Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 15 de Janeiro de 2019 às 12:40

Promotores de festival de Pelotas reagem a corte de verbas do Sistema S

Com espetáculos e aulas, 9º Festival Internacional Sesc abriu nessa segunda e vai até 25 de janeiro

Com espetáculos e aulas, 9º Festival Internacional Sesc abriu nessa segunda e vai até 25 de janeiro


FLÁVIO NEVES/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Reafirmando seu compromisso de promover o bem-estar social, o Sesc abriu oficialmente a programação do 9º Festival Internacional de Música na noite dessa segunda-feira (14), no Theatro Guarany, em Pelotas, com a presença de muitas autoridades. Antes do concerto, algumas delas se pronunciaram, enaltecendo os valores que eventos desse tipo proporcionam.
Reafirmando seu compromisso de promover o bem-estar social, o Sesc abriu oficialmente a programação do 9º Festival Internacional de Música na noite dessa segunda-feira (14), no Theatro Guarany, em Pelotas, com a presença de muitas autoridades. Antes do concerto, algumas delas se pronunciaram, enaltecendo os valores que eventos desse tipo proporcionam.
O reitor da UFPel, que é das entidades parceiras, Pedro Rodrigues Curi Hallal, afirmou que o Festival Internacional Sesc de Música é uma celebração à cultura: “E a cultura faz parte da história desta cidade. Parabenizo o Sesc e desejo um ótimo festival”.
Na noite quente (mesmo após a chuvarada que atingiu Pelotas), no teatro sem refrigeração, o diretor regional do Sesc-RS, Luiz Tadeu Piva, brincou: “O calor faz parte do Festival também, todo mundo já está acostumado”. Ele agradeceu os parceiros na realização do evento, que julga uma conquista: “O Festival é idealizado pelo Sesc, mantido por recursos do empresariado do comércio e dos serviços. Tivemos uma comunhão de esforços desde o início. O Festival não é do Sesc, é de todos nós, é da cidade”.
No entanto, Piva aproveitou o momento para se posicionar sobre uma questão atual: “Não posso fugir a uma pauta, todos sabem que o governo federal está abordando o Sistema S. E, infelizmente, não estamos tendo uma interlocução satisfatória”, lamentou o diretor regional, que questionou as declarações de que o sistema, que tem o Sesc como um dos componentes, seria uma caixa-preta sem transparência.
“Não posso deixar de contrapor uma informação que está sendo colocada a público, sem fundamento”, reagiu Piva. Segundo o diretor, é possível acessar a aba de Transparência no site das instituições, onde estão os balanços e relatórios das entidades. “É um sistema que existe desde 1946 e dá certo. Não falo só em nome do Sesc, falo também do Sesi, do Sebrae, do Senai e Senar. E vocês sabem o que eles fazem pelo nosso País”, enfatizou.
Piva utilizou números estatísticos para exemplificar o que significariam os cortes: “Neste ano, somente o Sesc investiu no Rio Grande do Sul R$ 90 milhões em cultura, esporte, turismo e lazer. Este valor é 1,25 vezes maior do que o orçamento do Estado para essas áreas”, pontuou.
Para o gestor, esses são pilares, que com a Educação, formam o cidadão brasileiro. “Nós esperamos que as nossas autoridades se conscientizem de que, se esses recursos forem retirados, alguém vai ter de assumir isso. Alguém vai ter de fazer os 7 mil espetáculos de música e teatro que o Sesc fez. Quem vai atender as 3,2 milhões de pessoas que participaram das atividades culturais de 2018?”, perguntou, referindo-se ao público atingido no último exercício.
“É esse aspecto da cidadania que nós precisamos que os nossos governantes enxerguem. Ninguém vai suprir isso com a eficiência e a capacidade que o Sistema S sabe fazer”, clamou o diretor regional.
Na sequência, a secretária estadual da Cultura, Beatriz Araujo, confirmou que “o Sesc é uma entidade de tremenda relevância para a cultura”. Para Beatriz, os alunos que participam do Festival saem dele credenciados a voos mais altos: “Por ser transformador, ele deve ser preservado”.
Já a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, disse que o ano só começa, de fato, em Pelotas, quando se inicia o Festival. “A cultura é a forma de nos reencontrarmos com nós mesmos, nossa memória, lembrarmos do que somos feitos e do que somos capazes”, ressaltou Paula.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO