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Cultura

- Publicada em 12 de Setembro de 2019 às 03:00

'PI:Panorâmica Insana' tem sessões no Teatro do Sesi no fim de semana

Com quatro atores, peça traça um painel irônico do mundo contemporâneo

Com quatro atores, peça traça um painel irônico do mundo contemporâneo


GUILHERME BURGOS/DIVULGAÇÃO/JC
Quatro atores em cena, mais de 100 personagens no enredo e um turbilhão de perguntas - onde estamos? Para onde vamos? Essa aparente colcha de emoções sem sentido promete impactar os espectadores de Porto Alegre neste fim semana. A peça PI:Panorâmica insana, uma das grandes atrações do Porto Alegre em Cena, terá sessões no sábado e no domingo, às 20h, no Teatro do Sesi. Os ingressos custam R$ 80,00, à venda pelo site uhuu.com ou no ponto físico do Shopping Total.
Quatro atores em cena, mais de 100 personagens no enredo e um turbilhão de perguntas - onde estamos? Para onde vamos? Essa aparente colcha de emoções sem sentido promete impactar os espectadores de Porto Alegre neste fim semana. A peça PI:Panorâmica insana, uma das grandes atrações do Porto Alegre em Cena, terá sessões no sábado e no domingo, às 20h, no Teatro do Sesi. Os ingressos custam R$ 80,00, à venda pelo site uhuu.com ou no ponto físico do Shopping Total.
Dirigida e concebida por Bia Lessa, a montagem busca dialogar com o momento atual e traz para a cena estas e outras questões. Baseada em pessoas e dados reais, a peça projeta uma lente de aumento sobre a sociedade e traça um painel irônico do mundo contemporâneo. No elenco, estão Cláudia Abreu, Leandra Leal, Luiz Henrique Nogueira e Rodrigo Pandolfo. Os textos são de Júlia Spadaccini, Jô Bilac e André Sant'anna, com citações de Franz Kafka e Paul Auster.
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PI:Panorâmica insana aborda temas que afetam as condições de vida e questiona se as atitudes da humanidade produzirão um futuro apocalíptico ou se ainda é possível corrigir uma série de problemas estruturais que estão dizimando o planeta.
A peça discorre sobre o indivíduo, a civilização, sexualidade, política, violência, nação, miséria, riqueza, consumo desenfreado, gênero e desejo. "Tudo o que é humano interessa, tudo que é próprio de cada um dos atores tem valor enquanto observação da vida, tal qual ela se apresenta agora", afirma Bia Lessa. São projetados, em tempo real, números de assassinatos, estupros e nascimentos, narrações que apontam para uma saturação do sistema atual.
A construção do texto ocorreu durante os ensaios. Os atores criaram uma série de improvisações, e algumas foram incorporadas à dramaturgia final do espetáculo, que tem estrutura híbrida, através do diálogo com a dança, artes plásticas e performance. "A gente se colocou em experimentação, tudo foi criado a partir do encontro entre os atores e os textos. É um teatro de inconformidade, de risco, que busca criar uma experiência", explica a diretora.
O projeto foi idealizado por Cláudia Abreu e Luiz Henrique Nogueira e, inicialmente, teria como foco os "excluídos sociais", mas a chegada de Bia Lessa ampliou a temática, na busca por traçar um painel ilimitado de temas que afetam as condições de vida da humanidade. O próprio título do espetáculo traduz a ideia: 'Pi' é uma abreviação para 'Panorâmica Insana', mas remete também ao símbolo matemático "pi", reforçando a ideia de fração infinita.
Segundo Bia, a peça não busca apresentar um diagnóstico fechado, uma verdade cristalizada. É o momento, o "entre" o que foi feito e o que está por vir. O agora é 'entre', um intervalo, um impasse. A multiplicidade de personagens e as mais de 11 mil roupas espalhadas pelo cenário reforçam essa ideia de pluralidade, de excessos e saturação, pelos quais passa o próprio planeta. "A peça é um grande painel da humanidade, com suas mais urgentes, profundas e superficiais questões", complementa Cláudia.
PI:Panorâmica insana foi eleito o Melhor Espetáculo do Ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Estreou em 1 junho do ano passado no Teatro Novo, em São Paulo, e ficou em cartaz até 29 de julho, com todas as sessões esgotadas.
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