O cinema latino-americano perdeu um dos nomes mais atuantes e com proximidade com o Rio Grande do Sul, a atriz, cineasta, produtora e ativista cultural Eva Piwowarski. Eva era curadora do Festival de Cinema de Gramado.
A diretora morreu nessa segunda-fera (7) em Buenos Aires, vítima de câncer. Ela deixa três filhos, um neto e o companheiro Daniel Gonzalez.
Na última edição do festival, a curadora, na função desde 2014, já não conseguiu comparecer devido a problemas de saúde. A argentina atuava ao lado do crítico Rubens Ewald Filho e do jornalista Marcos Santuario.
O festival divulgou nota sobre a morte da diretora e atriz destacando que "em quase cinco anos, Eva sempre foi incansável na defesa do cinema latino e muito se orgulhava de sua missão de levar o nome do Festival de Cinema de Gramado mais longe e fazer parte do trio de curadores do evento".
Iara Sartori, diretora de eventos da Gramadotur, lamentou a perda e resumiu: "ela vai fazer falta". "Muito antes de ser curadora do evento, Eva já participava do Festival como colaboradora e incentivadora. Sua inclusão no trio de curadores foi um consequência de sua ativa participação e reconhecimento", reforçou Iara.
Eva era assessora audiovisual da Universidade Nacional de Jujuy, coordenadora de projetos da Fundação Gerardo Vallejo e ex-coordenadora do Programa Polos Audiovisuais da TV Digital Argentina e também foi responsável por promover a produção televisiva federal no sistema universitário nacional argentino. Foi uma das diretoras do Programa Mercosul Audiovisual da União Europeia e criadora da Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (Recam).