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Cultura

- Publicada em 28 de Março de 2019 às 03:00

Toquinho realiza shows no Theatro São Pedro neste final de semana

Além de espetáculo baseado em seu álbum 'Casa de brinquedos', Toquinho apresenta show de 50 anos de carreira

Além de espetáculo baseado em seu álbum 'Casa de brinquedos', Toquinho apresenta show de 50 anos de carreira


MARCOS HERMES/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
São 50 anos só de carreira. A experiência de Toquinho nos palcos é extensa, culminando na celebração pelas cinco décadas como artista em apresentação única em Porto Alegre no sábado, às 21h, no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº), com ingressos entre R$ 160,00 (galerias) e R$ 240,00 (cadeiras extras). Além desse show, o álbum Casa de brinquedos, parceria do músico com o gaúcho Mutinho, também recebe um espetáculo no local sábado e domingo, ambos às 16h, com ingressos entre R$ 40,00 (galerias) e R$ 80,00 (plateia).
São 50 anos só de carreira. A experiência de Toquinho nos palcos é extensa, culminando na celebração pelas cinco décadas como artista em apresentação única em Porto Alegre no sábado, às 21h, no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº), com ingressos entre R$ 160,00 (galerias) e R$ 240,00 (cadeiras extras). Além desse show, o álbum Casa de brinquedos, parceria do músico com o gaúcho Mutinho, também recebe um espetáculo no local sábado e domingo, ambos às 16h, com ingressos entre R$ 40,00 (galerias) e R$ 80,00 (plateia).
Quando compôs Casa de brinquedos, em 1983, Toquinho já contava com 14 anos de carreira. Ao lado de Mutinho, que apresenta em seu sangue o apreço pela música em razão do tio Lupicínio Rodrigues, eles trabalharam nas letras e melodias, pensando em um álbum para o público infantil de composição simples, mas abrangente. "Nós dois apresentamos esta característica. E essa linguagem é muito difícil porque não se pode subestimar a criança, ao passo em que também não se pode fazer qualquer blá-blá-blá e esperar que ela fique satisfeita", afirma o músico.
As composições voltadas aos pequenos são justamente um dos maiores reconhecimentos que Toquinho recebe pelo público. E a experiência na criação dessas letras, segundo ele, só é possível de ser realizada com humildade. Toquinho destaca ainda o uso de escalas, harmonias e teorias musicais, entre outras técnicas, como o mínimo para que uma canção fique audível e agradável. "Na realidade, há que despertar a criança que nos habita até o fim da vida. Além disso, é preciso ter humor para compor músicas infantis e divertir-se enquanto o faz", argumenta.
Na composição do espetáculo, é natural sua participação como autor das canções, além de acompanhar o desenvolvimento musical da peça. Pela dinâmica da apresentação, todavia, este papel ficou a cargo da diretora Carla Candiotto, de produtores e de atores. Toquinho acompanha as adaptações, considerando que as letras originais foram compostas para uma geração de crianças que cresceu nos anos 1980. "Há que saber harmonizar essa característica, incorporando-a na tecnologia e nas histórias que alinhavam as canções", relata. O resultado, segundo ele, é que os brinquedos viram personagens que interagem na evolução de um roteiro. "Os responsáveis pelo espetáculo fazem isso muito bem, e as crianças se divertem e cantam junto. Acaba sendo um espetáculo que diverte toda a família", acrescenta o compositor.
Mesmo com as mudanças geracionais, as letras e composições de Toquinho seguem presentes com os adultos e as atuais gerações de crianças. O músico atribui isso em razão de que as canções encaixarem melodia e letra, alinhavando assuntos comuns em um formato transparente e verdadeiro. "Tudo na infância vira atemporal, nos persegue durante a vida. Assim, os adultos também participam da apresentação por assumirem a admiração por uma época que deixaram para trás", destaca.
Mas não é apenas as letras que prendem a atenção dos menores para o palco. Cores, roupas, objetos são elementos extras que auxiliam na contemplação da apresentação, em especial, de Casa de brinquedos. Conforme Toquinho aponta, a peça conta com uma facilidade e necessidade de incorporar componentes como bailarina, bola, caderno, aviãozinho, robô, entre outros -, afinal estes já estão presentes nas canções.
Além das composições voltadas ao público infantil, o músico também tem sua imagem associada ao violão, parceiro ao qual ele descreve como um amuleto. "(O violão) É o vetor de toda minha carreira. Instrumentista, compositor e intérprete estão incorporados em sua forma mágica que nos une em madeira e pele, cordas e coração. Eu me considero um artesão, sempre apoiado no violão que representa o início e o desenvolvimento de tudo. Estudo todos os dias procurando me aprimorar ainda mais", reforça Toquinho.
A sua dedicação diária também está presente no balanço que faz da carreira. "Cada ano robustece o seguinte e as décadas se diluem na descoberta de técnicas novas e na extensão do vigor ampliado pelas conquistas e pelos sucessos."
De acordo com Toquinho, também perdura a sensação de uma constante renovação e de um contínuo aprimoramento. "Amo fazer o que faço, o palco é a extensão de minha casa. Nele sou simples e íntimo da plateia. O restante, a vida se incumbirá de mostrar-me valores e caminhos que eu saberei aproveitar usando meu talento maior: o de instrumentista", completa.
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