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Cultura

- Publicada em 07 de Maio de 2019 às 03:00

Turnê de Los Hermanos chega a Porto Alegre neste final de semana

Grupo apresenta primeira música inédita em 14 anos, chamada 'Corre, corre'

Grupo apresenta primeira música inédita em 14 anos, chamada 'Corre, corre'


CAROLINE BITTENCOURT/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
"Tocar com o Los Hermanos é sempre um prazer, nunca uma obrigação", esclarece o tecladista Bruno Medina, a respeito da dinâmica de um dos grupos brasileiros mais adorados dos anos 2000. A banda carioca interrompeu as atividades em 2007 e, desde então, vem se reunindo pontualmente para celebrar ao vivo o trabalho dos seus quatro discos: Los Hermanos (1999), Bloco do eu sozinho (2001), Ventura (2003) e 4 (2005).
"Tocar com o Los Hermanos é sempre um prazer, nunca uma obrigação", esclarece o tecladista Bruno Medina, a respeito da dinâmica de um dos grupos brasileiros mais adorados dos anos 2000. A banda carioca interrompeu as atividades em 2007 e, desde então, vem se reunindo pontualmente para celebrar ao vivo o trabalho dos seus quatro discos: Los Hermanos (1999), Bloco do eu sozinho (2001), Ventura (2003) e 4 (2005).
A turnê atual chega a Porto Alegre neste fim de semana e conta com uma novidade: Corre corre, primeira música que Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Rodrigo Barba e Medina gravaram em 14 anos. O espetáculo ocorre a partir das 22h de sábado, no Pepsi On Stage (Severo Dullius, 1.995), com ingressos a partir de R$ 180,00 pelo site Eventim.
Inicialmente, a agenda dos artistas incluía uma segunda apresentação na cidade, marcada para domingo, dia 12 de maio, mas a atividade foi cancelada. Aqueles que compraram entradas para a ocasião podem usá-las para o setor pista no dia 11.
O espetáculo na Capital é o penúltimo de uma leva de shows que começou em março, na edição argentina do Lollapalooza. Desde então, o quarteto passou por oito capitais e ainda tem compromissos em Curitiba, na sexta-feira, e em São Paulo, no dia 18. Assim como nas turnês de reuniões anteriores, o repertório conta com quase 30 canções que contemplam todas as facetas da banda - que abraçou elementos do rock, do ska, do samba e do indie ao longo de seus anos de gravações.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, Medina conta bastidores sobre a canção Corre corre e fala sobre a solução que os músicos encontraram para a banda seguir existindo.
JC Panorama - Diferentemente das outras turnês de reunião, nesta há uma música nova. De quem foi a ideia de trabalhar em uma inédita e como esse plano foi recebido pelos outros integrantes?
Bruno Medina - Corre corre foi trazida pelo Marcelo (Camelo) um pouco antes de iniciarmos os ensaios. Ele nos mandou uma gravação de voz e violão pelo WhatsApp e nos apaixonamos pela música. O combinado foi que priorizaríamos os ensaios do repertório tradicional e, havendo tempo, iríamos tentar fazer um arranjo, e possivelmente lançá-la. Acabou que tudo deu certo e conseguimos nos organizar para gravar.
Panorama - Como foi produzir em conjunto depois de tanto tempo, e o que isso significa para o futuro?
Medina - A experiência de gravar novamente com a banda após 14 anos foi incrível. Ao longo desse tempo todo nós amadurecemos artisticamente, e isso trouxe uma serenidade positiva para o processo, cada um entendendo melhor seu espaço, sua função na música. Também foi legal ver como as vivências de cada um alteraram a maneira de se expressar artisticamente, o que com certeza enriqueceu o resultado. Acredito, no entanto, que essa música surgiu quase que por acaso, pelo fato de estarmos todos juntos, tocando, e de haver uma composição que combina com a identidade da banda. Até pela dificuldade de alinhar as agendas (moramos em três países distintos) e os projetos particulares que cada um tem, não vejo por hora contexto para o surgimento de novas músicas.
Panorama - Recentemente, os Tribalistas também se reuniram para uma série de grandes espetáculos. Há quem acredite que hiatos aumentam o interesse do público. Concorda?
Medina - Não foi algo planejado, apenas a forma que encontramos para seguir tocando, mas realmente o fato de não nos apresentarmos frequentemente contribui para conseguirmos reunir grandes públicos toda vez que tocamos. Não acredito que haja uma receita de bolo para gerir carreiras, afinal o sucesso depende de muitas variáveis. O que posso dizer é que nosso púbico entendeu que essa é a maneira possível para Los Hermanos continuar existindo e parecem estar bem com isso. Quando deixamos de ter uma rotina mais assídua de shows, em 2007, acho que nos antecipamos a um potencial desgaste, que seria até natural depois de 10 anos ininterruptos de estrada. O fato de termos dado vazão a outros planos a partir de então foi essencial para que conseguíssemos, sobretudo, preservar nossa amizade. Como cada um faz o que bem entende da própria vida profissional, tocar com o Los Hermanos é sempre um prazer, nunca uma obrigação. Assim sendo, por não haver nenhum objetivo específico de carreira a ser alcançado que não tocar para nossos fãs e nos divertir, a lógica que define o momento de uma turnê não segue qualquer critério.
Panorama - Muita gente vê os discos do Los Hermanos como fundamentais para a geração que veio em seguida. Vocês conseguem enxergar essa relação?
Medina - Às vezes sim, e isso nos orgulha muito. Talvez um fato que tenha contribuído para essa capacidade de influenciar tenha a ver com o fato desta ser uma banda formada por amigos do Marcelo, e não por pessoas que gostavam de um mesmo estilo, o que costuma ser muito comum. Dessa forma, cada um trouxe a sua influência particular à formação da identidade da banda, e isso talvez tenha nos dado um leque mais plural de referências, capaz de atrair públicos relativamente distintos.
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