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Cultura

- Publicada em 05 de Agosto de 2019 às 03:00

Reginaldo Pujol Filho lança novo livro 'Não, não é bem isso' na Livraria Taverna

Quarto livro do autor reúne textos produzidos ao longo de dez anos

Quarto livro do autor reúne textos produzidos ao longo de dez anos


NÃO EDITORA /DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Uma reunião de textos produzidos ao longo de 10 anos. Não, não é bem isso (Não Editora, 160 págs., R$ 44,90), novo livro de Reginaldo Pujol Filho, que será lançado nesta segunda-feira (5), na Livraria Taverna (Fernando Machado, 370), às 19h, oferece uma experiência de diversas interpretações e pensamentos ao leitor.
Uma reunião de textos produzidos ao longo de 10 anos. Não, não é bem isso (Não Editora, 160 págs., R$ 44,90), novo livro de Reginaldo Pujol Filho, que será lançado nesta segunda-feira (5), na Livraria Taverna (Fernando Machado, 370), às 19h, oferece uma experiência de diversas interpretações e pensamentos ao leitor.
Quarto livro do autor, este se diferencia dos antecessores pela abordagem. Em duas publicações anteriores, especialmente, havia um tema central que balizava os textos. Para o atual livro, Pujol mudou a abordagem. As semelhanças que as histórias de Não, não é bem isso apresentam estão, justamente, nas diferenças. "Minha intenção é que não exista repetição de formatos ou de temas", afirma o escritor.
Pujol justifica que já sentia um cansaço por trabalhar com uma mesma temática. Para tanto, ele cita Silvino Santiago, que critica a unidade e a pureza da literatura. "Ele (Santiago) fala sobre a relação da literatura do colonizador (Europa) e do colonizado (nós). Somos diferentes, produzimos obras diferentes, não deve ser ajustado para se assemelhar ao outro", esclarece Pujol.
Tal característica é algo que o escritor busca reforçar, ao tentar escrever sempre distintamente cada um de seus textos. Ele explica se tratar de uma tentativa de não repetição, seja de palavra ou sentido. Parte disso passa pela revisão, processo ao qual ele não reserva carinho, mas é essencial. "Ler em voz alta é fundamental para que eu cheque fluência de palavras, se existe sentido nas frases", destaca. Existem até leitores especiais ao qual Pujol recorre, e que o auxiliam, justamente, nestas questões de sentido e para fugir da reincidência de palavras.
O próprio gênero da nova publicação não fica claro. E nem precisa. "Gonçalo Tavares já falava que é muito pouco reservado a infinidade da literatura para quatro caixas. Assim, não sei dizer se são contos ou não. Deixo para os bibliotecários a tarefa", brinca o escritor.
A experiência do livro também foi diferente, já que se trata de uma reunião de textos, não tendo sido previamente escritos para que compusessem uma obra em específico. Pujol explica que realizou uma seleção prévia do material, para depois revisá-lo novamente - sem mudança dos textos.
Porém, algo que pode ser visto como recorrente em Não, não é bem isso é o humor. Destacado por Sérgio Sant'Anna na orelha do livro, Pujol considera algo como quase genético de sua escrita, em razão de suas influências desde criança. "Era um aficionado por Turma da Mônica, TV Pirata, Os Simpsons, até Monty Python. Posteriormente, com 12 anos, passei a ler Luis Fernando Verissimo", conta o escritor. A admiração era tamanha que os textos de Pujol, aos 18, 19 anos, buscavam reproduzir o tipo de humor de Verissimo. "Eram cópias malfeitas", admite.
O tempo trouxe uma evolução no trato ao texto. "No livro é assim: tem momentos em que o humor aparece em alta nas histórias, em outras está ausente ou pouco presente. É necessário saber dosar, não adianta você engasgar seu leitor", argumenta. Pujol ainda reforça que cada história depende do olhar em que está inserida, podendo ter um ponto de vista cômico ou até trágico. "Alguns dos textos do livro podem ser interpretados assim", relata.
E é com a interpretação que Não, não é bem isso busca impactar o leitor. A publicação tem um estilo aberto que permite diferentes percepções. "Pode ser representado ainda pela tônica dos textos, que tratam desde de superação, questionamentos, falha de entendimento", contextualiza o escritor.
Até a visão dicotômica entre a tragédia e a comédia pode ser observado. "Quero que o público que leia passe a ter uma observação diferente sobre o mundo, sobre a literatura. É ótimo que, a partir disso, surjam os diálogos e comentários entre mim e o leitor para pensarmos nos textos", completa.
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