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Cultura

- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 01:00

Zoravia Bettiol abre mostras na Fronteira e em Porto Alegre

Zoravia Bettiol abriu mostra no Museu da Gravura Brasileira em Bagé

Zoravia Bettiol abriu mostra no Museu da Gravura Brasileira em Bagé


ISIDORO B. GUGGIANA/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Todo o recorte de uma produção artística que focaliza um determinado assunto como tema, técnica, linguagem ou cronologia dá oportunidade de refletirmos sobre ele. A opinião é da artista porto-alegrense Zoravia Bettiol, sobre sua própria e "pequena mostra", nas suas palavras, em exposição no Museu da Gravura Brasileira (Emilio Guilyan, 759), em Bagé, até 21 de dezembro. A seleção aberta para visitação na Fronteira conta com 12 obras, realizadas entre 1964 e 2018. "O denominador comum são as figuras humanas ou míticas, todas pertencentes a séries, sendo que perpassa entre elas um sentido poético, lírico e, às vezes, humorístico. As cores são vibrantes e contrastadas, com exceção da obra intitulada O colar, na qual predomina o tonalismo", avalia ela.
Todo o recorte de uma produção artística que focaliza um determinado assunto como tema, técnica, linguagem ou cronologia dá oportunidade de refletirmos sobre ele. A opinião é da artista porto-alegrense Zoravia Bettiol, sobre sua própria e "pequena mostra", nas suas palavras, em exposição no Museu da Gravura Brasileira (Emilio Guilyan, 759), em Bagé, até 21 de dezembro. A seleção aberta para visitação na Fronteira conta com 12 obras, realizadas entre 1964 e 2018. "O denominador comum são as figuras humanas ou míticas, todas pertencentes a séries, sendo que perpassa entre elas um sentido poético, lírico e, às vezes, humorístico. As cores são vibrantes e contrastadas, com exceção da obra intitulada O colar, na qual predomina o tonalismo", avalia ela.
Fundado em 1977 e mantido pela Fundação Áttila Taborda, o acervo do museu tem mais de 400 obras do Clube da Gravura de Bagé e de Porto Alegre. Da produção de Zoravia, estão expostos exemplares das séries Namorados, Deuses Olímpicos, Romeu e Julieta, Exuberância primaveril I, Sentar, sentir, ser (obras Magicar e Namorar) e O universo fantástico de Alice. "A arte é um espaço de liberdade, e, com relação à obra de arte, cada um interpreta de acordo com sua bagagem pessoal, vivência e emoções. Convido cada um para fazer sua leitura, conexões e interpretações com os trabalhos", diz a pintora, gravadora e escultora de 83 anos.
Esta exposição em Bagé foi uma das três ações que homenagearam a artista durante o X Festival Internacional de Cinema da Fronteira. Na noite de premiação, ela recebeu o Troféu São Sebastião do evento, e, no dia de encerramento, 2 de dezembro, foi exibido em primeira mão o documentário Zoravia, seguido de debate com a retratada, o diretor Henrique de Freitas Lima e o organizador do festival, Zeca Brito.
O filme recupera a trajetória da pintora, gravadora e escultora Zoravia Bettiol, um dos nomes mais atuantes das artes visuais no Estado e no Brasil. A opção em destacá-la foi derivada da característica do festival em transitar entre as diferentes manifestações culturais, sendo a Fronteira também um território dos encontros e dos diálogos. 
Lima lançou seis longas-metragens, este é o seu segundo documentário. O primeiro inaugurou a Série Grandes Mestres, dedicado a Danúbio Gonçalves. Convivendo mais proximamente, "para não ficar na superfície", com Zoravia desde 2011, a escolha do cineasta pela porto-alegrense para dar continuidade ao projeto que resgata trajetórias em artes visuais se deu porque "ela tem uma obra a defender e uma vida interessante".
Filmado em 2015, o documentário deve estrear comercialmente em março de 2019. "O filme dialoga o fazer artístico dela com a militância, que é sua característica diferencial", afirma o diretor.
A multiartista diz ter ficado bastante surpresa com a homenagem. "Eu participar de três maneiras é uma overdose positiva. É uma coisa maravilhosa. Vou querer continuar participando deste festival que abriu as fronteiras e as porteiras. Eu adoro cinema e teatro, e até gosto de artes plásticas", brinca. Para Zoravia, a obra de arte é ponto de partida: "Cada um se projeta, se identifica, de acordo com o estímulo que ela dá. Quanto mais rica ela for, mais desdobramentos tem".
O lado cidadã da homenageada também teve manifestação em seu discurso em Bagé: "Há muitos anos, luto para que tenha mais verba para a cultura. E a educação, a ciência e a arte cada vez têm menos. Agora, a situação está bem delicada, difícil, com esses novos governantes. Mas nós, da área pensante deste Brasil, temos que lutar, resistir, para voltarmos a ter um País com mais normalidade, e com crescimento".
Demonstrando a inquietude da artista, foi aberta, neste fim de semana, em Porto Alegre, a mostra Acervo Zoravia Bettiol, na sua galeria (Paradiso Biacchi, 109), no bairro Ipanema. Por ser época de festas, ela sugere arte como presente. São obras de 25 artistas brasileiros e estrangeiros, desde pinturas, gravuras, desenhos, esculturas até objetos, perfazendo o total de 76 peças. Além dos trabalhos da galerista, ainda tem exemplares de Ado Malagoli, Vasco Prado, Luiz Solari e Jorge Paes Villaró (Uruguai), Nicolas Vlavianos (Grécia), Martha Kearns (Argentina), João Bez Batti, João Câmara, Carlos Tenius, Marcelo Grassmann e Antônio Poteiro, entre outros. A visitação ocorre de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 15h às 18h, com entrada gratuita, até março.
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