O longa iraniano There is no evil foi o grande vencedor do
70º Festival
cuja premiação ocorreu na noite de sábado. O longa de Mohammad Rasoulof (representado na cerimônia pela sua filha, a atriz Baran Rasoulof) recebeu o Urso de Ouro de melhor filme, o prêmio do júri ecumênico e o do Guild Film Prize. Presidido pelo ator britânico Jeremy Irons, o júri teve o brasileiro Kleber Mendonça Filho (Bacurau) entre seus integrantes. O pernambucano, inclusive, entregou o Urso de Prata de melhor direção para o sul-coreano Hong Sang-Soo, por The woman who ran, que ainda não tem título em português, mas distribuição garantida no País pela Pandora Filmes. O feito brasileiro no evento ficou a cargo do longa Meu nome é Bagdá, da cineasta Caru Alves de Souza, que recebeu o prêmio da mostra Generation 14Plus.
Outra premiação do cinema internacional chamou a atenção no fim de semana em função de polêmicas. Para o César, conhecido como o Oscar francês, o longa J'accuse (título em português O oficial e o espião, com estreia no Brasil em 12 de março), de
Roman Polanski,
havia recebido indicações em 12 categorias. O cineasta é foragido da justiça norte-americana desde 1977 acusado do estupro de uma menina de 13 anos. Outras denúncias apareceram, e esse fato é apontado como motivo para renúncia da diretoria da Academia do César no início de fevereiro. Apesar de seu filme já ter recebido o Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza, Polanski desistiu de comparecer à cerimônia em Paris pelos protestos feministas. A premiação acabou o destacando na melhor direção, além dos troféus de melhor roteiro adaptado e melhor figurino para a produção. Ativistas exibiram uma faixa com a inscrição "Polanski: Melhor estuprador 2020" durante a manifestação, e diversas atrizes saíram do auditório após o anúncio da vitória do diretor.
Após fechar 2019 com 50 mil assinaturas e faturamento de R$ 36 milhões (38% maior do que o de 2018), a
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prepara novidades para este ano. Já estão acertados como curadores para os kits enviados pelo clube de livros autores renomados como Mia Couto, Contardo Calligaris e José Eduardo Agualusa. No elenco brasileiro, o kit Curadoria terá indicações de três mulheres: a escritora e tradutora Marília Garcia (ganhadora do Prêmio Oceanos 2018), a cordelista Jarid Arraes e Martha Batalha, autora de A vida invisível de Eurídice Gusmão, curadora do kit de março. Além da obra selecionada, são enviados aos leitores materiais complementares e um mimo relacionado ao livro. Atualmente, o kit Curadoria possui 28 mil assinantes distribuídos em 2.300 cidades brasileiras.