Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 11 de Março de 2019 às 22:39

Marcelo D2 apresenta show 'Amar é para os fortes' em Porto Alegre

Rapper apresenta novo disco nesta quinta-feira, no Opinião

Rapper apresenta novo disco nesta quinta-feira, no Opinião


WILMORE OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Em turnê de seu novo disco, Marcelo D2 retorna para Porto Alegre para o show Amar é para os fortes, que ocorre nesta quinta-feira, às 23h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). Os ingressos custam entre R$ 45,00 (1º lote e doação de 1 kg de alimento não perecível) e R$ 140,00 (4º lote). O rapper, que conta com outros nove álbuns em sua carreira, transformou seu décimo disco em dos mais inventivos do repertório, tratando de uma temática para a qual julga ser necessária maior atenção.
Em turnê de seu novo disco, Marcelo D2 retorna para Porto Alegre para o show Amar é para os fortes, que ocorre nesta quinta-feira, às 23h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). Os ingressos custam entre R$ 45,00 (1º lote e doação de 1 kg de alimento não perecível) e R$ 140,00 (4º lote). O rapper, que conta com outros nove álbuns em sua carreira, transformou seu décimo disco em dos mais inventivos do repertório, tratando de uma temática para a qual julga ser necessária maior atenção.
A ideia de unir elementos audiovisuais em Amar é para os fortes surgiu pouco depois do lançamento de Nada pode me parar, disco de 2013. No álbum, D2 realizou 16 clipes, passando a considerar que poderia ter unido todos em um único. Assim, maturou a ideia e lançou em 31 de agosto de 2018 o disco e o filme de mesmo nome no Apple Music. No longa, o rapper foi responsável pela direção e roteiro, tendo seu filho, Stephan Peixoto, no papel principal, como Sinistro. A produção é marcada por violência, drogas, amigos, inimigos, família, arte, esperança e amor.
Por um ser a extensão do outro, filme e álbum se complementam. A ideia em sua cabeça parecia utópica em certos momentos, especialmente por envolver um filme e artistas convidados. "Não sabia se iria conseguir transportar o que estava na minha cabeça para os demais", revela ele. Isso muda enquanto D2 compõe as músicas de Amar é para os fortes. Com convidados como Rincon Sapiência, Alice Caymmi, Seu Jorge e Gilberto Gil, o músico conseguia, em seu processo de criação, visualizar a participação de cada um dos envolvidos. "Poder abrir com Orochi e Santi, dois artistas do Rio, e fechar o álbum com a Alice e o Danilo Caymmi é algo muito especial. São muitos elementos e estilos envolvidos, algo característico da apropriação do hip-hop", avalia o rapper.
É uma obra que apresenta fortes elementos biográficos, como a vivência de mais de 50 anos em uma cidade marcada pela insegurança. "O Rio de Janeiro é lindo, mas é foda viver em um ambiente em que a violência está cada vez mais próxima de você", afirma D2.
A inspiração para o nome do disco nasceu de momentos difíceis. Uma amiga de sua família, a quem uma de suas filhas considerava como mãe, perdeu a vida em um assalto. O título, todavia, surgiu em uma conversa de bar com o amigo João Velho, filho de Cissa Guimarães e irmão de Rafael Mascarenhas, morto enquanto andava de skate em uma via no Rio de Janeiro. O encontro se deu logo após o atropelador ter a pena revertida em prestação de serviços. "A vontade era de se vingar, mas isso não é justiça. Assim, concluímos que amar é para os fortes", conta.
O amor é o principal balizador do trabalho, uma mensagem que D2 espera que seja mais disseminada. "Amar é um ato de rebeldia. O ódio está espalhado, nós devemos lutar contra, defendendo o amor", argumenta. Ele observa características semelhantes quando do início de sua carreira nos anos 1990, ainda no Planet Hemp, em que enxergava um mundo violento. "Parece que o Brasil e o mundo estão voltando para aquela época. Eu precisava me expressar sobre anos atrás e continuamos discutindo, cantando sobre o mesmo tema", conta o músico.
Para que a mensagem seja transmitida, o músico acredita que a arte é fundamental, pois ela é capaz de salvar as pessoas. "Nenhum discurso político é capaz de gerar um impacto ou sentimento tão forte quanto a arte. A capacidade de mudança é muito maior pela cultura", destaca D2. As mídias sociais são outro elemento que auxilia na disseminação do trabalho, algo que o rapper percebe ao poder ter um contato com o público sem depender dos meios tradicionais. Entretanto, tudo tem seu porém. "O Chico Buarque já dizia que também é graças às redes sociais que percebemos que não somos amados por todos como pensamos. Muitos são os haters", aponta. Mesmo que por vezes tenha de lidar com uma série de comentários negativos, ele não se mostra abalado. "Os números não me emocionam ou comovem", finaliza.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO