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Cultura

- Publicada em 22 de Dezembro de 2020 às 19:18

Nova série da franquia 'Angry Birds' tem produção latino-americana

Animação mostra os pássaros como crianças e se passa no universo do game 'Dream Blast'

Animação mostra os pássaros como crianças e se passa no universo do game 'Dream Blast'


Divulgação/Rovio Entertainment/JC
Roberta Requia
A união de três estúdios latino-americanos, a PunkRobot (Chile), Red Animation Studios (Peru) e Hype Animation, de Porto Alegre, é a responsável pelo mais novo lançamento no universo dos passarinhos coloridos. Angry Birds: Boubble Trouble é uma nova série composta por 20 episódios de um minuto e foi produzida pelo Los Amigos, nome dado à união dos três estúdios.
A união de três estúdios latino-americanos, a PunkRobot (Chile), Red Animation Studios (Peru) e Hype Animation, de Porto Alegre, é a responsável pelo mais novo lançamento no universo dos passarinhos coloridos. Angry Birds: Boubble Trouble é uma nova série composta por 20 episódios de um minuto e foi produzida pelo Los Amigos, nome dado à união dos três estúdios.
O desenho explora a infância dos conhecidos personagens Red, Bomb, Chuck, Stella e Silver e suas brincadeiras, imaginação e rivalidades, sempre com o bom humor que marca a franquia. Os três primeiros episódios da série já estão no ar, com novas estreias todos os sábados, no canal do YouTube de Angry Birds.
O desenho foi produzido pela finlandesa Rovio Entertainment, responsável pela franquia, e a Los Amigos, responsável pela parte de criação e animação. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o produtor executivo e CEO do Los Amigos Gabriel Garcia conta que o grupo foi convidado pela Rovio, após um evento em Miami, a participar de uma competição em que os finalistas iriam produzir a nova série.
O desafio era entregar um considerável projeto em apenas duas semanas, e que fosse baseado no último jogo da franquia, Angry Birds: Dream Blast, universo em que a animação criada pelo Los Amigos se passa. "Trabalhamos duro nessas duas semanas, e a grande vantagem é que tínhamos três estúdios para fazer uma proposta. Além do projeto, conseguimos produzir um miniclipe, que fez com que ganhássemos a competição pra produzir o projeto", explica Garcia.
A parte criativa ficou a cargo do núcleo brasileiro de produção, que incluiu o roteiro e a direção da animação, por Fabiano Pandolfi: "Pela primeira vez conseguimos, entre três estúdios, promover um codesenvolvimento, porque a premissa eram ideias mais na parte criativa do que na executiva. Nesse ponto acabamos tendo uma vantagem pela ajuda de ter os três estúdios trabalhando juntos nesse processo", complementa Garcia. O período de produção durou oito meses e rendeu um contrato de exibição com a Prime Video, plataforma de streaming da Amazon, durante três meses, antes da estreia no canal de Angry Birds.
A série é destinada ao público infantil, de 6 a 12 anos. Mas para o criador e roteirista Jordan Nugem, a produção também tem um fácil poder de comunicação com o público pré-escolar. Ele explica que as tramas dos episódios se baseiam na comédia, no carisma dos personagens e em situações de identificação com os pequenos: "Quando éramos crianças, todas as nossas brincadeiras pareciam muito mais grandiosas do que de fato eram, certo? Apostamos nessa ideia de enxergar as brincadeiras dos personagens através de um olhar mais infantil e imaginativo, onde uma simples tarefa como 'abrir um pote' se torna uma aventura ao melhor estilo 'missão impossível' ou onde um passeio de bicicleta se torna uma grande jornada de motociclistas pela estrada".
Para Nugem, o grande desafio foi construir algo novo utilizando personagens já consolidados e mundialmente conhecidos, mas que o estúdio teve liberdade para colocar um pouco de si na animação: "Precisávamos de algo simples e bastante aberto em termos de universo, algo que nos desse liberdade de criar infinitos episódios dentro de um mesmo contexto, por isso apostamos na temática de playground e imaginação. Pensamos em versões menores e mais infantis dos personagens do mundo Angry Birds e nos perguntamos como seria enxergá-los brincando dentro deste contexto".
O jogo, Dream Blast, possui pouco fator narrativo, porém muitos elementos visuais que acabaram servindo como um norte para o projeto: "Imaginamos os personagens um pouco mais jovens e focamos em suas interações, desviando um pouco dos elementos inteiramente ligados ao game em prol da narrativa".
Nugem define a construção do projeto como um quebra-cabeças, no qual o destino do espectador é focado nas brincadeiras. "Red, Silver, Stella, Chuck e Bomb já existem e já tem um 'final definido'. Respeitando o que são, mas adicionando um pouquinho de mim em cada um deles, dando um ar de novo à série. Com certeza, existe muita pressão envolvida em lidar com personagens já tão queridos pelo público, mas lidei com cada um deles com tanto carinho, respeito e amor quanto o público", relata o roteirista.
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