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Cultura

- Publicada em 19 de Dezembro de 2018 às 01:00

Cinemateca Capitólio exibe documentário sobre escritor e jornalista Eduardo Galeano

No filme-ensaio, amigos e profissionais do mundo artístico contam suas lembranças de Galeano

No filme-ensaio, amigos e profissionais do mundo artístico contam suas lembranças de Galeano


NEPOMUCENO FILMES/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Ainda inédito na Capital, o documentário Eduardo Galeano Vagamundo (Nepomuceno Filmes e Canal Brasil), de Felipe Nepomuceno, será exibido amanhã, às 20h, na Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085). No filme-ensaio, amigos e profissionais do mundo artístico contam suas lembranças do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Hughes Galeano (1940-2015), além de interpretarem para a câmera trechos de seus livros.
Ainda inédito na Capital, o documentário Eduardo Galeano Vagamundo (Nepomuceno Filmes e Canal Brasil), de Felipe Nepomuceno, será exibido amanhã, às 20h, na Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085). No filme-ensaio, amigos e profissionais do mundo artístico contam suas lembranças do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Hughes Galeano (1940-2015), além de interpretarem para a câmera trechos de seus livros.
Com a presença do diretor Felipe Nepomuceno, o início e o final da sessão (que tem ingressos a R$ 10,00) serão acompanhados de leituras entoadas por Zoravia Bettiol, Sandra Dani, Ana Luiza Azevedo, Mirna Spritzer, Karina Lucena, Guto Leite e Ruben Daniel Castiglioni. A trajetória de Galeano, autor de As veias abertas da América Latina e Livro dos abraços, foi fortemente marcada por seu desejo de conhecer o mundo através do contato com a realidade latino-americana. No documentário, o uruguaio afirma que foi um grande "ouvidor" de histórias, "assim aprendi a contá-las".
Estreia na direção de longas do diretor, escritor e artista plástico paulista Felipe Nepomuceno, Eduardo Galeano Vagamundo estreou no 28º Cine Ceará e participou do Atlantidoc (Uruguai), Festival Caminhos do Cinema (Portugal), Peloponissos Documentary Festival (Grécia), entre outros. "O documentário foi produzido a partir de uma entrevista realizada com Eduardo Galeano em sua casa em Montevidéu, em 2009, para uma série de TV", relembra o diretor. "Após a morte do escritor, tornou-se inevitável fazer um filme a partir do material não utilizado na série, também como uma forma de celebrar a obra de Galeano", complementa. Para o poeta, "o encontro com o público de Porto Alegre será uma extensão do filme ao vivo, uma noite de abraços com Galeano", em referência ao livro do autor. Ao todo, foram registrados para a produção mais de 50 depoimentos em diversas cidades do mundo, entre elas, Lisboa, Buenos Aires, Montevidéu e Rio de Janeiro. A edição final conta com 14, que incluem nomes como o ator argentino Ricardo Darín, o gaúcho Paulo José, o baiano João Miguel, o escritor moçambicano Mia Couto, o poeta carioca Armando Freitas Filho, o fotógrafo Walter Carvalho (que também trabalhou no longa) e Helena Villagra (viúva do escritor). "A intenção inicial era diminuir a saudade do Galeano e, de alguma forma, seguir conversando com ele. O filme e as suas exibições acabaram se tornando um lugar de encontro de seus leitores e suas histórias, e uma maneira de descobrir, para aqueles que não conhecem, sua literatura", acredita o cineasta.
Em Rivera, quando o título foi exibido na Casa de Cultura da cidade, dentro da programação do X Festival Internacional de Cinema da Fronteira, fora de competição, Nepomuceno contou que conheceu Galeano ainda dentro da barriga de sua mãe, por isso a produção teve motivação afetiva. Ele é filho de Eric Nepomuceno, jornalista e escritor que foi amigo do uruguaio por mais de 40 anos, inclusive tradutor de seus livros para o português. O diretor ainda dedicou a sessão ao italiano Bernardo Bertolucci, falecido no dia anterior, 26 de novembro, e ao crítico Jean-Claude Bernardet, presente na projeção.
Nascido em São Paulo em 1975, Felipe Nepomuceno estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na New York School of Visual Arts e no Festival de Inverno da UFMG. Foi aluno de Andrew Moore, Jorge Furtado, Jose Ramon Bas e Robert Mckee. Escreveu para diversos veículos e publicou vários livros, como Marciano (1997) e Blume e o velho em chamas (2014), além de ter participado de antologias e coletâneas. Dirigiu mais de 30 curtas, exibidos e premiados em festivais no Brasil e exterior. Para a TV, dirigiu séries como Pet.Doc (GNT) e Globo Ciência. Foi diretor de DVDs musicais de artistas nacionais e das séries musicais Estúdio 66 e Contradança (Canal Brasil). Codirigiu o curta A incrível volta ao mundo do tricolor suburbano com Pedro von Krüger, premiado com melhor direção no Recine. Em 2014, apresentou no Festival do Rio o curta Caetana, exibido também no Festival de Havana e no É Tudo Verdade. Atualmente, dirige as séries Sangue Latino, A arte do encontro e Janelas abertas (Canal Brasil) - junto com Pablo Giorgelli -, e finaliza Isso não é aqui, sua primeira ficção.
Caroline da Silva
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