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Cultura

- Publicada em 21 de Outubro de 2019 às 23:03

Calligaris fala sobre o sentido da vida durante Fronteiras do Pensamento

A beleza da vida está no belo em si, no prazer de viver, argumenta o escritor

A beleza da vida está no belo em si, no prazer de viver, argumenta o escritor


NÍCOLAS CHIDEM/JC
Vitor Laitano
O Fronteiras do Pensamento trouxe à Porto Alegre, nesta segunda-feira (21), excepcionalmente no Salão de Eventos da PUCRS, o psicanalista e dramaturgo Contardo Galligaris para dar uma resposta ao tema desde ano: "o sentido da vida". “O que eu preparei hoje é um pouco insólito. Inclusive insólito para mim”, admitiu.
O Fronteiras do Pensamento trouxe à Porto Alegre, nesta segunda-feira (21), excepcionalmente no Salão de Eventos da PUCRS, o psicanalista e dramaturgo Contardo Galligaris para dar uma resposta ao tema desde ano: "o sentido da vida". “O que eu preparei hoje é um pouco insólito. Inclusive insólito para mim”, admitiu.
O escritor italiano radicado no Brasil falou para uma audiência atenta um pouco sobre sua vida, mas mais sobre algumas reflexões que seu pai fez. Para ele, a vida era a questão de beleza, viver uma vida interessante. O pai havia lutado contra o governo ditatorial de Mussolini. “Eu não sabia disso quando pequeno. Sabia que tinha algo, porque até meus cinco anos havia uma metralhadora muito bem lubrificada e pronta para uso no porão do prédio onde morávamos’, comentou, rindo.
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Quando mais jovem, nos movimentados anos 60, indagou ao seu pai, “que de longe não era comunista, nem mesmo um socialista”, o que o havia feito fazer parte da resistência partigiana. “E ele respondeu: porque o fascismo era feio”.
Segundo Calligaris, essa resposta o intrigou por anos. “Como tomar uma posição tão radical por um valor meramente estético?” Seu pai não tinha um valor ético por trás. Lutou por anos na montanhas italianas botando, além da própria vida, a segurança da família em risco porque o fascismo era feio? E ao longo da hora que se passou, levou a plateia junto à reflexão;
Para ele, o sentindo da vida não estaria em um transcender, em uma vida - ainda que pós-vida - eterna, além de si mesma. “Como medir o valor da vida se não tem como saber como que é sem ela?” E responde: “a vida de cada um tem um valor em si, no seu valor estético.” A beleza da vida está no belo em si. No prazer de viver.
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