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Cultura

- Publicada em 13 de Agosto de 2018 às 01:00

Sonoridade Genuína: Mostra Sonora Brasil Sesc inicia nesta terça em Porto Alegre

Grupo Samba de Pareia participa do festival, que tem como tema Na Pisada dos Cocos

Grupo Samba de Pareia participa do festival, que tem como tema Na Pisada dos Cocos


SESC/DIVULGAÇÃO/JC
Apresentando um dos gêneros mais importantes do Nordeste brasileiro, começa na terça-feira (14) a 5ª Mostra Sonora Brasil Sesc. Com atrações até domingo, em Porto Alegre, o tema desta edição é o mesmo do circuito que roda o País: Na pisada dos cocos. Com a presença de Adiel Luna (PE) e do projeto gaúcho Três Marias, a agenda também apresentará os grupos Coco de Zambê (RN), Samba de Pareia da Mussuca (SE), Coco do Iguape (CE) e Coco de Tebei (PE). As atividades são gratuitas e abertas ao público em geral.
Apresentando um dos gêneros mais importantes do Nordeste brasileiro, começa na terça-feira (14) a 5ª Mostra Sonora Brasil Sesc. Com atrações até domingo, em Porto Alegre, o tema desta edição é o mesmo do circuito que roda o País: Na pisada dos cocos. Com a presença de Adiel Luna (PE) e do projeto gaúcho Três Marias, a agenda também apresentará os grupos Coco de Zambê (RN), Samba de Pareia da Mussuca (SE), Coco do Iguape (CE) e Coco de Tebei (PE). As atividades são gratuitas e abertas ao público em geral.
Na terça, às 10h, Adiel Luna apresenta Coco de roda - Da pisada ao verso, na Esquina Democrática. O espetáculo convida o público a fazer uma imersão na geografia do coco - uma das manifestações mais tradicionais e presentes do Nordeste, e nas suas semelhanças e diferenças: coco de roda, coco pra São João, coco mazurcado, coco de obrigação O repertório conduz a uma viagem no tempo, mostrando a manifestação desde sua forma mais pura e encantadora - enquanto cantiga de trabalho - até como modalidade mais elaborada de rimas e métricas. Nesse contexto, o artista brinca, improvisa e explora os toques, as pisadas e os versos.
Na Mostra Sonora Brasil despontam, também, as ações formativas e sociais que ocorrerão na Afaso (Vila Nossa Senhora de Fátima) e no Hall do Sesc Centro (Alberto Bins, 665), com destaque para a oficina homônima de Luna, na quarta-feira (15), às 15h, e na sexta-feira (17), às 12h, respectivamente. No sábado (18), há mais duas oficinas: Na pegada dos cocos, das 10h às 13h, com Três Marias; enquanto das 14h às 18h, Adiel Luna apresenta Coco de roda. Inscrições: [email protected].
Na quinta-feira (16), o Sesc Centro recebe uma maratona de atrações. A partir das 16h, será exibida a obra cinematográfica Caminhos do coco, de Joice Temple, que visita as variantes da musicalidade típica da Região Nordeste (litoral e interior), nascida em aldeias indígenas e comunidades quilombolas, com canto, dança e música, acompanhados por instrumentos de percussão, como bumbo, ganzá, pandeiro, caixa. Depois, às 17h30min, o pernambucano Luna se une ao grupo Três Marias, ao porto-alegrense Richard Serraria e Dona Nadir da Mussuca para uma roda de conversa sobre a obra e o peso desse gênero na construção cultural da região. O Grupo Samba de Pareia da Mussuca fecha o dia com uma apresentação especial no Teatro do Sesc, às 19h.
Durante os cinco dias de festival, haverá apresentações na faixa das 19h, no Teatro do Sesc. Amanhã, será o grupo Coco de Iguape (CE); na quarta-feira, o grupo Coco de Zambê (RN) agita a noite; enquanto na sexta-feira, dia 17, é a vez do grupo Coco de Tebei (PE).
O coletivo Coco de Iguape é oriundo da praia homônima, no litoral cearense. Os integrantes vivem da pesca artesanal e são liderados pelos mestres Raimundo da Costa, que desde os 10 anos de idade pratica o coco de embolada, e Chico Caçuêra. Segundo pesquisadores, tem uma característica peculiar que é o andamento mais acelerado e uma dança mais "pulada". A música mantém a estrutura de refrão fixo, apresentado pelo mestre e cantado pelos brincantes, e estrofes emboladas pelos mestres, algumas criadas no calor da brincadeira. A dança acontece em pares, um de cada vez no meio da roda.
Já o Samba de Pareia surgiu há mais de 300 anos entre os escravos dos canaviais. Hoje, ele é dançado por mulheres, contando com a presença de homens apenas como tocadores que sustentam o ritmo. O grupo é liderado por uma mestra, Dona Nadir, o que é raro nos grupos de tradição, em que as funções de liderança normalmente cabem aos homens.
No dia 18 de agosto, o último da mostra, o Teatro do Sesc recebe o show Entre toques e cantigas, apresentado pelo grupo Três Marias e Adiel Luna. Engajadas na manutenção e reinvenção de expressões tradicionais, as Três Marias percorrem uma caminhada de valorização e empoderamento das mulheres na música, no toque dos tambores e no protagonismo das brincadeiras e tradições populares.
Promovido pelo Sesc, o Sonora Brasil já realizou 5.726 apresentações de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras, com um alcance de 600 mil espectadores. Em 2018, circula pelos estados do Centro-Oeste, Sul e Sudeste brasileiro. No Rio Grande do Sul, entre agosto e dezembro deste ano, os quatro grupos realizarão cerca de 50 apresentações. Mais informações estão disponíveis no site do evento.
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