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Cultura

- Publicada em 26 de Julho de 2018 às 01:00

Clássico da literatura gaúcha, O Quatrilho vira ópera

O Quatrilho vira ópera com sessões neste fim de semana no Theatro São Pedro

O Quatrilho vira ópera com sessões neste fim de semana no Theatro São Pedro


GILBERTO PERIN/DIVULGAÇÃO/JC
Cristiano Vieira
Um clássico recente da literatura gaúcha, que já passou pelos cinemas nos anos 1990, chega agora aos teatros em forma de ópera. O Quatrilho, do compositor Vagner Cunha, estreia neste sábado no palco do Theatro São Pedro, às 21h. Haverá mais duas sessões no domingo, às 18h e às 21h. Os ingressos custam entre R$ 60,00 e R$ 130,00, à venda pelo site teatrosaopedro.com.br e na bilheteria do local.
Um clássico recente da literatura gaúcha, que já passou pelos cinemas nos anos 1990, chega agora aos teatros em forma de ópera. O Quatrilho, do compositor Vagner Cunha, estreia neste sábado no palco do Theatro São Pedro, às 21h. Haverá mais duas sessões no domingo, às 18h e às 21h. Os ingressos custam entre R$ 60,00 e R$ 130,00, à venda pelo site teatrosaopedro.com.br e na bilheteria do local.
A ópera tem libreto de José Clemente Pozenato, autor da obra original O Quatrilho. Com direção de Luís Artur Nunes, o evento tem ainda regência do maestro Antonio Borges-Cunha. Esse time estrelado fornece uma ideia da superprodução que será vista no São Pedro a partir deste sábado.
Em dois atos, a ópera tem recitativos em português e árias, duetos e coros cantados em italiano. O enredo retrata a realidade dos imigrantes italianos no início do século XX, deixando claro o poder da mulher nas decisões de família e também de negócios. O título faz analogia ao jogo do quatrilho, jogo de cartas onde os parceiros se trocam ao longo da partida.
Com o tempo, a esposa de um passa a se interessar pelo marido da outra, sendo correspondida. Os dois amantes decidem fugir e recomeçar outra vida, deixando para trás seus parceiros, que viverão uma experiência dramática e constrangedora, mas nem por isto desprovida de amor.
Nos papéis principais estão as sopranos Carla Maffioletti, como Teresa, e Maíra Lautert, como Pierina, além do tenor Flávio Leite no papel de Ângelo e do barítono Daniel Germano interpretando Mássimo. Também estarão em cena a contralto Luciane Bottona, no papel de Tia Gema, o barítono Ricardo Barpp como Cósimo e o baixo Pedro Spohr como Rocco.
Segundo Cunha, a ideia surgiu há um ano e, quando foi até a Serra pedir autorização de Pozenato para adaptar o texto, veio a surpresa: o escritor adorou a iniciativa e se propôs a redigir o libreto. "Em cerca de três semanas chegou o material, que não tem mais do que 32 páginas. São, basicamente, diálogos e árias", avisa.
O compositor salienta que O Quatrilho permite múltiplos recortes para montar uma ópera: seja pela ótica do padre, por exemplo, ou de outros personagens. "Clocamos um limite no elenco e no recorte, então optamos pela história afetiva do quarteto principal. Há, ainda, três pessoas no elenco de apoio", relata Cunha.
A produção promete encantar, também, visualmente. Os elementos cênicos foram produzidos integralmente no Estado. Assinados pela porto-alegrense Malu Rocha, os figurinos surgiram a partir de fotografias de famílias italianas que viveram e trabalharam na área rural do Rio Grande do Sul durante a imigração. A montagem tem cerca de 30 peças criadas em cores frias e terrosas, retratando as personalidades dos protagonistas da trama.
Já o gaúcho Rodrigo Lopes é o responsável pela criação e concepção do cenário. Para remeter à época, o cenógrafo criou um lambrequim - adorno arquitetônico de madeira recortada muito utilizado nas casas dos imigrantes italianos. O acessório de 14 metros de largura ocupará toda a extensão dos palcos onde a ópera será encenada e estará acompanhado de alguns objetos originais que vão compor as cenas, como um barril e um fogão à lenha garimpados em antiquários.
Além da Capital, O Quatrilho seguirá um roteiro por outras cidades. Em agosto, a ópera continuará em cartaz passando por sete palcos do Rio Grande do Sul: Recanto Maestro (dia 3, no Auditório da Antonio Meneghetti Faculdade); Bagé (dia 9, no Museu Dom Diogo de Souza); Pelotas (dia 10, no Theatro Guarany); Passo Fundo (dia 12, no Teatro Notre Dame); Bento Gonçalves (dia 15, no Anfiteatro Ivo Antonio da Rold); Caxias do Sul (dia 18, no Teatro Murialdo) e Novo Hamburgo (dia 19, no Teatro Feevale). Os ingressos estão à venda pelo site blueticket.com.br (menos para Novo Hamburgo, apenas no endereço uhuu.com) e nos locais das apresentações.
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