Tradicionalmente, o Festival de Cinema de Gramado é conhecido como um palco de resistência e defesa do cinema brasileiro. Neste ano, na sua 48ª edição, em formato híbrido online e televisivo, o evento lançou mais uma vez a Carta de Gramado, que tem como signatários SOS Cinemateca – APACI – Associação Paulista de Cineastas, ABPA – Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, Cinemateca Viva e Cinemateca Acesa e já conta com as adesões do 48º Festival de Cinema de Gramado, Conexões Gramado Film Market, Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Abraci – Associação Brasileira de Cineastas (RJ), Accirs – Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, Frente Parlamentar da Câmara Municipal de São Paulo, Frente Parlamentar Mista em Defesa do Cinema e do Audiovisual da Câmara Federal, Pavi – Pesquisadores do Audiovisual e da Iconografia, Siaesp – Sindicato da Indústria Visual do Estado de São Paulo, Siav – Sindicato da Indústria Audiovisual do Rio Grande do Sul, e colegiado Setorial do Audiovisual do Rio Grande do Sul.
O documento trouxe um manifesto em defesa da Cinemateca Brasileira, nesta sexta-feira (25). Com edições anuais, o movimento traz o posicionamento da classe cinematográfica e é acolhido pela organização do evento. Em 2019, criticava a censura na cultura. A leitura foi feita por Roberto Gervitz, da Associação Paulista de Cineastas, alertando para a situação da instituição, que passa por grave crise financeira, e pede uma "solução urgente e imediata" a fim de preservá-la.
"Esse manifesto é um alerta à comunidade audiovisual e à sociedade brasileira bem como ao atual governo que hoje é inteiramente responsável por tudo o que vier a ocorrer com uma das maiores Cinematecas da América Latina e que já foi considerada um dos cinco mais importantes centros de restauração de filmes do mundo", diz o texto. "Pela reabertura imediata da Cinemateca Brasileira!", finaliza o documento. A íntegra pode ser acessada no
site do festival.
A carta foi elaborada dentro do Fórum Paulo Emilio Salles Gomes, que reúne as entidades SOS Cinemateca - Apaci, a Associação Brasileira da Preservação Audiovisual, a Cinemateca Viva e a Cinemateca Acesa. E, até o momento, teve adesões de mais de 18 entidades representativas do setor, além do próprio festival e da Frente Parlamentar da Câmara Municipal de SP e da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Cinema e do Audiovisual da Câmara dos Deputados.