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literatura

- Publicada em 24 de Março de 2020 às 19:56

JC reúne dicas de leitura para o Dia Nacional do Circo

Lêda Maya, autora de 'Narizalda e Narizelda', comenta sobre leitura na infância

Lêda Maya, autora de 'Narizalda e Narizelda', comenta sobre leitura na infância


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Além de ser o Dia Internacional do Teatro e Dia do Cinema Gaúcho, na próxima sexta-feira, 27 de março, também é comemorado o Dia Nacional do Circo, que foi criado em homenagem ao palhaço Piolim. Abelardo Pinto nasceu nesta data em 1897, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, e comandou o circo Piolim por mais de 30 anos.
Além de ser o Dia Internacional do Teatro e Dia do Cinema Gaúcho, na próxima sexta-feira, 27 de março, também é comemorado o Dia Nacional do Circo, que foi criado em homenagem ao palhaço Piolim. Abelardo Pinto nasceu nesta data em 1897, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, e comandou o circo Piolim por mais de 30 anos.
Para resgatar a alegria e a mágica do picadeiro, quando é impossível sair para curtir as atrações debaixo da lona, a reportagem do Jornal do Comércio reuniu duas dicas de literatura voltadas para os públicos infantil e infantojuvenil, que têm como tema em comum a palhaçaria, e conversou com a orientadora educacional carioca Lêda Maya. Ela é autora de Narizalda e Narizelda (Criações Lêda e Pedro, 192 págs., R$ 23,00 no e-book e R$ 38,72 no livro físico, em pedidos pela Amazon), título lançado recentemente, que conta a trajetória de duas meninas que nasceram com a ponta do nariz vermelhinha.
Na obra, uma delas é professora e mora no interior; a outra é pediatra e reside num grande centro urbano. "As profissões surgiram por trabalharem, cada uma, diretamente com crianças. Elas vivem no mundo das crianças escolares e das crianças enfermas, o que aproximará o pequeno leitor da sua realidade", comenta a escritora.
Lêda explica que o livro foca "nas dificuldades encontradas no processo de individuação, na busca pela verdadeira essência de cada um". A origem circense só é diretamente mencionada no final do livro, quando é revelado para as duas, a médica e a professora, que são as filhas gêmeas do famoso casal de palhaços Lili e Ventoinha, do Grande Circo Viramundo. Assim, "o universo da escola e da enfermaria são realmente invadidos pela alegria, colorido, espontaneidade, pureza e solidariedade que o circo nos oferece".
Conforme a psicopedagoga e arte-educadora, em um momento de confinamento domiciliar e suspensão das aulas, em função da pandemia da Covid-19, "para proteger, entreter e educar os filhos em casa só precisa dar o primeiro passo: vontade, foco, criatividade, dedicação e alegria em doar-se". Na sua visão, a contação de histórias deve ser uma rotina na vida infantil: "Ela proporciona a formação de hábitos da leitura; convívio mais próximo aumentando e solidificando o vínculo afetivo com os genitores; momentos de identificações através dos personagens com questões como medo, angústias e inseguranças, aliviando as mesmas, e grande alegria e prazer que só contribuirão na formação psíquica da criança".
Lêda utiliza a literatura no espaço terapêutico, pois pode ser um grande instrumento de cura. Ela comenta que, a partir da leitura, outras atividades, como jogos e brincadeiras, podem entrar no cotidiano dos pequenos. Utilizando o exemplo da obra Narizalda e Narizelda, a autora comenta que fazer pinturas de palhaço nos rostos são uma opção, ou pesquisar na internet sobre os circos pelo mundo, procurando no YouTube filmes de grandes palhaços (Slava's Snowshow é um deles).
A educadora lembra de várias outras sugestões: confeccionar chapéus e malas de palhaços, gravatas, roupas com materiais de sucata e de papelaria que tiver em casa; pintar com lápis de cor e/ou tintas as cenas que mais gostou do livro; escrever a continuação da história; fazer dobraduras e origamis dos objetos ilustrados (com auxílio de aulas na internet); escolher um trecho para fazer uma adaptação teatral (preparar cenário, figurino, criar diálogos e apresentar para os pais). "E por aí vai, sem parar, só inventando", brinca a escritora.

Para alegrar corações

 'Barbareco, o menino que queria ser palhaço', de Mário Pecand

'Barbareco, o menino que queria ser palhaço', de Mário Pecand


/CIRANDA CULTURAL/DIVULGAÇÃO/JC
A obra infantil do professor e palhaço Mário Pecand, com ilustrações de Claudia Marianno, Barbareco - O menino que queria ser palhaço (Ciranda Cultural, 32 págs., R$ 23,92 pelo site da editora), propõe um encontro emocionante com um garoto que só queria fazer o mundo sorrir. O menino que dá título ao livro sonha em ser palhaço, mas sua mãe quer que seja médico, dentista ou presidente da República.
Sorte dele que a "Fralda" do Dente e o Palhaço Tok Tok vão ajudá-lo e fazer de tudo para que ele possa um dia trabalhar num circo. "Se eu for um bom palhaço, ou um palhaço bom, poderei levar alegria e gargalhadas a todos, principalmente às crianças, e assim fazer com que os corações tristes fiquem mais felizes e possam bater com mais emoção e amor", diz Barbareco a Tok Tok em parte da narrativa.
A obra faz parte de um projeto da editora Ciranda Cultural de incentivar a literatura nacional ao publicar novos autores e ilustradores brasileiros. Pecand, que é professor de teatro, palhaço há mais de 30 anos, contador de histórias e ventríloquo, confidencia: "Desde pequeno, gostava muito do cheiro de livro novinho". Já a ilustradora Claudia Marianno sempre foi amante do lápis de cor, do giz de cera e das histórias da imaginação.