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Cultura

- Publicada em 13 de Outubro de 2019 às 23:46

Mostra na Capitólio é vitrine para a produção africana

Cotidiano das cidades surge em 'Kasala!', filme em cartaz na Cinemateca Capitólio Petrobras

Cotidiano das cidades surge em 'Kasala!', filme em cartaz na Cinemateca Capitólio Petrobras


CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A cinematografia africana contemporânea terá espaço privilegiado na Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085) nesta semana. De amanhã até domingo, a Mostra de Cinemas Africanos trará uma seleção de filmes africanos e afrodiaspóricos reconhecidos em grandes festivais e respaldados pela crítica e por públicos internacionais. São 15 títulos - procedentes de 12 países -, a maioria inédita no Brasil, com curadoria de Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco. Todas as sessões terão ingressos a R$ 16,00 com opções de meia-entrada.
A cinematografia africana contemporânea terá espaço privilegiado na Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085) nesta semana. De amanhã até domingo, a Mostra de Cinemas Africanos trará uma seleção de filmes africanos e afrodiaspóricos reconhecidos em grandes festivais e respaldados pela crítica e por públicos internacionais. São 15 títulos - procedentes de 12 países -, a maioria inédita no Brasil, com curadoria de Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco. Todas as sessões terão ingressos a R$ 16,00 com opções de meia-entrada.
A sessão de abertura, que acontece amanhã, contará com o longa-metragem nigeriano Kasala!. O filme, autofinanciado, foi escrito, produzido, dirigido e filmado pela diretora estreante Ema Edosio. A obra narra a amizade e a cumplicidade entre quatro jovens, apresentando um retrato da vida na cidade de Lagos. A sessão acontece às 20h, e a curadora Ana Camila Esteves fará comentários após a exibição.
A programação conta, ainda, com o curso Cinemas africanos contemporâneos, ministrado por Ana Camila, que traz um panorama sobre as cinematografias africanas no contexto contemporâneo de produção e difusão. As aulas ocorrem na terça e quarta-feira, das 9h às 12h, na Sala Multimídia da Cinemateca Capitólio. As inscrições custam R$ 50,00 e podem ser feitas no link http://bit.ly/cursocinesafricanos.
Neste ano, a presença das mulheres é um dos destaques na programação da mostra, refletindo o crescimento exponencial de realizadoras na África e na diáspora. As jovens diretoras dominam gêneros tão heterogêneos como a comédia adolescente (Kasala!), o curta-metragem poético (Irmandade, da tunisiana Meryam Joobeur), o ensaio autobiográfico (Lua Nova, de Philippa Ndisi-Hermann) ou o melodrama experimental (Ame quem você ama, da sul-africana Jenna Bass).
Outras cineastas optam por usar o cinema como ferramenta de denúncia e espaço de abertura de diálogo. É o caso de Sofia (de Meryen Benm'Barek-Aloïsi), um melodrama social centrado na situação vulnerável da mulher violentada no Marrocos e que venceu o prêmio de melhor roteiro no Un Certain Regard do festival de Cannes. Outro exemplo é A luta de Silas, de Hawa Essuman e Anjali Nayar, que traz à tela o ativismo contra práticas de extração neocoloniais na Libéria.
Há espaço, também, para o reconhecimento aos pioneiros dos cinemas africanos. Nesta edição, serão projetados, em cópias recentemente restauradas, dois longas de ficção do senegalês Djibril Diop Mambèty (1946-1998), as obras Touki Bouki (1973) e Hyènes (1992). O diretor é tio de Mati Diop, primeira diretora africana negra a competir pela Palma de Ouro no último Festival de Cannes e vencedora do Prêmio do Júri com Atlantique.
Servindo-se dos meios da poderosa indústria de cinema sul-africana, o diretor Michael Mathews usa o formato western como alegoria em Cinco dedos por Marselha. Da região do Magrebe vem o tunisiano Look at me, de Néjib Belkadhi. Exibido no Festival de Berlim deste ano, o longa traz a história de um pai que reavalia sua vida ao se reencontrar com o filho que abandonou.
Samantha Biffot, realizadora do Gabão, assina O africano que queria voar, um documentário sobre Luc Bendza, primeiro campeão negro de arte marcial chinesa wushu de todos os tempos. Por sua vez, os documentários Bakosó - Afrobeats de Cuba (de Eli Jacobs-Fantauzzi) e o moçambicano A dança das máscaras (de Sara Gouveia) abordam o papel da música como ingrediente de identidade cultural. Tema que também surge no média-metragem Nora, da coreógrafa e bailarina Nora Chipaumire, que conta seu retorno ao país natal (Zimbábue) em um relato autobiográfico dançado.
A programação também traz a produção ruandesa A misericórdia da selva, dirigido por Joël Karekezi e que conta a história de dois soldados ruandeses na Segunda Guerra do Congo, e a comédia ganesa Keteke, de Peter Sedufia. As duas sessões são realizadas com o apoio do Instituto Francês e da Cinemateca Francesa.
É a segunda vez que a Mostra de Cinemas Africanos passa por Porto Alegre. O evento itinerante já esteve nas cidades de Salvador, Aracaju e São Paulo, e deve passar ainda neste ano por Poços de Caldas, em Minas Gerais.
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