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Cultura

- Publicada em 28 de Novembro de 2018 às 20:34

Cineasta argentina apresenta novo filme em Festival de Cinema da Fronteira

Cuadros en la oscuridad é inspirado na vida de seu pai, um pintor veterano e é inédito no Brasil

Cuadros en la oscuridad é inspirado na vida de seu pai, um pintor veterano e é inédito no Brasil


CUEVAS DE ALTAMIRA PRODUCCIONES/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Argentina radicada no México, a cineasta Paula Markovitch chegou a Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, gabaritada, com o sucesso de crítica do seu título anterior, El premio, para competir na mostra de longas do 10º Festival Internacional de Cinema da Fronteira, com Cuadros en la oscuridad.
Argentina radicada no México, a cineasta Paula Markovitch chegou a Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, gabaritada, com o sucesso de crítica do seu título anterior, El premio, para competir na mostra de longas do 10º Festival Internacional de Cinema da Fronteira, com Cuadros en la oscuridad.
Exibido e destacado com troféus em diversos festivais pelo mundo, o seu título de estreia foi convidado a ser apresentado na noite desta quarta-feira (28) na Casa de Cultura de Rivera, no Uruguai. Já o inédito no Brasil Cuadros en la oscuridad é inspirado na vida de seu pai, um pintor veterano.
“Desta vez, não falo da ditadura em si. O meu novo filme está ambientado nas sequelas da ditadura. Para mim, ela ocasiona autoenclausuramento, medo, solidão, ocultamento. Ele é um artista que não expõe a sua obra, pois ele vivia escondido na ditadura, e agora segue escondendo seus quadros”, comenta Paula.
A argentina escolheu não abordar o regime diretamente, mas pela alma de um artista: “A minha tese é que a ditadura não mata somente pessoas, mata sonhos, criatividade, obras”. A ficção conta as telas originais do seu pai nos enquadramentos do filme que será apresentado hoje à noite no Cine 7 de Bagé.
Paula diz não saber como será a recepção no festival e pelo público brasileiro. “Este meu segundo filme é muito triste, porque a história real é triste, as consequências da ditadura são tristes. É um pouco amargo, mas depende de quem vê. Creio que é um momento especial do contexto social do Brasil, principalmente para o Sul, que votou majoritariamente em Bolsonaro. Me parece perigosíssimo, e é importantíssimo recordar as ações e decorrências de um governo autoritário”, opina. ]
O tema é muito caro para a realizadora: “A crueldade também está quando cada um suspeita do outro vizinho. A violência não é só do governo para um povo, mas também quando um indivíduo é violento com o outro ou consigo mesmo”.
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