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Cultura

- Publicada em 18 de Outubro de 2018 às 01:00

Retrato da alma gaúcha, Causos do Coronel será atração no Teatro do Bourbon Country

Elton Saldanha, Fernanda Carvalho Leite e Oscar Simch estão em Causos do Coronel - A comédia gaúcha

Elton Saldanha, Fernanda Carvalho Leite e Oscar Simch estão em Causos do Coronel - A comédia gaúcha


IRENE SANTOS/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
Parte da obra de Luiz Coronel segue sendo adaptada para outros formatos além dos livros. Com os 80 anos do autor completados em julho, a comemoração segue com a montagem Causos do Coronel – A Comédia Gaúcha, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose) neste domingo, às 20h, com ingressos entre R$ 40,00 (galerias) e R$ 80,00 (camarote e plateia baixa). Também está na agenda o show gratuito Leontina das Dores, dia 31 de outubro, no mesmo teatro.
Parte da obra de Luiz Coronel segue sendo adaptada para outros formatos além dos livros. Com os 80 anos do autor completados em julho, a comemoração segue com a montagem Causos do Coronel – A Comédia Gaúcha, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose) neste domingo, às 20h, com ingressos entre R$ 40,00 (galerias) e R$ 80,00 (camarote e plateia baixa). Também está na agenda o show gratuito Leontina das Dores, dia 31 de outubro, no mesmo teatro.
Causos do Coronel tem direção de Cláudio Levitan, com o elenco composto por Elton Saldanha, Fernanda Carvalho Leite e Oscar Simch. O trio promete visitar com humor e graça a tradição oral campeira, recuperando uma antiga e gloriosa tradição do Rio Grande do Sul: o causo gaúcho é ingênuo, difere da anedota, sempre com pitada de humor travesso, irreverente, opositor. Luiz Coronel compara a importância do causo ao Estado com a relevância que a crônica tem para o Brasil. “Não tem estigmas, repulsa, preconceitos”, conta o escritor.
Considerado pequeno em tamanho, sem grande extensão ou prolongamento, os causos fazem parte do interior gaúcho, que tem histórias desde as mais simples até as mais peculiares. “O elemento básico é a surpresa. Elas vêm do indígena, acompanha as longas conversas de galpão, onde à espera da carne assando nas brasas, enquanto sorve-se o chimarrão ou se amassa o fumo em ramo, na palma das mãos, conta-se, unindo realidade e fantasia, os nossos graciosos causos”, descreve Coronel, acrescentando que esta é uma “forma graciosa de ver o mundo, a vida, os homens e mulheres do pampa”.
O espetáculo é uma convergência de obras de Coronel, sendo o roteiro uma reunião de textos de livros do ciclo Comédia Gaúcha que inclui O cavalo verde, O cachorro azul, O gato escarlate e Filé de borboleta, de onde foram extraídos 15 causos para o espetáculo. Ao mesmo tempo, a linguagem teatral recebe canções como Debandada, Cordas de espinhos e Gaudêncio Sete Luas, num ambiente tradicionalmente gauchesco, o bolicho. “É um retrato da alma gaúcha”, afirma.
Na criação da montagem, Coronel afirma que não escolheu elenco nem diretor, apenas fez algumas sugestões iniciais. “Deve-se dar liberdade, independência teatral às pessoas. Cheguei a receber convite para atuar, mas prefiro manter distanciamento”, relata. Na estreia, a montagem contará com audiodescrição. Para reserva do equipamento, é necessário confirmar presença pelo número (51) 98118-9814 com Márcia.
Com sessões confirmadas para Novo Hamburgo (28 de outubro), Gramado (3 de novembro) e Camaquã (17 de novembro), a expectativa é que a apresentação possibilite o início de uma série. Caso isso aconteça, poderá haver mudanças na peça, considerando que são apenas 15 causos apresentados - a obra de Coronel com o tema passa de 200 textos.
Na outra semana, será a vez de Leontina. “Junto com Bibiana e Ana Terra, Leontina das Dores é um louvor à mulher gaúcha”. A afirmação não é de Coronel, e sim de Barbosa Lessa. Os 10 cantos na voz de Fafá de Belém serão apresentados gratuitamente no Teatro do Bourbon Country dia 31 e contarão com o Ballet Vera Bublitz e participação de Renato Borghetti. O musical percorre a trajetória da mulher que se vê limitada no mundo em que vive, buscando a libertação.
“Espero que a Fafá pense em levar para outros lugares do Brasil, talvez até Portugal”, avisa Coronel. O comentário condiz com o pensamento do escritor, que acredita que a cultura gaúcha é marginalizada se pensarmos no Brasil. “Observam nosso Estado como um lugar para se comer churrasco, mas é muito mais do que isso. Mário de Andrade afirmou que nenhuma cultura tem a unidade espiritual como a do Rio Grande”. Ele completa ao destacar que o fútil e alegórico é predominante na cultura nacional.
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