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audiovisual

- Publicada em 06 de Novembro de 2020 às 08:02

I Festival Cinema Negro em Ação divulga produções selecionadas

Títulos da mostra competitiva serão exibidos na TVE entre 20 e 27 de novembro

Títulos da mostra competitiva serão exibidos na TVE entre 20 e 27 de novembro


TVE/REPRODUÇÃO/JC
A curadoria do I Festival Cinema Negro em Ação publicou nesta quinta-feira (5), no site da Sedac, os selecionados entre 280 obras inscritas na mostra competitiva do evento. O anúncio dos concorrentes também teve transmissão ao vivo pela internet e pela TVE-RS, apresentado por Fernanda Bastos, jornalista da emissora pública, e por Clarissa Lima, jornalista da Sedac.
A curadoria do I Festival Cinema Negro em Ação publicou nesta quinta-feira (5), no site da Sedac, os selecionados entre 280 obras inscritas na mostra competitiva do evento. O anúncio dos concorrentes também teve transmissão ao vivo pela internet e pela TVE-RS, apresentado por Fernanda Bastos, jornalista da emissora pública, e por Clarissa Lima, jornalista da Sedac.
Em ação afirmativa inédita, os 33 concorrentes na categoria curta-metragem, cinco longa-metragens, 19 videoclipes e 16 selecionados na modalidade videoarte serão exibidos em 20 horas de programação da TVE-RS, canal 7.1 no sinal aberto, canal 7 na NET ou online em tve.com.br/tve.ao.vivo. Também vai ser possível acompanhar as exibições pela fanpage da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) no Facebook.
O evento realizado pela CCMQ e pelo Instituto Estadual de Cinema (Iecine) – instituições da Sedac – será realizado de 20 a 27 de novembro, como parte da programação do Mês da Consciência Negra. A maioria dos trabalhos selecionados leva assinaturas de mulheres e os concorrentes são de estados de todas as regiões do Brasil e também de Portugal.
O diretor do Iecine, Zeca Brito, vê o Festival Cinema Negro em Ação como um marco nas políticas afirmativas do audiovisual gaúcho: “Os selecionados também serão exibidos na plataforma Cultura em Casa, para todo o Brasil, e nas redes sociais da CCMQ e do Iecine”.
Já o diretor da CCMQ, Diego Groisman, situa o festival dentre as ações sempre pautadas pelas políticas da inclusão e da diversidade conduzidas pela Sedac. “Viabilizar um evento que busca valorizar a produção audiovisual de pessoas negras é algo muito importante para a gente. A Camila de Moraes, idealizadora e curadora do projeto, é a única mulher negra a dirigir um filme longa-metragem no circuito comercial brasileiro, nos últimos 35 anos, pelo menos. É um dado estarrecedor como este que nos mostra o quão importante é existir um evento como o I Festival Cinema Negro em Ação”, avalia Groisman.
A secretária da Cultura do Estado, Beatriz Araujo, destaca a dimensão do festival, agradecendo a participação de mais de 300 inscritos, de todas as regiões do País e de países do exterior, diretores que escolheram o Rio Grande do Sul para exibir seus filmes. “O Cinema Negro em Ação hoje é uma realidade. Uma ação afirmativa que contempla toda a diversidade da produção negra do audiovisual brasileiro. A Sedac se orgulha de promover este festival, que irá revelar uma novíssima produção, construindo empatias, empoderando e dando visibilidade a esses realizadores”, comemora Beatriz.

Riqueza cultural será atração na tela da TVE

Videoarte 'Sambaracotu - em busca de um corpo brasileiro'  foi selecionada na categoria

Videoarte 'Sambaracotu - em busca de um corpo brasileiro' foi selecionada na categoria


CLAUDIO ETGES/DIVULGAÇÃO/JC
Seis produções realizadas no Rio Grande do Sul integram a lista da curadoria do Festival Cinema Negro em Ação em curta-metragem. Entre os títulos selecionados do restante do País, chamam a atenção na categoria três obras de qualidade exibidas no Festival de Cinema de Gramado neste ano. A produção paulista Receita de caranguejo, filmada em Santos, de Issis Valenzuela, tendo mãe e filha adolescente como protagonistas, é uma das concorrentes. 
Integrante da pentalogia do mineiro Marco Antonio Pereira, outro nome de peso da relação é o belo e lúdico 4 bilhões de infinitos, estrelado por crianças e filmado no quintal do diretor, a cidade de Cordisburgo. O curta é uma homenagem ao próprio cinema. O terceiro filme já conhecido dos gaúchos é o carioca Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra.
O festival inédito também selecionou Perifericu, de um coletivo de jovens do bairro do Capão Redondo, em São Paulo, eleito melhor filme da mostra competitiva brasileira do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum neste ano.
Em videoarte, são sete criações do Estado. Rituais virtuais, de Valéria Barcellos, é o primeiro da lista, seguido por Sambaracotu - em busca de um corpo brasileiro, de Álvaro RosaCosta. Produções de Marina Kerber, Luis Ferreirah, Ana Langone, Anderson Simões e Marcelo Bonifácio também foram selecionadas.
Sambaracotu - em busca de um corpo brasileiro traz imagens dos corpos produzidos através da pesquisa para o espetáculo homônimo, apresentado em 2019 em Porto Alegre. RosaCosta assina direção, trilha, edição de som e imagem, sobre texto de Eliane Marques narrado por Simone Rasslan. As cenas de dança são protagonizadas por Danielle Costa, e há a participação especial da tia do diretor, Célia Ferraz da Rosa. 

Clipe da cantora Monique Brito foi filmado em Salvador

Show 'Filha do Sol' da cantora tem transmissão no YouTube no sábado, às 18h

Show 'Filha do Sol' da cantora tem transmissão no YouTube no sábado, às 18h


LUIS FERREIRAH/DIVULGAÇÃO/JC
Na categoria de longa-metragem, seis títulos foram anunciados; sendo três de São Paulo, um do Espírito Santo e um do Rio Grande do Sul. O representante local é Argus Montenegro & a instabilidade do tempo forte, documentário sobre a trajetória do baterista, de Pedro Isaias Lucas, uma produção de 2012 (Okna).
Para a mostra de videoclipes, foram escolhidos cinco vídeos de produções gaúchas, o Estado com maior número de selecionados, seguido por Maranhão e São Paulo, com quatro cada.
Do Rio Grande do Sul, está Azul, de Dona Conceição, e também Filha do Sol, de Luis Ferreirah. Para este último, Monique Brito, cantora residente em Campo Bom (RS) escolheu Salvador (BA) para gravar seus dois primeiros clipes, que têm a direção do produtor audiovisual gaúcho Ferreirah.
O diretor optou por filmar em Salvador por ser a cidade natal de Monique: a artista é filha de mãe baiana e pai gaúcho. "Do Mercado Modelo, às praias e ao Farol da Barra, tudo pulsa, e o sentimento que se depreende é um misto de angústia pesada com alegria em resistir", comenta Ferreirah.
"Mas as ruas daqui são o que de fato cativam. E não falo somente das ruas da Cidade Alta/Pelourinho, mas, também, da Cidade Baixa. As pessoas e as ruas são uma só, sempre em movimento, sempre em busca de algo melhor para si e para os seus. Isso é Bahia. Por isso é tão única", justifica. "Esses ambientes, que energeticamente vibram de forma bipolar, emprestem beleza e potência ao trabalho de Monique, cujas canções, viscerais, trazem o peso de sua ancestralidade. Não poderia haver outro cenário para esta locação", complementa.