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Cultura

- Publicada em 25 de Junho de 2019 às 03:00

Morte do astro Michael Jackson completa dez anos

Artista é a celebridade morta que mais ganhou dinheiro - herdeiros receberam US$ 2,4 bilhões

Artista é a celebridade morta que mais ganhou dinheiro - herdeiros receberam US$ 2,4 bilhões


SONY/DIVULGAÇÃO/JC
Naquele 25 de junho de 2009, antes de o mundo receber a notícia da morte de Michael Jackson aos 50 anos, vítima de intoxicação pelo analgésico propofol, a expectativa que rondava o Rei do Pop era outra. Após anos de reclusão que sucederam o midiático julgamento por abuso sexual de um garoto de 13 anos (do qual sairia absolvido de todas as acusações, em 2005), ele preparava seu retorno com a turnê This is it? (teoricamente, sua despedida dos palcos), com 50 shows previamente esgotados na 02 Arena, em Londres. A 17 dias da estreia, Michael Jackson saía de cena.
Naquele 25 de junho de 2009, antes de o mundo receber a notícia da morte de Michael Jackson aos 50 anos, vítima de intoxicação pelo analgésico propofol, a expectativa que rondava o Rei do Pop era outra. Após anos de reclusão que sucederam o midiático julgamento por abuso sexual de um garoto de 13 anos (do qual sairia absolvido de todas as acusações, em 2005), ele preparava seu retorno com a turnê This is it? (teoricamente, sua despedida dos palcos), com 50 shows previamente esgotados na 02 Arena, em Londres. A 17 dias da estreia, Michael Jackson saía de cena.
As dúvidas que cercavam aquele recomeço giravam em torno da capacidade do astro norte-americano, dono de três dos quatro álbuns mais vendidos da história até hoje, de retomar de maneira digna uma trajetória artística até então brilhante. Seria ele fisicamente capaz? Uma bateria de exames proposta em contrato pela produtora AEG Live provara que sim. Mentalmente? Essa é uma das tantas questões que seguem sem resposta até hoje, quando se completa uma década da morte.
O fato é que, assim como toda sua vida, os anos que sucederam a morte de Jackson vêm sendo marcados por conquistas artísticas e questionamentos sobre sua conduta - principalmente após a veiculação, em março, do documentário Deixando Neverland, da HBO, em que Wade Robinson e James Safechuck relatam abusos cometidos por Michael Jackson quando ainda eram crianças.
Um dos artistas mais influentes de sua época, ele segue relevante - é um dos mais ouvidos de serviços de streaming como o Spotify, superando nomes como Beatles, Prince e Madonna. Dinheiro também não parou de entrar: segundo a revista Forbes, a família de Jackson já arrecadou US$ 2,4 bilhões desde a morte do cantor - US$ 400 milhões só no ano passado. Basicamente, mais do que ele acumulou em toda a sua vida (estimado em US$ 2 bilhões, com valores ajustados à inflação).
Além dos direitos autorais, uma série de fatores explica o fato de Michael Jackson ser mais lucrativo após sua morte. O principal deles é que seu patrimônio cresceu consideravelmente após a venda de direitos de músicas de outros artistas adquiridos por ele. Em 2016, a Sony Corporation pagou US$ 750 milhões pela fatia de Jackson na Sony/ATV, que contava, entre outros, com o acervo dos Beatles.
O nome Jackson ainda faz muito dinheiro a partir de produções que envolvem sua imagem. O espetáculo Michael Jackson: One, do Cirque du Soleil, em cartaz em Las Vegas desde 2013, tem datas confirmadas até dezembro deste ano, pelo menos. Todas as sessões próximas estão praticamente esgotadas, e em novembro já há datas com mais da metade da lotação vendida. E o musical da Broadway Don't stop till you get enough segue confirmado para 2020.
Um exemplo mais próximo: aprovado pela família, o espetáculo Tributo ao Rei do Pop, estrelado pelo paulista Rodrigo Teaser, teve apresentações fim de semana passado no Rio de Janeiro com ingressos que custavam até R$ 200,00.
"Como cover, minha imagem está 100% ligada à dele. Nos primeiros dias pós-documentário da HBO, fiquei preocupado que o filme pudesse afetar a imagem. Mas percebi que isso não mudou. Quem já achava que Michael Jackson era culpado continua achando. O mesmo vale para quem o vê como inocente", conta o sósia brasileiro.
De fato, até agora, pouco se pôde perceber de real impacto após os relatos de Robinson e Safechuck. Algumas rádios do Canadá e da Nova Zelândia anunciaram que não tocariam mais as canções de Jackson, mas foram casos pontuais. No Brasil, segundo relatório enviado pela Crowley Broadcast Analysis, entre janeiro e maio de 2019, o artista continuou bem executado nas rádios locais.
Para o advogado Andy Mayoras, autor do livro Trial & heirs: Famous fortune fights (Julgamentos e herdeiros: famosas brigas por fortunas), há uma explicação: "Michael Jackson tem uma base de fãs tão fiel e fanática que ela vai apoiar a pessoa, o legado, sua música e a família, independentemente do que surgir. Isso ficou claro pelos movimentos pós-Deixando Neverland, com campanhas publicitárias bancadas por fãs e impulsos nos números de vendas. Ainda veremos, por muitos anos, ganhos significativos chegando para Jackson e sua família", completa o especialista.
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