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literatura

- Publicada em 19 de Outubro de 2020 às 08:13

Chegou a hora de Frei Betto lançar o seu diário sobre a quarentena, pela Rocco

Autor apresenta obra com relatos cotidianos, reflexões espirituais, crônicas e minicontos

Autor apresenta obra com relatos cotidianos, reflexões espirituais, crônicas e minicontos


JOÃO LAET/DIVULGAÇÃO/JC
A pandemia de Covid-19 colocou o autor Frei Betto novamente em situação de isolamento e reclusão. Ele esteve preso por quatro anos durante a ditadura militar, quando manteve intensa correspondência, compilada em seu primeiro livro Cartas da prisão (Civilização Brasileira, 1977). Em 2020, durante os três primeiros meses de quarentena, o escritor produziu um diário com relatos cotidianos, reflexões espirituais, crônicas e minicontos. 
A pandemia de Covid-19 colocou o autor Frei Betto novamente em situação de isolamento e reclusão. Ele esteve preso por quatro anos durante a ditadura militar, quando manteve intensa correspondência, compilada em seu primeiro livro Cartas da prisão (Civilização Brasileira, 1977). Em 2020, durante os três primeiros meses de quarentena, o escritor produziu um diário com relatos cotidianos, reflexões espirituais, crônicas e minicontos. 
Em Diário de quarentena – 90 dias em fragmentos evocativos (Rocco, 208 págs., R$ 49,90 - R$ 29,90 em e-book), ficção e não-ficção se misturam para construir um panorama do que foi – e está sendo – a epidemia que fez o mundo parar. A obra surge com tendência a se tornar uma referência duradoura, como o Diário da peste de Londres, de Daniel Defoe, publicado em 1722 e ainda em catálogo nos dias de hoje. Assim como Defoe, Frei Betto não se prende apenas à tragédia que já causou mais vítimas no Brasil do que a epidemia de peste bubônica na Inglaterra.
Mesclando vivências e memórias pessoais ao drama coletivo, o livro traz uma reflexão acerca da condição humana e do triste paradoxo de que “nada é mais prejudicial à vida humana e à preservação do nosso planeta do que a própria humanidade”. “Como será o 'dia seguinte' dessa pandemia? O que mudará em nossos países e em nossas vidas? Ainda é cedo para previsões. Alguns sinais, porém, já indicam que, ao contrário do que diz a canção, 'não viveremos como os nossos pais'", escreveu Frei Betto no 56º dia de confinamento.
Da pandemia e do número crescente de mortos no Brasil a cada dia, às falas oficiais do governo Bolsonaro, o autor registra acontecimentos importantes do período: o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos e a mobilização antirracista; a flexibilização do isolamento e o cenário pandêmico mundial; os funerais sem velório ou presença de familiares; as dificuldades de acesso ao auxílio emergencial; as demissões de ministros, etc. 
Mais do que a Segunda Grande Guerra, durante a qual diversos países não foram afetados pelo conflito, seja pela distância dos campos de batalha, seja por optarem pela neutralidade, a pandemia do novo coronavírus foi um dos raros eventos a afetar toda a vida social e econômica do planeta. Com a epidemia ainda em curso, não há refúgio garantido, de modo que a humanidade se vê obrigada a repensar suas prioridades, ao passo que os seres humanos, muitos dos quais perderam seus empregos ou familiares, estão sendo obrigados a se “reinventar” para enfrentar o que se convencionou chamar de “novo normal”.
Frei Betto se firmou, nas últimas quatro décadas, como um dos principais pensadores do País, respeitado mesmo por aqueles que não compartilham suas convicções políticas ou religiosas. Sua escrita testemunhal o aproxima do leitor, e essa característica faz de Diário de quarentena uma obra capaz de suscitar reflexão crítica e esperança.

Mais detalhes sobre o autor e a obra

Escritor disserta sobre 90 dias de reclusão em fragmentos evocativos

Escritor disserta sobre 90 dias de reclusão em fragmentos evocativos


EDITORA ROCCO/DIVULGAÇÃO/JC
Doutor honoris causa em Filosofia pela Universidade de Havana, e em Educação pelo Universidade José Martí de Monterrey, Frei Betto estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. É frade dominicano, escritor e cronista.
Conquistou alguns dos mais importantes prêmios literários brasileiros, tais como o Jabuti, em 1982, por Batismo de sangue (Rocco). Neste mesmo ano, foi eleito Intelectual do Ano pela União Brasileira de Escritores, que lhe concedeu, em 1985, o prêmio Juca Pato pelo livro Fidel e a religião.
Atuou como assessor especial da Presidência da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero, durante os anos de 2003 e 2004. É assessor de movimentos sociais e educador popular.
DIÁRIO DE QUARENTENA 
Subtítulo: 90 dias em fragmentos evocativos
Autor: Frei Betto
Gênero: não ficção, memórias
Selo: Rocco
Formato: 14 x 19 cm
Nº de páginas: 208
Preço: R$ 44,90 (R$ 29,90 em e-book)
Vendas: Livraria da Travessa, Amazon, Americanas, Submarino e Shoptime