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EXPOSIÇÃO

- Publicada em 19 de Junho de 2018 às 01:00

Diálogo das artes: Santander Cultural inaugura novas mostras de artes visuais

Obra Gravidade na linha do equador, de Marina Camargo, integra mostra RSXXI do Santander Cultural

Obra Gravidade na linha do equador, de Marina Camargo, integra mostra RSXXI do Santander Cultural


SANTANDER CULTURAL/DIVULGAÇÃO/JC
Nesta semana, o Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028) traz duas novidades na programação de artes visuais: a inauguração de mostras exclusivas. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, RSXXI - Rio Grande do Sul experimental tem cerimônia de abertura para convidados nesta terça-feira, às 19h. A partir de amanhã, o público poderá apreciar 80 obras de 12 destacados artistas da cena contemporânea gaúcha.
Nesta semana, o Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028) traz duas novidades na programação de artes visuais: a inauguração de mostras exclusivas. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, RSXXI - Rio Grande do Sul experimental tem cerimônia de abertura para convidados nesta terça-feira, às 19h. A partir de amanhã, o público poderá apreciar 80 obras de 12 destacados artistas da cena contemporânea gaúcha.
Já no sábado, às 16h, o espaço inaugura O museu desmiolado. Com curadoria de Ceres Storchi e Cláudia Antunes, a mostra é baseada no livro homônimo do poeta Alexandre Brito. A seleção é um convite para refletir o papel e a importância dos museus no mundo por meio de poemas musealizados.
Curador de RSXXI, Paulo Herkenhoff afirma: "O Brasil é gaúcho. Esses jovens artistas assumem a agenda nacional. Não se circunscrevem mais aos limites do Estado. Atuam pelo País, propõem narrativas brasileiras". Em seu texto de apresentação, ele aponta influências da história, da psicanálise, da cartografia e da literatura na produção artística de nomes daqui.
O Santander Cultural investe na arte contemporânea brasileira por meio do talento de artistas consagrados e novos talentos - motivo do Projeto RS Contemporâneo. A exposição, que parte de uma sigla de fácil memória e que provoca curiosidade, se propõe a articular a força do processo de criação contemporâneo de artistas locais.
Sem a pretensão de um levantamento completo, a iniciativa se apresenta com um recorte de artistas: André Severo, Cristiano Lenhardt, Daniel Escobar, Laura Cattani e Munir Klamt (Ío), Isabel Ramil, Ismael Monticelli, Leandro Machado, Marina Camargo, Michel Zózimo, Rafael Pagatini, Romy Pocztaruk e Xadalu. Eles apresentam fotografias, livros, instalações, vídeos, objetos, esculturas, serigrafias e documentos.
O Santander Cultural abre de terças-feiras a sábado, das 10h às 19h, e, aos domingos, das 13h às 19h. Ambas as atrações ficam em cartaz até 29 de julho, com entrada franca.

Memória em construção

Peças lúdicas estão na exposição O museu desmiolado

Peças lúdicas estão na exposição O museu desmiolado


/DELRE VIVAFOTO/DIVULGAÇÃO/JC
De forma lúdica e poética, a exposição O museu desmiolado é estruturada em formato de núcleos por meio de uma seleção de 12 poemas musealizados com objetos, músicas, paisagens, sentimentos e lugares descritos nos versos do autor Alexandre Brito. São apresentados botões de roupas, relógios parados, minúsculos objetos, a solidão que vive em cada um de nós, o sinistro, o vento, o local onde vivem musas, as paisagens crepusculares, as palavras que já não usamos mais, palíndromos e um local chamado "fim do mundo".
Uma vez que a origem da palavra grega "museu" remete à "casa das musas", no dia da abertura, e em 1 e 27 de julho, ocorre a performance Filhas da memória, com concepção e direção de Gabriela Poester. São nove atrizes que representam as filhas de Mnemóside e de Zeus. Na mitologia, Calíope (eloquência), Clio (história), Erato (poesia lírica), Euterpe (música), Melpôneme (tragédia), Políminia (música sacra), Tália (comédia), Terpsícore (dança) e Urânia (astronomia e astrologia) inspiravam as artes e as ciências.
Museu (lugar de geração de conhecimento), arte, educação, memória e poesia são as palavras-chave da mostra. As curadoras comentam sobre a iniciativa que dá protagonismo ao público infantojuvenil. Cláudia Antunes lembra que, "com o livro nas mãos, surgiu a necessidade de buscar uma parceria sólida e frutífera para concretizar o projeto e interpretar os poemas, segundo a ótica da museologia, da curadoria e da arte-educação". E Ceres Storchi destaca: "A riqueza desse panorama poético é uma experiência do mundo dos sonhos, da imaginação e dos sentidos".