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Cultura

- Publicada em 04 de Janeiro de 2019 às 01:00

'Meu querido filho' narra busca do pai por garoto desaparecido

Ao escutar o relato de um pai em busca do filho, autor teve inspiração para escrever a história

Ao escutar o relato de um pai em busca do filho, autor teve inspiração para escrever a história


PANDORA FILMES/DIVULGAÇÃO/JC
Após a apresentação de seu filme em Cannes, em maio - na Quinzena dos Realizadores -, o tunisiano Mohamed Ben Attia (de A amante) passou o segundo semestre viajando pela Europa e pelo Norte da África, acompanhando o lançamento de Meu querido filho na França, na Bélgica - os irmãos Dardenne são coprodutores - e, claro, no seu país de origem. O longa conta a história do sumiço de um jovem que sofre de enxaqueca constante, porém desaparece quando parece estar melhor.
Após a apresentação de seu filme em Cannes, em maio - na Quinzena dos Realizadores -, o tunisiano Mohamed Ben Attia (de A amante) passou o segundo semestre viajando pela Europa e pelo Norte da África, acompanhando o lançamento de Meu querido filho na França, na Bélgica - os irmãos Dardenne são coprodutores - e, claro, no seu país de origem. O longa conta a história do sumiço de um jovem que sofre de enxaqueca constante, porém desaparece quando parece estar melhor.
Meu querido filho começou a nascer para Ben Attia a partir de um relato que ele ouviu na rádio. "Estava no carro quando começou o depoimento desse pai que se aventurara pelo mundo islâmico, e pela clandestinidade, em busca do filho. Para além de todo o sofrimento, ele já adquirira serenidade para abordar o tema, e foi o que me impressionou. O seu relato de uma verdadeira Odisseia em que os perigos e os monstros não eram mais os da mitologia, mas a realidade do mundo atual."
Ele admite que escreveu o filme meio em transe, sem pensar nas dificuldades da realização. "A acolhida internacional a A amante me abriu muitas portas e eu sabia que teria financiamento. Também não tive problemas com a censura, na Tunísia. Os problemas vieram da Turquia, que, primeiro, demorou muito para autorizar a filmagem no país e, depois, continuou criando empecilhos."
Na nova ficção, o garoto de 19 anos Sami/Zakaria Ben Ayed sofre o que, para os pais, parece um colapso nervoso pela proximidade do "bac", o vestibular, mas a situação é muito mais complexa. Seduzido pelos apelos jihadistas, Sami embarca numa jornada sem volta para a Síria.
O diretor comenta: "Os jovens, na Tunísia, me criticaram por não haver encarado a situação síria, mas teria sido outro filme. Procurei manter a verossimilhança da jornada, mas o filme não é nem mesmo sobre a escolha do filho. O terrorismo está presente, mas não é o tema. É sobre o efeito dessa escolha na vida familiar, e no pai." Aposentado, Riadh vive uma relação sem muito afeto com a mulher. O filho é seu xodó, daí a perda irreparável.
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