Ka'aguy Porã, de Maquiné/RS), e pessoas da periferia (Perla Santos e Movimento Meninas Crespas), teremos apresentação da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Santa Maria, de um grupo de jazz de Buenos Aires (Hot Club de Boedo e Sol Giles) e de um duo de Oboé e Acordeon gravado na Suíça, só para citar algumas pluralidades."
Entre os nomes que vão participar da programação estão artistas como Francis Hime (RJ/Brasil), Hugo Pilger (RJ/RS), Olivier Forel e Sandra Barbezat (Suíça), Tambo do Bando (Porto Alegre/RS), Bianca Gismonte e Júlio Gopala (RJ/Brasil), Lu Severino Y Tránsito (Shangri-la/Uruguai), Toni Dias (Florianópolis/SC), Sandrera (Vila Velha-ES), Vladimir Soares como solista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre-OSPA (Brasil/Alemanha), Santiago Abreu, GRAFAR - Associação dos Artistas Gráficos do RS, Luiz Alberto Cassol, Coletivo de Cinema Macumba Lab, Maculelê Quilombo Dos Machado, Kuawá Apurinã (Pelotas/RS), Rapper Lady Dee (Pelotas/RS), entre outros.
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