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artes visuais

- Publicada em 26 de Junho de 2020 às 18:43

Live discute produção de cerâmica e tapeçaria desenvolvida por Iberê Camargo

Debate ligado à exposição 'Iberê e Porto Alegre - No andar do tempo' acontece nesta segunda-feira (14)

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MATIAS CRAMER/DIVULGAÇÃO/JC
Neste sábado (27), às 11h, a Fundação Iberê Camargo realiza em seu perfil no Instagram (@fundacaoibere) a última live da série O fio de Ariadne, próximo conjunto a ser exposto no centro cultural. A curadora Denise Mattar e a crítica de arte Blanca Brites participam de um bate-papo sobre as peças que compõem a exposição.
Neste sábado (27), às 11h, a Fundação Iberê Camargo realiza em seu perfil no Instagram (@fundacaoibere) a última live da série O fio de Ariadne, próximo conjunto a ser exposto no centro cultural. A curadora Denise Mattar e a crítica de arte Blanca Brites participam de um bate-papo sobre as peças que compõem a exposição.
São cerca de 37 cerâmicas, sete tapeçarias de grandes dimensões e cartões pintados por Iberê, além de gravuras. Durante as décadas de 1960 e 1970, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, o artista realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato.
Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê Camargo realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana. Na década seguinte, selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em peças de tapeçarias.

Blanca Brites conversa com a curadora Denise Mattar no sábado (27), a partir das 11h

Blanca Brites conversa com a curadora Denise Mattar no sábado (27), a partir das 11h


LEANDRO SELISTER/DIVULGAÇÃO/JC
No texto para o catálogo, Esmalte cerâmico – Desafio enfrentado por Iberê Camargo, a professora Blanca Brites escreve: “Luiza Prado e Marianita Linck foram as parceiras escolhidas por Iberê Camargo no momento em que ele esteve motivado a trabalhar com esmalte cerâmico, na década de 1960. O fato do pintor ter selecionado dois ateliês distintos para fazer essas pinturas em nada alterou o efeito final obtido, uma vez que ele seguia a mesma maneira de trabalhar suas telas, obedecendo, é claro, as exigências do novo suporte. Percebe-se que Iberê se lançou com vontade a nova técnica mas, mesmo com sua experiência, deve ter sido um desafio, sobretudo, quando a matéria se transforma, ganha brilho, opacidade, transparência, rugosidade, textura, após a misteriosa mágica do fogo. Necessário considerar, ainda, que o esmalte cerâmico em porcelana apresenta uma diferença na cor depois da queima, especialmente quando se faz experimentos. Assim, ate para artistas de reconhecido domínio técnico, a abertura do forno e sempre uma incógnita. Concernente a sua arte, é notório que Iberê se mostrava muito exigente, portanto, a escolha de Luiza Prado e de Marianita Linck para auxiliá-lo evidencia a confiança que o artista depositava nelas. Ao se lançar ao desafio que implicava entregar-se a uma matéria nova, optou ser guiado por mãos amigas e de competência profissional."