Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 18 de Novembro de 2018 às 21:59

Feira do Livro encerra com otimismo em relação a balanço de vendas

Bottin Filho, presidente da entidade, lista uma série de fatores ajudam a explicar o crescimento

Bottin Filho, presidente da entidade, lista uma série de fatores ajudam a explicar o crescimento


CLAITON DORNELLES /JC
Ricardo Gruner
Aqueles que passarem pela Praça da Alfândega a partir de hoje não vão mais encontrar as cem bancas de livros, com saldões, livreiros e transeuntes com sacolas recheadas por títulos diversos que levaram milhares de pessoas ao local nas últimas semanas. Terminou ontem a 64ª Feira do Livro de Porto Alegre - e com boa notícia, ao menos em princípio. A Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), organizadora do evento, estima um aumento de 9% nas vendas em relação ao ano passado. Os números finais serão divulgados hoje.
Aqueles que passarem pela Praça da Alfândega a partir de hoje não vão mais encontrar as cem bancas de livros, com saldões, livreiros e transeuntes com sacolas recheadas por títulos diversos que levaram milhares de pessoas ao local nas últimas semanas. Terminou ontem a 64ª Feira do Livro de Porto Alegre - e com boa notícia, ao menos em princípio. A Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), organizadora do evento, estima um aumento de 9% nas vendas em relação ao ano passado. Os números finais serão divulgados hoje.
De acordo com Isatir Bottin Filho, presidente da entidade, uma série de fatores ajudam a explicar o crescimento. Um deles é o clima: não houve dias de chuva em sequência, nem uma quantidade significativa de pancadas d'água que atrapalhassem a circulação do público. Outra razão está na ausência de greves durante as primeiras semanas de novembro. No ano passado, por exemplo, paralisações dificultaram a visita de escolas.
Como reflexo, em 2018 a área dedicada às obras infantis teve um crescimento considerado significativo no fechamento, de 30% - percentual também a ser confirmado hoje. Já uma mudança de localização - da parte interna do Memorial do Rio Grande do Sul para um espaço externo, em frente ao Margs - contribuiu para um acréscimo também nas vendas da área internacional.
Como não há catraca, a contagem do público que transitou pela feira é apenas uma estimativa, mas a Câmara Rio-Grandense do Livro trabalha com uma média de 70 mil pessoas por dia - sejam aquelas que apenas passam rapidamente pela praça ou aquelas que acompanham os painéis, oficinas ou encontros literários promovidos. Em média, a cada ano, cerca de 1,5 milhão de pessoas circulam pela Feira do Livro levando em conta todo o período do evento. 
Alguns dos destaques da programação neste ano foram o encontro com a escritora ruandesa Scholastique Mukasonga em um Auditório Barbosa Lessa (no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo) lotado, e a sessão de autógrafos com a patrona da 64ª feira, Maria Carpi, que assinou exemplares de toda a sua obra por uma hora e meia.
Quanto às finanças, o orçamento final alcançou R$ 1,5 milhão, valor que, segundo Bottin Filho, representa o investimento, em média, de R$ 1,00 por pessoa que frequentou a Praça da Alfândega nestes 18 dias. "Isso nos deixa muito satisfeitos, porque a programação somou 800 atividades, além de 700 sessões de autógrafos. É um evento amplo, de fácil acesso, gratuito, democrático. E tem um orçamento relativamente pequeno em relação a outras feiras do centro do País, que investem R$ 5 milhões ou R$ 6 milhões em eventos fechados e cobram ingresso", compara Bottin Filho.
Ainda segundo o presidente da CRL, o orçamento é suficiente para cobrir as despesas. "Claro que é um sufoco a cada ano. Tivemos de enxugar um pouco a programação e precisamos fazer parcerias para viabilizar algumas coisas", complementa.
E como não se constrói uma feira do livro em poucos meses de trabalho, o planejamento da edição de 2019 já começou e se intensifica a partir desta semana. A continuidade ao destaque para a produção de dramaturgia - que em 2018 ano incluiu homenagem aos 160 anos do Theatro São Pedro - não está descartada. "A ideia é sempre que o livro também converse com as outras artes, como teatro, cinema, dança", destaca o organizador.
Nesse ano, já houve um ensaio de aproximação com o universo digital, com participação das booktubers Paola Aleksandra e Bel Rodrigues com boa aceitação do público no Espaço do Conhecimento Petrobras. Entretanto, a ideia inicial era montar uma agenda maior dedicada a temas correlatos. "Nossa intenção era ter um setor, mas não tivemos um patrocinador, alguém que bancasse uma programação mais forte", explica o presidente da entidade, deixando a possibilidade em aberto para o futuro.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO