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Cultura

- Publicada em 30 de Julho de 2019 às 03:00

Sérgio Sister inaugura mostra hoje em Porto Alegre

A cor é o elemento mais importante da mostra com peças do artista paulistano

A cor é o elemento mais importante da mostra com peças do artista paulistano


MARIANA CARLESSO/JC
Frederico Engel
Artista desde 1964, Sérgio Sister reúne um extenso portfólio de obras - parte delas estarão na mostra O sorriso da cor e outros engenhos, que abre hoje, às 19h, no Instituto Ling (João Caetano, 440). Também haverá uma conversa aberta ao público entre o artista e a curadora Virgínia Aita. A exposição segue no local até 1 de novembro, com visitação de segunda a sexta-feira, das 10h30min às 22h, e nos sábados, das 10h30min às 20h.
Artista desde 1964, Sérgio Sister reúne um extenso portfólio de obras - parte delas estarão na mostra O sorriso da cor e outros engenhos, que abre hoje, às 19h, no Instituto Ling (João Caetano, 440). Também haverá uma conversa aberta ao público entre o artista e a curadora Virgínia Aita. A exposição segue no local até 1 de novembro, com visitação de segunda a sexta-feira, das 10h30min às 22h, e nos sábados, das 10h30min às 20h.
O trabalho de juntar 22 obras do paulista realizado por Virgínia é valorizado por Sister. Profunda conhecedora da trajetória do artista, Virgínia desenvolveu uma relação forte com as cores capturadas por Sister. "O título foi pensado por ela e faz todo o sentido com a proposta, que contém uma vasta gama de cores", afirma o artista. Ocupando o espaço expositivo do Ling estão obras antigas e outras mais recentes, como caixinhas e quadrinhos inéditos.
Dentre esta variedade, a mostra contém dípticos de óleo sobre tela, bem como de uma série de pinturas em caixas de madeira, ripas e tijolinhos. Nesta seleção das obras, a ideia da curadora foi de as pinturas monocromáticas se revezarem com objetos e estruturas minimalistas. Já nos grandes dípticos em cores pop, ou nos pequenos formatos - minidípticos, pinturinhas -, Virgínia observa que a superfície monocromática apresenta uma oscilação, sendo possível observar a presença de jogos cromáticos.
Tal trabalho de Sister com a utilização da cor é uma forma de ele criar movimento e profundidade. "A pintura é o primeiro e principal elemento que abordo na minha produção artística. Com isso, ela agita e move as obras", destaca o artista. O processo criativo de Sister resulta em variadas densidades de pintura e diferentes sobreposições ou predominâncias cromáticas. Em outros momentos, as cores são utilizadas para criar um contraponto. Ora Sister cria tonalidades que estão próximas e dialogam entre si; outro momento, elas geram um contraste.
Objetos tridimensionais contam com uma relação de cores que se alteram. "Não são grandes as diferenças, mas as dinâmicas mudam, têm de ser trabalhadas de formas distintas". Na área das peças tridimensionais, o artista já desenvolveu as séries Caixas, iniciada em 1996, além de Pontaletes, a partir de 2006, e Ripas, de 2009. Principal objeto de estudo da exposição, a cor também é pensada na montagem e disposição das obras no espaço - não para criar uma narrativa, mas para que se favoreça os contrastes e as proximidades.
Uma associação de luminosidade também é recorrente no trabalho de Sister. Para o artista, a técnica é uma característica e assunto básico de sua obra, em que ele trabalha de forma interna e externa. A primeira delas é uma forma de ativar a superfície dos objetos, enquanto a segunda insere movimento para a peça artística.
Conforme Virgínia, no texto curatorial, Sister é, sobretudo, um pintor da luz, que "antes imantava a cor" entranhada nas superfícies monocromáticas, passando a emular sua incontornável dispersão "em diferentes lugares e tempos". 
Sister iniciou nas artes visuais aos 16 anos, e tem sua imagem associada à Geração 80. Mas ele acredita que não se tratou de um movimento, mas sim de uma exposição em que foram reunidos artistas de diferentes vertentes. "Eu também já tinha uma carreira anterior à década de 1980", explica. Participante das 9ª e 25ª edições da Bienal de São Paulo, em 1967 e 2002, Sister tem trabalhos nos acervos de instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Centro Cultural São Paulo e o Instituto Figueiredo Ferraz.
A exposição no Ling também representa a estreia dele em Porto Alegre - Sister não veio expor antes na capital gaúcha por falta de oportunidade. "Tenho a expectativa de que o público da Capital compareça à exposição. É ótimo poder expor aqui, é um local que gosto, exceto quando se trata do futebol, já que o Palmeiras perdeu para o Inter", brinca o artista.
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