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CINEMA

- Publicada em 10 de Outubro de 2018 às 01:00

Cine Theatro Capitólio completa 90 anos em 12 de outubro

Espaço completa recebe mostra comemorativa à sua trajetória neste fim de semana

Espaço completa recebe mostra comemorativa à sua trajetória neste fim de semana


MARCO QUINTANA/JC
No dia 12 de outubro de 1928, Porto Alegre comemorava a inauguração do Cine Theatro Capitólio, com exibição do filme francês Casanova (1927), dirigido por Alexandre Volkoff. O filme, considerado um marco de ousadia no cinema silencioso, volta a ser atração na capital gaúcha neste fim de semana: hoje com o nome de Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085), o espaço completa 90 anos e recebe uma mostra comemorativa à sua trajetória, entre outras atrações.
No dia 12 de outubro de 1928, Porto Alegre comemorava a inauguração do Cine Theatro Capitólio, com exibição do filme francês Casanova (1927), dirigido por Alexandre Volkoff. O filme, considerado um marco de ousadia no cinema silencioso, volta a ser atração na capital gaúcha neste fim de semana: hoje com o nome de Cinemateca Capitólio Petrobras (Demétrio Ribeiro, 1.085), o espaço completa 90 anos e recebe uma mostra comemorativa à sua trajetória, entre outras atrações.
A sessão do longa francês integra uma série de atividades desenvolvidas pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura e pela Fundacine RS, responsáveis pela gestão do espaço. A agenda inclui tanto clássicos como raridades e produções gaúchas.
A exibição de Casanova acontece justamente na sexta-feira, também um 12 de outubro, às 21h. Estrelada pelo ator russo Ivan Mosjoukine, a produção ficou conhecida como um marco do cinema erótico do período.
O ano de 1928 volta a ser pauta a partir de sábado (13), quando o espaço passa a incluir em sua programação obras-primas realizadas naquele ano. Dez clássicos serão apresentados ao longo do mês - já estão confirmados, neste fim de semana, O circo, de Charles Chaplin (sábado, às 14h); O homem das novidades, de Buster Keaton e Edward Sedgwick (domingo, às 14h); e Vento e areia, de Victor Sjöström (domingo, às 16h).
Entre as atrações do fim de semana está outra produção de valor histórico: o documentário em longa-metragem Novos horizontes, realizado em 1934 por Ítalo Majeroni Leopoldis. O realizador é considerado um dos grandes nomes da história do cinema gaúcho - entre as décadas de 1920 e 1970, foi responsável pelas produções da Leopoldis-Film e da Leopoldis-Som. Já o título destaca aspectos de Porto Alegre, de Novo Hamburgo e de São Leopoldo, entre outras locações. Marcada para sábado, às 16h, a sessão é seguida de debate com a pesquisadora Alice Trusz.
Ainda no âmbito do cinema produzido no Estado, a Cinemateca Capitólio Petrobras promove uma pré-estreia de A cidade dos piratas, nova animação de Otto Guerra, com base na obra da cartunista Laerte. O diretor e a equipe participam do evento, às 20h de sábado. Para fechar o fim de semana, serão exibidas, no domingo, às 18h e às 20h, duas seleções com os destaques da Mostra Gaúcha de Curtas do Festival de Gramado de 2018.
Ao longo do mês, a programação ainda inclui os filmes Música para quando as luzes se apagam, de Ismael Caneppele (21 de outubro), e do longa português Djon África (15 de outubro). Outras sessões destacam Sinfonia Amazônica, primeiro longa de animação do Brasil, realizado por Anélio Latini Filho em 1951, e o longa experimental Pontal da solidão (1974), do gaúcho Alberto Ruschel. As duas raridades podem ser vistas no dia 27.
A programação da Cinemateca pode ser acessada pelo site www.capitolio.org.br.

Memória em foco

A história do Cine Theatro Capitólio é tema de uma exposição no próprio Centro de Documentação e Memória da Cinemateca Capitólio Petrobras. Com inauguração na sexta-feira, a mostra reúne cartazes de filmes exibidos no local e inclui documentos, equipamentos e a projeção de depoimentos de personagens ligados à trajetória do espaço - registrados pelo cineasta Beto Souza e editados por alunos do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos.
Após a inauguração, em 1928, o local funcionou até 1994, recebendo também peças de teatro, bailes e outros eventos não ligados ao cinema: da época dos majestosos cinemas de rua, a sala tinha capacidade de cerca de 1,3 mil lugares.
Patrimônio histórico do município de Porto Alegre, o prédio reabriu com o novo nome em 2015. Além do cinema - que comporta 164 pessoas -, a restauração conta com espaço reservado à preservação da memória do audiovisual gaúcho. Nos últimos anos, o local tem sido referência para os cinéfilos, com uma programação que conta com mostras, sessões especiais, debates e iniciativas como o Projeto Raros, com exibição de pérolas do cinema internacional.