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Artes Visuais

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2021 às 17:38

Maxwell Alexandre retorna a POA para finalizar obra na prensa de Iberê Camargo

Artista carioca apresenta a gravura feita no atelier da FIC (um colar com um revólver como pingente)

Artista carioca apresenta a gravura feita no atelier da FIC (um colar com um revólver como pingente)


LUIZA PRADO/JC
O artista visual Maxwell Alexandre retornou a Porto Alegre nesta semana para deixar mais uma marca na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000). Após exibir sua exposição Pardo é papel, Maxwell finalizou uma nova obra, produzida na prensa que pertenceu a Iberê Camargo, sob supervisão do pintor gaúcho e coordenador do Ateliê de Gravura da instituição, Eduardo Haesbaert. A obra, assim como seus outros trabalhos, apresenta um impacto visual no espectador: um cordão de ouro e um revólver como pingente. Sessenta gravuras foram reproduzidas: 30 permanecem para venda e exposição na Fundação, e as outras 30 ficam com o artista.
O artista visual Maxwell Alexandre retornou a Porto Alegre nesta semana para deixar mais uma marca na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000). Após exibir sua exposição Pardo é papel, Maxwell finalizou uma nova obra, produzida na prensa que pertenceu a Iberê Camargo, sob supervisão do pintor gaúcho e coordenador do Ateliê de Gravura da instituição, Eduardo Haesbaert. A obra, assim como seus outros trabalhos, apresenta um impacto visual no espectador: um cordão de ouro e um revólver como pingente. Sessenta gravuras foram reproduzidas: 30 permanecem para venda e exposição na Fundação, e as outras 30 ficam com o artista.
Maxwell evita falar o significado da obra, mas também revela que nem sempre suas escolhas estão ligadas a um significado direto: “Eu evitaria fazer uma fala que entregasse o trabalho de uma maneira óbvia e literal, acaba tirando a potência do trabalho. Por isso eu gosto de saber o que as pessoas veem”, comentou o jovem durante um evento para jornalistas na Fundação nesta sexta-feira (5). Ele também vê na gravura uma atmosfera religiosa, que tem escolhas formais, como a luz dourada e o processo de fotografia. Talvez a obra integre Reprovados, uma série que trata de questões mais ácidas da vivência preta, como o conflito da comunidade com a polícia, a dizimação, o encarceramento da população negra e a falência do sistema público de educação.
A inauguração de Pardo é papelfoi notícia no Jornal do Comércio, quando a reportagem conversou com o artista. É uma exposição itinerante que já passou pelo Museu de Arte do Rio e pelo Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França.
Em grandes painéis de papel pardo, Maxwell Alexandre compõe obras com elementos de sua vida cotidiana na Rocinha, referências periféricas, sonhos e expectativas para o futuro: “No meu trabalho, gosto muito de brincar com esses símbolos que ainda são estigmatizados na periferia. Por exemplo, eu era estudante da escola pública. Quando saía da escola tirava a camisa porque não gostava daquele uniforme, aquilo evidenciava de onde eu vinha e me marcava.”

Mostra Pardo é papel segue em exposição na Fundação Iberê até 14 de fevereiro

Mostra Pardo é papel segue em exposição na Fundação Iberê até 14 de fevereiro


LUIZA PRADO/JC
Hoje, várias das obras da mostra contêm meninos negros vestidos com o uniforme das escolas públicas do Rio de Janeiro: “O uniforme ganha tons de empoderamento. Pardo é papel fala sobre empoderamento e vitória”. Em maio, a exposição será exibida no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
Pardo é papel, de Maxwell Alexandre, continua em exposição na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000) até 14 de fevereiro. Os ingressos, que custam entre R$ 20,00 e R$ 70,00 (no valor mais alto incluindo estacionamento e catálogo), podem ser adquiridos pelo Sympla. São visitas marcadas (entre as 14h e 18h de sexta-feira a domingo) com horários definidos no momento da compra, sendo possível até 15 visitantes por agendamento de uma hora.