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Visão de Mercado

- Publicada em 01 de Junho de 2021 às 21:06

Cultura, agente de transformação

João Satt
Muitas das empresas consideradas potências no passado recente perderam valor. A maioria ficou no caminho, restando poucas que ainda se arrastam. Será que não souberam embarcar na dita transformação digital?
Muitas das empresas consideradas potências no passado recente perderam valor. A maioria ficou no caminho, restando poucas que ainda se arrastam. Será que não souberam embarcar na dita transformação digital?
Tecnologia é o meio para transformação, e não a transformação em si. O sucesso no processo de adaptação das organizações aos novos modelos está relacionado à cultura. Não basta um direcionamento estratégico valioso, sua implementação será comprometida se for (mesmo que inconscientemente) sabotada por boa parte dos executivos da empresa.
A busca por resultados ambiciosos de curto prazo acaba, naturalmente, inibindo modelos e movimentos inovadores mais ousados. A capacidade de reinventar, seja o negócio como a si mesmo, é uma das habilidades mais complexas de um líder nos dias de agora.
Seguir fazendo o que deu certo durante muito tempo é o pior remédio para quem almeja se manter atrativo, competitivo e considerado como destino dentro do setor. A maneira como as pessoas encaram, aceitam e adotam as novas perspectivas é o que define se as suas organizações vão ficar no passado ou seguir para uma nova etapa de brilho.
Sem transformação cultural, não existe a menor chance de ocorrer transformação da organização. O fato é que, quando a cultura não está alinhada às novas demandas do mercado, a empresa sente os efeitos no bolso. Para navegar os mares da inovação de valor de maneira sustentável, não basta implementar atitudes superficiais, cosméticas. É necessário ir mais fundo: saber de onde a empresa vem (ponto A) e para onde vai (ponto B).
Em muitos casos, o sucesso do fundador é o maior dilema dos sucessores, ao se depararem com o que deve ser conservado versus o que deve ser substituído. O medo de errar paralisa, sequestra a autoestima.
A importância estratégica dos conselhos de administração cresce neste momento, passando a atuar enquanto agentes de oxigenação cultural. O novo papel do conselho é buscar trazer novas perspectivas, janelas de luz, que se traduzam em maior flexibilidade ao CEO e sua diretoria executiva. Dentro de uma visão mais ampla, hoje, o sucesso de uma companhia é consequência direta de três aspectos:
  1. Liderança firme do CEO na venda interna de um novo modelo de empresa, leve, descentralizado, visando respostas rápidas com alto impacto.
  2. Gestão e desenvolvimento de um programa contínuo de inovação.
  3. Adoção de um novo padrão cultural, que tenha como valor central a abertura e adoção a novas propostas e formatos. Quanto mais esses elementos - liderança, modelo de negócios e cultura, estiverem adaptados ao meio, maior a tendência de sucesso. Quanto menos isso ocorrer, maior a chance de fracasso. A mudança de cultura é o ponto de inflexão de uma companhia entre ter um futuro para comemorar, ou chorar.
 
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