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Cultura

- Publicada em 26 de Setembro de 2018 às 17:04

Museóloga lança livro sobre Casa do Artista Riograndense

Primeira sede própria da entidade foi a Mansão Villa Rocco

Primeira sede própria da entidade foi a Mansão Villa Rocco


ACERVO PARTICULAR FAMÍLIA ROCCO/DIVULGAÇÃO/JC
Ricardo Gruner
Quando a museóloga Carla Beatriz Menegaz dedicou um trabalho acadêmico à Casa do Artista Riograndense, em 2013, percebeu valores sociais, culturais e históricos que se misturam naquele espaço. Um ano mais tarde, o interesse pelo local evoluiu para um projeto de livro - o qual enfim chega ao público neste sábado. A instituição, que há quase sete décadas abriga expoentes da classe artística em idade avançada, é o tema de Casa do artista Riograndense - memória viva do radioteatro em Porto Alegre - um abrigo de muitas histórias (128 págs., R$ 30,00). De autoria da pesquisadora, a publicação tem lançamento no sábado (29), a partir das 15h. O evento acontece no próprio casarão (Anchieta, 280), em um sarau que inclui apresentação, ao vivo, de radioteatro - atividade que vem sendo realizada regularmente no local desde 2012.
Quando a museóloga Carla Beatriz Menegaz dedicou um trabalho acadêmico à Casa do Artista Riograndense, em 2013, percebeu valores sociais, culturais e históricos que se misturam naquele espaço. Um ano mais tarde, o interesse pelo local evoluiu para um projeto de livro - o qual enfim chega ao público neste sábado. A instituição, que há quase sete décadas abriga expoentes da classe artística em idade avançada, é o tema de Casa do artista Riograndense - memória viva do radioteatro em Porto Alegre - um abrigo de muitas histórias (128 págs., R$ 30,00). De autoria da pesquisadora, a publicação tem lançamento no sábado (29), a partir das 15h. O evento acontece no próprio casarão (Anchieta, 280), em um sarau que inclui apresentação, ao vivo, de radioteatro - atividade que vem sendo realizada regularmente no local desde 2012.
Uma cota da tiragem é destinada a entidades culturais do Estado, já os demais exemplares serão comercializados a fim de gerar renda para a Casa. O plano, segundo Carla, era viabilizar um projeto que tivesse mais de uma função. "Queria tentar registrar a história em livro e, ao mesmo tempo, empoderar os moradores", afirma ela, citando o mais antigo residente, Wilson Gomes, o Seu Wilson, no local há cerca de 20 anos. Com uma trajetória toda ligada ao radioteatro gaúcho, seja como radioator, diretor, produtor ou autor, é ele quem escreve as peças apresentadas nos saraus da Casa, realizados normalmente no último sábado de cada mês.
Para valorizar essa arte, moradores, ex-moradores e amigos da época de ouro da rádio prepararam um CD que acompanha a obra. A iniciativa contou com direção artística e produção de Marcelo Delacroix e participação de Seu Wilson e de outros artistas com experiência na área: Maria Ieda, Mariza Fernanda, Margarida Linera, Joemy Garcia, Carlos La Porta e Carlos Silveira Borges - os últimos dois, falecidos em 2016 e 2017, respectivamente.
Já a pesquisa histórica envolveu documentos, fotografias antigas (reproduzidas na publicação) e recortes de jornais e de revistas, além de depoimentos de personagens. Há uma relação de artistas que passaram ou residem no casarão; e uma breve trajetória de Antonio Francisco Amabile, o radialista e músico conhecido como Piratini, fundador do espaço. "Descobrimos algumas pistas do passado da Casa e lançamos margem para outras pesquisas, para que ela continue sendo investigada, valorizada e cumprindo sua função social", descreve a escritora. O projeto do livro foi aprovado no Fumproarte em 2014, e a ideia de Carla era publicá-lo no ano seguinte, com o material que fosse levantado até aquele momento. Como o pagamento do edital atrasou, a museóloga seguiu pesquisando. A base da publicação ficou pronta em 2017 e só passou por algumas atualizações. "É interessante que nesta semana mesmo apareceu uma informação que tem a ver com essa história. E acredito que vá continuar", afirma ela, vislumbrando a possibilidade de um trabalho ampliado no futuro.
O evento de lançamento conta com participação do ator Sirmar Antunes, um dos residentes da casa, e tem entrada franca. A Casa do Artista Riograndense aceita doações de alimentos, produtos de higiene e limpeza - todo o material arrecadado tem como objetivo contribuir para o bem-estar dos moradores. "Muitos achavam que é um asilo; para uns, é uma comunidade. Para mim, é uma casa como outra qualquer", define Seu Wilson, sobre o local.
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