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Cultura

- Publicada em 05 de Março de 2019 às 22:01

Com 10 anos de shows na rua, Teatro Mototóti faz estreia em palco fechado

Montagem de debutação será em Canoas, no Teatro do Sesc Canoas

Montagem de debutação será em Canoas, no Teatro do Sesc Canoas


TIEMY SAITO/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Com10 anos de apresentações na rua, o Teatro Mototóti fará sua estreia nos tradicionais palcos italianos - ela ocorrerá no próximo domingo, às 16h, no Teatro Sesc Canoas. Com concepção e trilha sonora original de Fernanda Beppler, o Bailinho Mototóti é um show infantil multilinguagens que tem como inspiração principal o folclore gaúcho. Ingressos a R$ 25,00 no site sesc-rs.com.br/ingressos.
Com10 anos de apresentações na rua, o Teatro Mototóti fará sua estreia nos tradicionais palcos italianos - ela ocorrerá no próximo domingo, às 16h, no Teatro Sesc Canoas. Com concepção e trilha sonora original de Fernanda Beppler, o Bailinho Mototóti é um show infantil multilinguagens que tem como inspiração principal o folclore gaúcho. Ingressos a R$ 25,00 no site sesc-rs.com.br/ingressos.
Uma das idealizadoras do grupo, Fernanda chegou a Porto Alegre em 1998. Anos depois, em 2001, formou-se em interpretação teatral pela Ufrgs, tendo aproximado sua atuação profissional em teatro de rua. A relação com as apresentações ao ar livre se consolidou em 2007, quando a atriz formou o Mototóti. Entre as diversas montagens da companhia, destaque para Super Gêmeas, com nove indicações ao Prêmio Tibicuera de Teatro.
Agora, a mais recente iniciativa do grupo abre espaço para o folclore gaúcho, tema com o qual Fernanda estabeleceu uma relação próxima desde pequena. “Cresci no CTG Querência da Amizade, em Bom Retiro do Sul. Poder trabalhar com tal assunto nos palcos é uma forma de resgatar parte da minha infância, sendo um retorno às raízes”, contextualiza a atriz.
Além da temática tradicionalista, há outra familiaridade de Fernanda com o espetáculo. Por se tratar de um show musical com elementos de teatralidade, o Bailinho Mototóti sedimenta o interesse da atriz pela área musical nas artes cênicas. “Já compus trilhas para outras apresentações do Mototóti e também para outros grupos”, relata.
Para a nova empreitada, Fernanda foi além do papel de atriz: é encarregada pela direção e elementos cênicos da montagem, como identidade visual e figurinos, além da trilha musical. A ideia inicial era chamar diretores que tivessem experiência para poder comandar o projeto. Isso mudou quando Fernanda viu a necessidade e a vontade de imprimir sua própria visão no espetáculo.
Desse modo, Bailinho Mototóti se tornou um trabalho de grande envolvimento da atriz, inclusive abordando paradigmas do tradicionalismo. “Danço chula na apresentação, algo que é quase exclusivamente associado ao homem”, afirma. O roteiro prevê, ainda, contação de histórias, com destaque para a lenda do Negrinho do Pastoreio na versão de Simões Lopes Neto.
Além de ser dirigido por Fernanda, o Bailinho se torna ainda mais importante por ser a primeira montagem pensada para o formato de palcos italiano do Mototóti. “Durante 10 anos, mantivemos o nosso foco criativo em produzir para o teatro de rua. Há um certo desgaste, e o tempo demanda uma mudança. É necessário mudar para manter o grupo atualizado”, destaca Fernanda.
Mesmo com a transição para os palcos, o processo é descrito como leve e prazeroso pela atriz, mesmo que lide com surpresas por vezes não estimulantes. “Foi chocante descobrir os valores para custear uma temporada em Porto Alegre. Na rua, geralmente, só é preciso uma autorização”, surpreende-se.
Aproveitando os elementos que o palco proporciona, o Bailinho utilizará imagens em vídeo, um componente extra para dialogar com o público. Sem características clássicas de drama, a atração necessita de outros elementos para entreter o público. “As crianças podem não se sentir atraídas apenas com as músicas. Para isso, usaremos as primeiras apresentações como termômetro sobre os diferentes aspectos da montagem”, revela.
No elenco, além de Fernanda, Geison Aquino e Henrique Gonçalves tocam vários instrumentos, cantam, dançam e contam histórias sobre nossos costumes e tradições.
Fernanda relata, ainda, que pretende levar o espetáculo para além do território gaúcho. “Seria ótimo um trabalho que ressalta as culturas gaúchas ganhar repercussão para além do Estado”, projeta a artista. Ela também espera um novo espetáculo para 2020 em formato híbrido, não se limitando aos palcos ou à rua. “É preciso manter as opções e o mercado diversificado”, completa.
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