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Cultura

- Publicada em 10 de Abril de 2019 às 03:00

Fundação Iberê Camargo volta a abrir para visitação durante dias de semana

Centro cultural volta a abrir as portas para o público, sem agendamento, de quarta-feira a domingo

Centro cultural volta a abrir as portas para o público, sem agendamento, de quarta-feira a domingo


NILTON SANTOLIN/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Após dois anos com atendimento ao público somente aos fins de semana, a Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000) volta a abrir as portas durante a semana nesta quarta-feira (10) - de quarta a domingo, das 14h às 19h. Além da reabertura, o centro cultural inaugura o espaço Bike Friendly e lança uma nova publicação.
Após dois anos com atendimento ao público somente aos fins de semana, a Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000) volta a abrir as portas durante a semana nesta quarta-feira (10) - de quarta a domingo, das 14h às 19h. Além da reabertura, o centro cultural inaugura o espaço Bike Friendly e lança uma nova publicação.
O que possibilitou que a fundação voltasse a receber público durante a semana foi a readequação interna promovida recentemente. "O conselho e os diretores fizeram uma análise séria sobre a condição que enfrentávamos. Isso foi essencial para que fizemos as mudanças ao longo deste período", afirma o superintendente, Emilio Kalil. Ele também destaca que o fechamento do último balanço da fundação apresentou um resultado melhor, o que viabilizou o retorno das atividades durante a semana.
Kalil lembra ainda de outros dois fatores que contribuíram para a normalização: patrocínio e o apoio da comunidade. "O jantar-leilão realizado em novembro passado foi ótimo para demonstrar o apoio que temos da comunidade, sendo importante para o pagamento de contas passadas e das que ainda virão", afirma. O valor arrecado foi de R$ 2,5 milhões.
Na visão do superintendente, a instituição se encontra inserida em uma comunidade perene, que apoia e deseja sua continuidade. "Qualquer fundação é sólida ao lado de uma comunidade sólida ao seu lado. Sinto que a cidade quer nosso centro cultural presente", conta Kalil. A implementação de um programa de sócios também foi outra medida acertada - conhecido como Clube Iberê, foi lançado na mesma noite do leilão.
Entre as novidades desse novo momento da Fundação Iberê Camargo ocorre nesta quarta-feira o lançamento da revista Carretel, às 18h. A publicação será de sazonalidade trimestral, divulgando a agenda da fundação e entrevistas com artistas renomados. "Será um espaço para visualização de panoramas da arte de Porto Alegre, como de outros lugares do Brasil e do mundo", contextualiza. Haverá, ainda, um novo ponto para aluguel de bicicletas elétricas, intitulado de Espaço Bike Friendly, que Kalil afirma que ajudará na valorização da orla do Guaíba, sendo mais uma possibilidade de lazer na área.
O centro cultural agora contará com uma nova ambientação externa, também revelada nesta quarta. Kalil define como um espaço que servirá de contemplação da fundação. O público também poderá visitar, até às 20h, as exposições Ateliê de gravura: da tradição à experimentação e Visões da Redenção. A mostra, em cartaz no terceiro andar da instituição, conta com um recorte de 77 obras de Iberê Camargo (66 desenhos, três gravuras e oito pinturas), produzidas no início dos anos 1980 - período em que o artista retornou para Porto Alegre, após um período de 40 anos morando na capital fluminense.
De hoje a domingo, às 16h, o Cine Iberê promove a mostra Diálogo com o invisível, que tem relação com Visões da Redenção. Tendo o Parque da Redenção como eixo, serão exibidos curta e longa metragens que abordam o mistério da natureza e sua relação com as personagens protagonistas de suas narrativas. As sessões têm entrada gratuita.
O primeiro filme é O parque, de Damien Manivel. Não há movimentos de câmera nem trilha sonora, os atores são estreantes e o parque, única locação, também faz parte da interação psicológica. No sábado, tem sessão comentada de Princesa morta do Jacuí, com a roteirista Marcela Ilha Bordin. O curta narra o retorno do arqueólogo Margot Moreira ao lugar onde nasceu, a zona de exclusão chamada Depressão Central, onde o sol nunca para de brilhar.
Entre as novidades, uma das mais aguardadas é a chegada da escultura Spider, de Louise Bourgeois. A imensa aranha, que ficou por 20 anos no Museu de Arte Moderna de São Paulo, faz agora uma circulação pelo País e chegará à Fundação Iberê em maio.
Sobre a possibilidade de reabrir o centro cultural para o público nas segundas e terças-feiras, Kalil descarta a ideia. "A Fundação seguirá seu funcionamento normal. Nestes dias, o passante não poderá visitar, mas o agendamento está disponível, assim como era no ano passado para aqueles que queriam visitá-la em outros dias", completa.
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