Os dois primeiros meses do ano são sempre uma época alegre para os cinéfilos. São diversos os longas que concorrem a premiações que estreiam nas salas brasileiras. Para o restante do ano, produções gaúchas e a Disney são destaques.
Um dos longas gaúchos do ano é Bio, de Carlos Gerbase. Previsto para lançamento em março, a proposta da obra é funcionar como um falso documentário em uma narrativa fragmentada, mas que foca no emocional. O filme acompanha a história de um homem que viveu até seus 111 anos, teve quatro famílias e fez da Biologia sua razão de ser. Ele atravessa a segunda metade do século XX e mergulha no século XXI com uma sede imensa de conhecimento sobre a vida em nosso planeta. Ou, até mesmo, fora dele.
Vencedor do Festival Internacional de Cinema de Toronto como Melhor Filme, Green Book - O guia estreia no Brasil em janeiro. Apesar de ter sofrido um revés e não poder concorrer ao Oscar de Melhor Trilha Sonora, segue como um forte concorrente para a temporada das premiações, já contando com cinco indicações ao Globo de Ouro.
Dirigido por Peter Farrelly, Viggo Mortensen interpreta Tony Lip, segurança ítalo-americano que é contratado como motorista de Dr. Don Shirley - vivido pelo ganhador do Oscar Mahershala Ali -, pianista negro de classe alta, para uma turnê pelo Sul dos Estados Unidos. Durante o trajeto, eles precisam seguir o guia para levá-los aos estabelecimentos que aceitavam a presença de negros. Confrontados com o racismo, eles devem vencer diferenças e passar por transformações para avançar na jornada.
Quem está rindo à toa é o Mickey Mouse. A Disney está com o calendário recheado para o ano que vem. Além dos filmes produzidos pela própria, como os repaginados Aladdin (maio), Dumbo (março) e O Rei Leão (julho), há três filmes da Marvel: Capitã Marvel (março), Vingadores: Ultimato (abril) e Homem-Aranha: Longe de casa (julho) e um Star Wars (dezembro) para serem lançados em 2019. Lembrando que a companhia do Mickey é dona do Marvel Studios e da Lucas Film, que produzem os filmes da Marvel e os da franquia Star Wars, respectivamente.
O maior destes, provavelmente, é Vingadores: Ultimato. O filme recebeu seu primeiro teaser na sexta-feira passada e mostrou as consequências do universo após o confronto em Vingadores: Guerra Infinita entre os heróis e o vilão Thanos. Este, que deve ser o longa que encerrará um ciclo de 11 anos do Marvel Studios, tem data de estreia para 25 de abril.
O Rei Leão é outro aguardado lançamento da casa do camundongo. O filme deve se assemelhar em muitos aspectos à animação de 1994, mas mudando outros, semelhante ao que ocorreu com o live-action Mogli: O Menino Lobo, de 2016, que também foi dirigido por Jon Favreau. O elenco conta com destaques como Donald Glover (Simba), Beyoncé (Nala), Chiwetel Ejiofor (Scar), Seth Rogen (Pumba) e James Earl Jones (Mufasa).
Porto Alegre talvez seja vista em tela em um longa norte-americano. M. Night Shyamalan, diretor de Vidro, veio à capital gaúcha durante a produção do filme gravar cenas no bairro Rubem Berta e no Campus da Pucrs. Continuação direta de Fragmentado e de Corpo fechado, tem estreia prevista para 17 de janeiro. Além das presenças de James McAvoy, Samuel L. Jackson e Bruce Willis, Sarah Paulson completa o elenco.
Clint Eastwood está de volta para a frente das telas em A mula. Sem dar as caras desde Gran Torino, de 2009, ele também é diretor da produção atual. Com o elenco complementar composto por Bradley Cooper, Dianne Wiest, Laurence Fishburne e Michael Peña, o veterano estrela como Earl Stone, um homem de mais de 80 anos que está falido e sozinho. Ele recebe uma oferta de trabalho na qual sua única responsabilidade é dirigir. Sem perceber, ele se torna uma mula para transporte de drogas para um cartel mexicano. A estreia nas salas brasileiras está marcada para 14 de fevereiro.
Outro destaque do cinema gaúcho fica por conta de Legalidade. Com estreia prevista entre agosto e setembro, o longa relata a história do movimento político homônimo. Em 1961, o governador Leonel Brizola liderava este movimento, considerado sem precedentes na história do Brasil. O objetivo era impedir que os militares assumissem o governo, mobilizando a população para defender a posse de João Goulart, o Jango. Em meio ao iminente golpe militar, uma misteriosa jornalista tem o poder de mudar os rumos do País. Este foi um dos últimos filmes gravados por Leonardo Machado, falecido em setembro.