O músico gaúcho Dirty Lion, de Pelotas, disponibilizou no
YouTube nesta semana o videoclipe de seu mais novo trabalho, o single
Respeita. Rodado na cidade de São Paulo (SP), o vídeo traz mensagens preciosas para o artista como a voz das minorias e justiça social, mas também o encanto cotidiano - como mostram os versos: "na moral, vô te falar a verdade/ é o pobre que sustenta toda essa cidade/ Quem é que planta? Quem é que trampa? Quem a base constrói? Quem é que manja?".
O rap faz parte do seu terceiro álbum, Kumatê Ray, que tem previsão de lançamento para 2021. A atual sonoridade do artista encontra-se imersa na atmosfera noventista e na relação da música como uma expressão dos sentimentos. O clipe tem direção de Anderson Silva e produção musical de Paulo Junior, com participação do DJ RM.
"O objetivo é mostrar que música é um espaço de encontros, de construção e troca de conhecimentos, de belezas", acredita o músico. Segundo o cantor e compositor, seu nome artístico Dirty Lion (Leão Sujo) tem o objetivo de representar a força resistente e combatente da população em lutar e superar os obstáculos. "A música é o local onde as infinitas vozes têm vez. E é o espaço para lembrar que, apesar de toda a sujeira do mundo, o povo tem o poder de mover moinhos", conclui o autor dos álbuns NaturezAÇÃO (2013) - fusão de várias vertentes musicais com a ecologia como ponto central - e Mergulhe fundo (2017) - disco de rap influenciado pela MPB, swing, samba rock e pela poesia.
Dirty Lion é MC, "artivista" e "guardião de sementes", termos com os quais se descreve. Suas músicas refletem a mistura de suas influências, sua trajetória de vida e seus valores. O artista apresenta em seus álbuns mensagens sobre cultura, sociedade, fortalecimento social e, principalmente, proteção à natureza. Fez parte do coletivo K-Zero Alternativo de Pelotas (RS), com os rappers Pok Sombra e Zudizilla. O grupo abriu os shows de grandes nomes do hip hop nacional como Emicida, Flora Matos, Kamau e Rashid. Em sua carreira, Dirty Lion se apresentou em mais 10 estados do Brasil e participou do documentário O rap pelo rap (2014), de Pedro Henrique Fávero, considerado um dos mais importantes sobre o gênero.