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Cultura

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Disney aposta em remakes de animações clássicas para 2019

Dumbo é uma das grandes apostas da Disney para este ano

Dumbo é uma das grandes apostas da Disney para este ano


DISNEY/DIVULGAÇÃO/JC
Menos de um minuto após a divulgação do teaser de O rei leão, em 22 de novembro, o assunto já era o mais comentado das redes sociais. Em um dia, o vídeo atingiu 224,6 milhões de reproduções, tornando-se o segundo trailer mais visto de todos os tempos em 24 horas - perde apenas para Vingadores: Guerra Infinita (2018), do mesmo estúdio: a Disney.
Menos de um minuto após a divulgação do teaser de O rei leão, em 22 de novembro, o assunto já era o mais comentado das redes sociais. Em um dia, o vídeo atingiu 224,6 milhões de reproduções, tornando-se o segundo trailer mais visto de todos os tempos em 24 horas - perde apenas para Vingadores: Guerra Infinita (2018), do mesmo estúdio: a Disney.
A partir dali, cada frame foi analisado e comparado com o longa original, de 1994, enquanto o conceito de live-action, termo que se refere a obras ambientadas no mundo real, era debatido (O rei leão tem cenários e animais feitos por computação gráfica, o que gerou a confusão).
Foi um sinal de como a empresa fundada por Walt Disney em 1923 vai continuar pautando as conversas em 2019 - ano que analistas julgam ser o mais decisivo da história da companhia. Mais grandioso até do que o ano passado, quando o estúdio se tornou o único a arrecadar mais de R$ 7 bilhões em bilheteria, marca impulsionada também pelo desempenho dos produtos da Marvel e da Pixar, que pertencem à Disney.
Pelo menos quatro remakes de animações clássicas estão previstos para os próximos meses: Dumbo (28 de março), Aladdin, O rei leão e A dama e o vagabundo (os três sem data ainda). Mais de 160 projetos ligados à Disney estão previstos para o futuro próximo - vale lembrar que a fusão com a Fox, confirmada no fim do ano passado, deve aumentar esse número.
No meio disso tudo, as refilmagens chamam atenção especial porque chegam como novidades, mesmo que essas histórias já sejam tão conhecidas. Pelo menos em tese.
"A Disney está permitindo a introdução de novos elementos aos clássicos, como Malévola (2014), que fala da Branca de Neve a partir da vilã. São commodities de retorno garantido: o público sabe o que esperar, porque cresceu com esses filmes", informa o norte-americano Henry Jenkins, especialista em cultura pop.
Outra novidade dos remakes, diz Jenkins, é a possibilidade de corrigir elementos problemáticos das obras originais. Em entrevistas, a atriz Naomi Scott já avisou que sua personagem Jasmine, do novo Aladdin, terá ambições maiores do que simplesmente se casar, como acontece no original de 1992. Outro caso recente é A Bela e a Fera (2017), que trouxe um Gaston gay e uma Bela mais empoderada.
"A Disney sempre trabalhou com memória e vínculo afetivo. Não à toa, tem o hábito de relançar seus clássicos em versões remasterizadas e com cenas inéditas. Os próprios parques servem como reforço da nossa conexão com um universo lúdico", compara Pedro Curi, coordenador de Cinema e Audiovisual da Escola Superior de Propaganda e Martketing (ESPM-Rio) e especialista em cultura pop.
Soma-se à missão de dar frescor a tramas clássicas a contratação de realizadores autorais que possam imprimir seus estilos. Tim Burton é quase uma garantia de um Dumbo com visual rico, enquanto Guy Ritchie deve dar ritmo ágil a Aladdin.
Mas nada disso impede que alguns enxerguem a enxurrada de refilmagens com um pé atrás. "Entendo que as pessoas queiram ver as mesmas histórias, veja quantos Homens-Aranhas foram feitos na última década. Mas há o perigo de não olharmos para coisas novas. No fim, é questão de equilíbrio", informou o ator britânico Andy Serkis, que foi à CCXP, em São Paulo, em dezembro passado.
O mercado também ficará mais concentrado. Com a compra da Fox, a Disney pode dominar cerca de 40% de toda a bilheteria de cinema nos Estados Unidos. Os analistas que preveem esse marco impressionante também se preocupam com a possível presença predatória de um estúdio no mercado cinematográfico.
O fato é que, no fim de 2018, o governo dos Estados Unidos aprovou a fusão entre as empresas após um acordo de US$ 71 bilhões - bem mais do que os US$ 52 bilhões oferecidos no início da negociação, em 2017.
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