Depois de 23 anos, deixa de existir a Orquestra Unisinos Anchieta. Também o Coral Unisinos, criado em 1966 e com 53 anos de atividades ininterruptas, foi desativado. As informações foram confirmadas pela assessoria da Unisinos e pelo maestro Evandro Matté, até então diretor artístico da orquestra.
Segundo Matté, a decisão foi tomada pela reitoria da universidade em função do cenário de crise nas instituições de ensino privadas. O projeto era financiado com incentivos e com recursos da própria Unisinos. Uma das últimas apresentações ocorreu em dezembro passado, no Parque Moinhos de Vento, no concerto de Natal com Fafá de Belém.
Fundada em 1996 pelo maestro José Pedro Boéssio, a Orquestra Unisinos Anchieta fez apenas uma pausa – entre dezembro de 2005 e meados de 2007. Desde então, realizava concertos regularmente e era uma das referências da música erudita no Rio Grande do Sul. Atualmente, tinha 18 músicos no corpo de instrumentistas. A suspensão das atividades ocorreu pouco antes da finalização da programação de 2019.
Alguns dos músicos seguirão em contrato com a Unisinos por atuarem também como professores no projeto social Vida com arte, que trabalha com mais de 100 crianças da rede pública de ensino.
Já o Coral Unisinos era composto por três profissionais, além dos coralistas voluntários. Segundo Matté, no total, o coral contava com 45 pessoas.
Em nota, a Unisinos informou que “está descontinuando as atividades da Orquestra Unisinos Anchieta e do grupo de coros. No entanto, mantém seu compromisso com o incentivo à cultura através do Projeto Vida com Arte, que atualmente atende 120 crianças e adolescentes da rede pública de ensino, uma iniciativa que tem promovido a inclusão social e cultural através da música.”