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Cultura

- Publicada em 22 de Maio de 2020 às 20:55

Orquestra Villa-Lobos bota 'Bloco na rua' para se manter em atividade

Campanha de financiamento coletivo foi lançada após suspensão de recursos devido à pandemia

Campanha de financiamento coletivo foi lançada após suspensão de recursos devido à pandemia


CLAUDIO ETGES/DIVULGAÇÃO/JC
"Eu quero é botar meu bloco na rua. Brincar, botar para gemer. Gingar, pra dar e vender.” Os versos da música Bloco na rua, de Sérgio Sampaio, ficaram conhecidos em 1973 e remetem ao que todos gostariam de fazer agora, 47 anos depois, sem pandemia de Covid-19 e com alegria. Virtualmente, pela plataforma Catarse, é possível fazer isso para manter viva a Orquestra Villa-Lobos, cuja atuação está em risco por causa da crise causada pela disseminação do novo coronavírus.
"Eu quero é botar meu bloco na rua. Brincar, botar para gemer. Gingar, pra dar e vender.” Os versos da música Bloco na rua, de Sérgio Sampaio, ficaram conhecidos em 1973 e remetem ao que todos gostariam de fazer agora, 47 anos depois, sem pandemia de Covid-19 e com alegria. Virtualmente, pela plataforma Catarse, é possível fazer isso para manter viva a Orquestra Villa-Lobos, cuja atuação está em risco por causa da crise causada pela disseminação do novo coronavírus.
Os cerca de 600 atendimentos gratuitos por semana, em cinco locais da Lomba do Pinheiro, por meio de convênio da prefeitura de Porto Alegre com o Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis, foram interrompidos devido às incertezas provocadas pela evolução da pandemia. Os recursos disponibilizados pelo poder público municipal que permitiam o funcionamento da Orquestra foram suspensos em abril por tempo indeterminado, causando o desligamento de 20 professores contratados.
Para botar o bloco na rua outra vez, a campanha homônima foi desenvolvida, inicialmente, para arrecadar R$ 55 mil, valor necessário para o programa de educação musical funcionar durante um mês. “Mas é importante deixar claro: precisamos de mais de um mês para garantir a sobrevivência da Orquestra. Nosso plano é assegurar pelo menos três meses de funcionamento – julho, agosto e setembro – com recursos vindos deste financiamento coletivo. Nossa esperança é de que, durante este período, o convênio com a prefeitura seja renovado, e as atividades retornem à normalidade”, esclarece a idealizadora e coordenadora do programa, Cecília Rheingantz Silveira.
Também regente da formação, Cecília explica o nome da iniciativa: “Bloco na rua está no repertório do espetáculo Paz & Amor da Orquestra Villa-Lobos, vencedor do Prêmio Açorianos de Música 2018. E nos identificamos, pois é a cara da nossa orquestra, cujo repertório é essencialmente popular”.
As contribuições - de R$ 20,00; R$ 50,00; R$ 100,00 e R$ 400,00 - têm recompensas que vão desde o livro de poemas Imagina e o cão, da artista plástica Ivone Rizzo Bins; passando pelo CD Noturno, da cantora e compositora Anaadi; o CD do show Encontro de gerações na música instrumental brasileira, do violonista e compositor Yamandu Costa; a aulas on-line de piano/teclado, violão, cavaquinho ou percussão.
Há, ainda, os pontos máximos da solidariedade. Quem apoiar com R$ 2 mil, poderá desfrutar do Concerto do Quarteto de Cordas da Orquestra Villa-Lobos. Quem chegar aos R$ 3 mil, poderá escolher entre um show do Pagode do Bronx, banda da Vila Mapa composta em sua maioria por músicos da Orquestra Villa-Lobos; ou da Fábrica de Gaiteiros/unidade CPCA Porto Alegre, com participação especial de Renato Borghetti; ou, por fim, de Pedrinho Figueiredo e a música instrumental da Orquestra Villa-Lobos. Qualquer uma dessas recompensas só poderá ser vivenciada no segundo semestre de 2020. As apresentações de 45 minutos, todas em Porto Alegre, dependerão, claro, das orientações de saúde em vigor naquele período e da agenda dos músicos. Todos os que derem seu suporte em qualquer uma das modalidades terão o nome na lista de apoiadores a ser publicada no final da campanha na página da Orquestra no Facebook.
Beto Chedid é uma das “recompensas” da campanha. Ele será o professor das quatro aulas individuais de violão de uma hora cada. Há 14 anos envolvido com a Orquestra como oficineiro, procura concretizar a educação por meio da música: “Com muito amor, determinação e ética, se faz um trabalho sério que proporciona oportunidades a muitas pessoas. Desde aprender um instrumento musical até uma carreira exitosa de músico e professor no Exterior. Isso não pode parar”.
Atualmente, o grupo artístico é formado por 45 músicos, com idades entre 12 e 25 anos, que tocam flauta doce, violino, viola, violoncelo, violão, percussão, teclado, contrabaixo elétrico e cavaquinho.
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