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Cultura

- Publicada em 28 de Novembro de 2019 às 20:30

Após trocas na Cultura, chefias de Iphan e Funarte devem mudar

As mudanças de nomes da Secretaria Especial da Cultura e de órgãos subordinados à pasta devem seguir nos próximos dias, e os comandos de Iphan e Funarte devem ser trocados até segunda-feira (2).
As mudanças de nomes da Secretaria Especial da Cultura e de órgãos subordinados à pasta devem seguir nos próximos dias, e os comandos de Iphan e Funarte devem ser trocados até segunda-feira (2).
No Iphan, o nome mais cotado para substituir Kátia Bogéa é o de Olav Schrader. Formado em relações internacionais, ele tem seu nome mencionado em eventos pró-monarquia, como no 2º Encontro Monárquico Fluminense, em que fez uma fala intitulada "Patrimônio Histórico como Motor de Crescimento Econômico".
Sua família, segundo reportagem do Globo de 2017, tem comprado e restaurado imóveis abandonados no bairro carioca de São Cristóvão, onde ficava a residência imperial.
Já o cotado para assumir a Funarte é Dante Mantovani, maestro e doutor em música pela Universidade Estadual de Londrina. Em seu site, ele afirma ter participado de grupos e corais religiosos. Além disso, Mantovani apresentou o programa "A Grande Música", na rádio Mão de Deus, de Caxias do Sul (RS). Procurado, ele não atendeu à reportagem. 
As duas trocas fazem parte de uma mudança volumosa no quadro da cultura do governo federal, movimento iniciado após o diretor e dramaturgo Roberto Alvim assumir a pasta, no início deste mês.
Entre os novos nomes está o do novo secretário-adjunto de Alvim, José Paulo Soares Martins. Ele já foi diretor do Instituto Gerdau e da Fundação Iberê Camargo e, em 2016, foi escolhido para a Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, que formula as diretrizes dos mecanismos de fomento, entre eles a Lei Rouanet.
Em um seminário na Câmara sobre o tema, Martins defendeu a flexibilização do teto de captação da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Também foram publicados no Diário Oficial da União desta quarta-feira (27) outros cinco nomes para a área. Alvim diz que só comentará as nomeações quando elas "forem perpetradas", o que deve acontecer até segunda.
Entre as nomeações está a do jornalista Sérgio Nascimento de Camargo, para a Fundação Palmares, responsável por promover ações culturais ligadas aos negros. Em seu perfil nas redes sociais, ele se define como "negro de direita" e já afirmou que o Dia da Consciência Negra é "uma vergonha", que cotas raciais são absurdo e que o Brasil tem um "racismo Nutella". Camargo é filho de Oswaldo de Camargo - jornalista conhecido da militância e referência em literatura negra.
Já Camilo Calandreli substitui José Paulo Soares Martins à frente da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura.
Oriundo da música clássica, área em que atua como professor e cantor de ópera, Calandreli é um dos fundadores do Simpósio Nacional Conservador de Ribeirão Preto. Em seu perfil no Facebook, compartilha memes que exaltam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As mudanças atingiram também o audiovisual. A nova secretária do setor é Katiane de Fátima Gouvêa, membro da Cúpula Conservadora das Américas. A renovação na subpasta ocorre com outra série de nomeações na Agência Nacional do Cinema, a Ancine. Desde o último dia 19, ao menos quatro profissionais foram contratados por lá. Nos corredores da Secretaria Especial de Cultura, a leitura que se faz sobre a indicação de Gouvêa é que ela pode abrir espaço para religiosos.
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