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Cultura

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Ena Lautert inaugura nova mostra de arte no Margs nesta terça-feira

Artista completa 95 anos em 16 de março

Artista completa 95 anos em 16 de março


CELSO CHITOLLINA/DIVULGAÇÃO/JC
Prestes a completar 95 anos, aniversário que ocorre em 16 de março, a lajeadense Ena Lautert inaugura nesta terça-feira (19) uma mostra sobre a sua obra nas galerias João Fahrion, Pedro Weingärtner e Ângelo Guido do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs - Praça da Alfândega, s/nº), no segundo andar. A abertura ocorre das 18h30min às 21h. A visitação gratuita vai até 26 de maio, de terças-feiras a domingos, das 10h às 19h.
Prestes a completar 95 anos, aniversário que ocorre em 16 de março, a lajeadense Ena Lautert inaugura nesta terça-feira (19) uma mostra sobre a sua obra nas galerias João Fahrion, Pedro Weingärtner e Ângelo Guido do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs - Praça da Alfândega, s/nº), no segundo andar. A abertura ocorre das 18h30min às 21h. A visitação gratuita vai até 26 de maio, de terças-feiras a domingos, das 10h às 19h.
Com cerca de 100 peças (desenhos, pinturas, esculturas, gravuras e instalações), a ampla exposição Ena Lautert 95 anos - Retrospectiva tem curadoria de André Venzon para contemplar a trajetória da artista visual. A mostra também envolve a produção de um catálogo, que será lançado no local justamente no seu aniversário: às 10h do dia 16 de março, sábado.
O projeto, que já mobiliza familiares, amigos e apreciadores da artista, tem financiamento coletivo pelo site Vakinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/retrospectivaena-lautert-95-anos. A exposição conta com textos de Armindo Trevisan, Cézar Prestes, Paula Ramos, Rodolfo Sastre, Paulo Amaral e André Venzon, além de depoimentos de Décio Presser, Letícia Wierzchowski, Martha Medeiros, Paulo Gomes, Renato Rosa e Tetê Pacheco.
Antes de iniciar sua caminhada nas artes, Ena foi uma das pioneiras na prática de hatha yoga no Estado, mantendo academia por mais de 20 anos, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Nos anos 1970, em viagem à Europa, acompanhando sua filha por ocasião do sesquicentenário da imigração alemã no Rio Grande do Sul (1974), tomou contato com a avançada sociedade sueca, que já reciclava o lixo doméstico. Hoje, o país recicla quase 100% do lixo produzido, sendo seu sistema de reciclagem exemplo para o mundo inteiro.
O episódio levou Ena a uma reflexão sobre o que fazer com o seu próprio lixo. Décadas depois, relacionando o equilíbrio da mente e a prática da yoga com a preservação da natureza, materializou aquela inspiração nas suas hoje afamadas pedras de papel machê. Desde então, o ato de modelar tais formas aprofundou sua devoção à natureza, bem como à arte.
Antes, porém, a artista desenvolveria ainda diferentes séries de trabalhos com a temática na natureza. No início, suas obras em desenho eram figurativas e exploravam temas da fauna e da flora brasileiras, sendo que logo depois a artista passaria a trabalhar nas pinturas de forma mais abstrata, porém sem abandonar as características orgânicas, empregando sementes, cascas, fibras e outros sedimentos à tela, que, mais tarde, se transformariam em esculturas e instalações.
Em 1982, iniciou estudos de desenho com Isabel Lovato, Umbelina Barreto e Patrício Farias, no Atelier Livre de Porto Alegre. Estudou pintura com Vera Wildner, Fernando Baril e papel machê com Denise Haesbaert. Participou de cursos com Jacob Klintowitz e Charles Watson. Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, e recebeu menção honrosa, troféus e medalhas em diversos salões de arte.
Sua primeira exposição individual no Margs foi em 2007, Reconstruções - trabalho reconhecido em 2010 pelo Fumproarte, que financiou a publicação do Livro de pedra, reunindo sua obra recente em colaboração com outros artistas. Esse trabalho também foi indicado para o I Prêmio Açorianos de Artes Plásticas. Possui obras no acervo do Margs, do MAC-RS e em coleções particulares.
Atualmente, Ena segue utilizando o papel machê como meio ecológico para empreender a tarefa de "fazer pedras", cada uma diferente da outra, com formas, volumes e uma diversidade de texturas que permitem refletir sobre questões relacionadas à preservação do meio ambiente, que ora impulsionam sua arte e vida. Mais informações sobre o currículo e trabalhos da artista no site www.enalautert.com.br
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