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Cultura

- Publicada em 10 de Outubro de 2019 às 03:00

Fundação Iberê Camargo inaugura duas novas exposições nacionais

Exposição Território oscilante, de José Bechara, abre sábado na Fundação Iberê Camargo

Exposição Território oscilante, de José Bechara, abre sábado na Fundação Iberê Camargo


FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO/DIVULGAÇÃO/JC
A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000) recebe duas novas exposições nacionais a partir deste sábado (12), às 14h. Além da mostra Território oscilante, do artista carioca José Bechara, o centro cultural promove uma das etapas do programa de mostras itinerantes da 33ª Bienal de São Paulo, realizada originalmente entre setembro e dezembro do ano passado. As duas exposições têm entrada franca, com visitação de quarta-feira a domingo, das 14h às 19h, com o último acesso se iniciando às 18h30min.
A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000) recebe duas novas exposições nacionais a partir deste sábado (12), às 14h. Além da mostra Território oscilante, do artista carioca José Bechara, o centro cultural promove uma das etapas do programa de mostras itinerantes da 33ª Bienal de São Paulo, realizada originalmente entre setembro e dezembro do ano passado. As duas exposições têm entrada franca, com visitação de quarta-feira a domingo, das 14h às 19h, com o último acesso se iniciando às 18h30min.
Em preparação para o segundo evento, a fundação recebe já nesta quinta-feira (10) o crítico e curador italiano Jacopo Crivelli Visconti. Ele vem a Porto Alegre para um conversa sobre a programação da 34ª Bienal de São Paulo, que acontece no ano que vem. O encontro ocorre às 17h, no auditório do local, também com entrada franca.
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Com curadoria de Luiz Camillo Osório, Território oscilante reúne 26 obras, que trazem elementos desenvolvidos em três décadas de trajetória artística. Nelas, José Bechara usa desde pinturas oxidadas e exercícios fotográficos até instalações com vidro e pequenos desenhos de ateliê. A aposta é no transbordamento da experiência poética, indo além das convenções expressivas determinadas pela história da arte. Os visitantes poderão apreciar a exposição até 15 de dezembro.
Bechara iniciou seus estudos em 1987, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Quatro anos mais tarde, passou a integrar um ateliê coletivo na Lapa, acompanhado de criadores como Angelo Venosa, Luiz Pizarro, Daniel Senise e Raul Mourão. Mas foi somente em 1992, já em seu novo ateliê, no bairro de Santa Teresa, que ele começou suas experimentações com suportes e técnicas diversificadas.
A apropriação das mesas como superfície escultórica e a volta constante ao desenho como exercício gráfico são indicativos de uma expressão artística em constante interrogação. Outra particularidade de Território oscilante é a exploração dos limites da geometria, pensada a partir de uma perspectiva humana, cheia de falhas e imperfeições. O carioca foi fortemente influenciado por Kasimir Malevich (1878-1935), um dos mais importantes pioneiros da arte geométrica abstrata e fundador, em 1913, do suprematismo.
"Foi o trabalho, a pesquisa, a investigação e a poesia dele que me moveram nessa direção, mas com um dado novo, que é pensar a geometria como um indivíduo que se esforça muito para emergir", diz Bechara. "A minha geometria sustenta peças que podem desmontar, vidros que podem quebrar, objetos depositados com gravidade e que podem cair. Uma geometria com drama, esforçando-se para existir."
Correndo em paralelo, a itinerância da 33ª Bienal de São Paulo é uma iniciativa que chega em 2019 à sua quinta edição, tendo percorrido 13 cidades no Brasil e no exterior, com um público total de 650 mil visitantes. Na Capital, serão apresentadas cerca de 40 obras de 13 artistas, trazendo nomes como Vânia Mignone, Antonio Ballester Moreno, Ben Rivers, Wura-Natasha Ogunji, Alejandro Corujeira e Sofia Borges. A edição tratou de Afinidades afetivas, buscando uma alternativa ao uso de temáticas fixas e privilegiando o olhar dos artistas sobre seus próprios contextos criativos.
A ideia por trás da apresentação das obras em Porto Alegre não é replicar literalmente o que se viu na capital paulista em 2018, mas apresentar diferentes associações e relações a partir de recortes de obras e artistas. A visitação, que ocupa o átrio e os andares 2 e 3 do prédio da Fundação Iberê Camargo, vai até 24 de novembro.
A presença de Jacopo Crivelli Visconti em Porto Alegre surge para projetar o futuro da Bienal paulista. Escolhido pelo presidente da Fundação Bienal, José Olympio da Veiga Pereira, por meio de uma seleção entre cinco curadores nacionais e internacionais, Visconti já montou uma equipe para começar a organizar a mostra, com o curador-adjunto Paulo Miyada (do Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo) e os curadores convidados Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez. A proposta da Bienal é ambiciosa, com uma programação que tem início já em março de 2020 e que pode se estender até agosto, ocupando pelo menos 20 espaços culturais de São Paulo.
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