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Visão de Mercado

- Publicada em 10 de Março de 2021 às 21:12

Flexibilidade e mudança de cultura

João Satt

João Satt


/William Botlender / Arte JC
João Satt
"Em algum momento o solo precisa ser renovado com o cultivo de algo novo." Se você não se movimenta, as oportunidades desaparecem.
"Em algum momento o solo precisa ser renovado com o cultivo de algo novo." Se você não se movimenta, as oportunidades desaparecem.
No livro Caos criativo, Tim Harford faz com que você encontre bons motivos para ter coragem de ultrapassar limites ao lidar com o inesperado. Situações incomuns são oportunidades valiosas. Tim traz histórias incríveis que iluminam a imensa escuridão que caracteriza o vazio do caos.
Brian Eno, uma das cabeças mais geniais e inquietas do mundo da música, provocou grandes artistas levando-os à improvisação. O resultado: músicas que levaram milhões de pessoas a vibrar em uma frequência até então desconhecida.
Agora, imagine Keith Jarret, um dos mais reconhecidos pianistas do planeta, convidado para fazer uma apresentação com a Orquestra de Colônia. Platéia com todos ingressos vendidos, Jarret decidiu que não iria se apresentar, uma vez que o piano não atendia às suas mínimas exigências técnicas. Por absoluta insistência, acabou subindo ao palco. Ao improvisar, descobriu sons que jamais imaginou que pudesse produzir. Pasmem, a gravação vendeu mais de 3 milhões de cópias.
Em outro momento do livro, o tema é colaboração. Estamos, agora, nas Olimpíadas de Sydney (2000), quando Hunt-Davis e sua equipe de remo inglesa, para surpresa de todos, conquistam uma medalha de ouro. Os remadores, simplesmente, não se relacionaram a não ser entre eles; sequer foram à abertura. Optaram por solidificar um sentimento coletivo de pertencimento, colaboração e compaixão. Rompendo contato com as tentações do mundo exterior, eles estavam construindo seu "capital social de ligação".
O livro é quente do início ao fim, revela fragilidades e bastidores de personalidades em situações-limite. Defende a improvisação como meio de impactar, reconhecendo a importância da "estar flexível" para decidir e agir com velocidade.
Isso tudo tem muito a ver com os negócios que precisam ser repensados e, até mesmo, reinventados. A flexibilidade é a base para conseguir dançar em qualquer palco. Se até agora você não tinha sentido na pele o mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), certamente nunca mais esquecerá o que significa.
Estamos em movimento, dentro da hélice, não tem como evitar altos e baixos. Tudo o que até então era certo ficou no passado. Sim, temos mais momentos de medo do que de euforia. Faz parte, não esquente.
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Livro de Tim Harford faz com que você encontre bons motivos para ter coragem de ultrapassar limites. Foto: Reprodução/JC
Quem não sente medo não se renova. Não é o seu caso, certo? Nossa tendência é querer compreender o que está acontecendo, analisando o que já aconteceu (dados do passado), quando, na verdade, a mudança está acontecendo agora.
O presente é o ponto de mutação. Por isso, dedique mais tempo para olhar para as pessoas, em geral. Buscar identificar o nascer do que será o valor do amanhã é central para já ir alinhando estrategicamente sua organização. A transformação digital é parte, mas longe de representar a solução do negócio. "Não surge nada de um ambiente de plena paz" - essa frase vale muitas noites de insônia.
Navegar na nossa bagunça interna, dominando o medo, é a única forma de evoluir criando e encontrando soluções até então impensadas. O segredo é aceitar os ciclos, estar aberto ao novo se mantendo flexível. Veja os problemas como desafios, assim serão o combustível para animar seu time a construir a nova colheita de sucessos.
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