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Cultura

- Publicada em 27 de Dezembro de 2019 às 03:00

Em 'Deus é mulher e seu nome é Petúnia', protagonista desafia ritual cristão ortodoxo

Longa de Teona Strugar Mitevska questiona posicionamentos da igreja em relação às mulheres

Longa de Teona Strugar Mitevska questiona posicionamentos da igreja em relação às mulheres


PANDORA FILMES/DIVULGAÇÃO/JC
O longa Deus é mulher e seu nome é Petúnia, da diretora Teona Strugar Mitevska, fez sua estreia mundial na competição oficial do último Festival de Berlim, participou da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e do Festival do Rio. 
O longa Deus é mulher e seu nome é Petúnia, da diretora Teona Strugar Mitevska, fez sua estreia mundial na competição oficial do último Festival de Berlim, participou da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e do Festival do Rio. 
Todos os anos, em 19 de janeiro, há um ritual tradicional para comemorar o feriado da Epifania (batismo de Cristo) nas regiões Cristãs Ortodoxas do Leste Europeu. Uma cruz de madeira é arremessada no rio, e quem for capaz de pegá-la terá boa sorte e prosperidade garantidas para o ano. Em 2014, na cidade de Stip, Macedônia, uma mulher venceu, porém somente homens poderiam participar do rito.
A diretora - nascida em 1974 em uma família de artistas da Macedônia e hoje residente de Bruxelas, na Bélgica - inspirou-se nesse fato para escrever o roteiro, junto a Elma Tataragic. Na trama, Petúnia mergulha na água por um capricho e consegue agarrar a cruz antes dos outros, deixando os concorrentes furiosos: "Como ousa uma mulher participar do ritual?". Todo o inferno se abre, mas Petúnia mantém o seu chão. Ela ganhou a cruz e não vai desistir. A protagonista tem que enfrentar a revolta da cidade, as acusações da polícia por ter infringido uma regra e a igreja que exige a cruz de volta, afinal nunca na história uma mulher havia agarrado o objeto - nem ao menos tentado.
Outra forte personagem feminina em Deus é mulher e seu nome é Petúnia é a jornalista Slavica, interpretada pela também produtora do filme Labina Mitevska. A diretora conta que antes de ser cineasta foi jornalista e que era chamada de bruxa, arrogante e puta: "Ainda atualmente é muito difícil ser uma mulher forte nos Balcãs, se você é, imediatamente é percebida como agressiva. Com a personagem, minha ideia principal foi de solidariedade, irmandade entre as mulheres".
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