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Cultura

- Publicada em 24 de Março de 2019 às 19:15

Velório de Domingos de Oliveira foi marcado por emoção no Rio

Domingos Oliveira (E) com Caio Blat, recebendo Kikito no 44º Festival de Gramado, em 2016

Domingos Oliveira (E) com Caio Blat, recebendo Kikito no 44º Festival de Gramado, em 2016


CLEITON THIELE/PRESSPHOTO/JC
Na presença de parentes e amigos, foi enterrado neste domingo (24), no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, o corpo do ator, dramaturgo, diretor e cineasta Domingos de Oliveira. Ele, que completaria 83 anos em setembro, morreu no sábado, em sua casa, no Leblon, escrevendo no computador. O autor passou mal enquanto trabalhava e não resistiu à espera pelo socorro médico. Não foram divulgadas informações sobre a causa da morte.
Na presença de parentes e amigos, foi enterrado neste domingo (24), no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, o corpo do ator, dramaturgo, diretor e cineasta Domingos de Oliveira. Ele, que completaria 83 anos em setembro, morreu no sábado, em sua casa, no Leblon, escrevendo no computador. O autor passou mal enquanto trabalhava e não resistiu à espera pelo socorro médico. Não foram divulgadas informações sobre a causa da morte.
Mesmo sofrendo de Mal de Parkinson, Oliveira se mantinha em atividade. O diretor saiu aclamado do Festival de Gramado de 2016, quando recebeu os principais Kikitos (melhor filme, direção, trilha musical e atriz coadjuvante) pelo longa Barata Ribeiro, 716. Seu título mais conhecido era Todas as mulheres do mundo (1966). Sua primeira peça, Somos todos do Jardim de Infância, foi montada na década de 1960, e também lançou Leila Diniz, sua esposa na época.
O velório começou na noite de sábado (23) no Teatro Maria Clara Machado, no Planetário da Gávea, onde o carioca trabalhou por muito tempo. Na ocasião, foram cantadas músicas de seus filmes e declamadas poesias, como ele admirava nos longas estrangeiros, além de serem lidas duas cartas-testamento escritas por ele em 1998, uma para a mulher, Priscilla Rozembaum, e outra para a filha caçula Maria Mariana - com quem fez o sucesso Confissões de adolescente (1992). 
"Ele sempre falava: o meu tem que ser assim. Velório Felliniano (numa referência ao cineasta italiano Federico Fellini). E foi (um velório) estilo Domingos de Oliveira", concluiu a atriz, diretora e escritora.
De acordo com informações da FolhaPress, o cineasta ainda filmava uma nova série para o Canal Brasil antes de falecer. Mulheres de 50 é uma espécie de continuação de duas peças que Domingos dirigiu nos anos 1990 e 2000, respectivamente: Confissões das mulheres de 30 e Confissões das mulheres de 40.
Escrita em conjunto com as protagonistas da série, as atrizes Cacá Mouther, Clarice Niskier, Dedina Bernardelli e Priscilla Rozenbaum, o seriado trata dos dilemas enfrentados pelas mulheres maduras, como relacionamentos, separações e vida profissional. Cada episódio é centrado em uma das personagens, diz Cacá. Em todos, as quatro amigas se encontram no seu quartel-general, o restaurante Fiorentina, em Copacabana, endereço boêmio carioca frequentado pelo diretor na vida real.
Segundo Ronald Teixeira, diretor de arte da série e parceiro de Domingos desde 1997, sete dos 10 episódios previstos para série já foram filmados - o sétimo já com direção da assistente do cineasta, Renata Paschoal. Há uma semana, Domingos, fragilizado pelo Parkinson, havia reunido a equipe e expressado a vontade de que a assistente o substituísse na direção da empreitada. Também de acordo com Teixeira, Mulheres de 50 está prevista para ir ao ar no Canal Brasil ainda no primeiro semestre.
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