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Teatro

- Publicada em 17 de Setembro de 2021 às 03:00

Começou a nova mostra Teatro, Pesquisa, Extensão do DAD

Antonio Hohlfeldt
O Departamento de Arte Dramática (DAD) da Ufrgs retomou, em agosto último, sua já tradicional mostra intitulada TPE - Teatro, Pesquisa, Extensão, que está chegando a seu décimo oitavo ano! Desde 2020, por causa da pandemia de Covid-19, os espetáculos passaram a ser apresentados através de plataformas digitais. Nesta edição, a cada mês, a partir de agosto, um novo espetáculo é apresentado, ficando disponível ao público, de modo gratuito, todas as quartas feiras, nos horários das 12h30min ou 19h30min. O interessado deve reservar antecipadamente o ingresso (gratuito) através da plataforma https://www.sympla.com.br/produtor/tpeufrgs. As liberações se dão em geral a partir do dia anterior.
O Departamento de Arte Dramática (DAD) da Ufrgs retomou, em agosto último, sua já tradicional mostra intitulada TPE - Teatro, Pesquisa, Extensão, que está chegando a seu décimo oitavo ano! Desde 2020, por causa da pandemia de Covid-19, os espetáculos passaram a ser apresentados através de plataformas digitais. Nesta edição, a cada mês, a partir de agosto, um novo espetáculo é apresentado, ficando disponível ao público, de modo gratuito, todas as quartas feiras, nos horários das 12h30min ou 19h30min. O interessado deve reservar antecipadamente o ingresso (gratuito) através da plataforma https://www.sympla.com.br/produtor/tpeufrgs. As liberações se dão em geral a partir do dia anterior.
O primeiro espetáculo apresentado chama-se Será que fica pronto a tempo?, do Grupo Espirolar Encluza. Em cerca de 40 minutos, temos um grupo de jovens que moram na periferia de uma cidade (Porto Alegre?) e que experimentam certa expectativa pelos resultados de um festival de vídeos de que participam cm uma obra, talvez o próprio trabalho a que estamos assistindo.
Os personagens, às vezes, formam casais, mas nem sempre isso ocorre. Moram, contudo, todos, num mesmo espaço, dividido entre eles e que apresenta alguns momentos de convivência coletiva, como a das refeições. Conhecemos um universo jovem, com muitas ideias, muitas dúvidas, muita disponibilidade para fazer e criar, e os diálogos expressam tudo isso, cm bastante naturalidade, até mesmo porque a dramaturgia tem a participação de todo o grupo, fixando-se, depois, num roteiro assinado por Aterna Pessoa, Cira Dias - que também assina a direção do espetáculo e do vídeo - e Gabi Fareja. A direção de fotografia e montagem é de Thiago Lázari, a trilha sonora de Pedro Spieker, elementos que garantiram a consistência da produção. No elenco, estão as mesmas Aterna Pessoa e Gabi Fareja, além de Eslly Ramão, Letícia Guimarães, Maya Marqz, Vivian Azevedo e Phill.
Tenho destacado que estamos atravessando um momento de transição e de descoberta de novas linguagens, essencialmente híbridas, por conta da pandemia. Para bem ou para mal, não me parece ser este o caso de Será que fica pronto a tempo?, que se concretiza claramente enquanto uma linguagem bem definida de vídeo, inclusive cm o uso de câmaras em primeira pessoa, detalhes e primeiros planos, o que é essencialmente característica da linguagem cinematográfica. Esta observação não significa desqualificação, mas sim, uma tentativa de marcação de espaços: de qualquer modo, os intérpretes, enquanto alunos do DAD, certamente no curso de interpretação, fazem suas experiências enquanto atores e atrizes. Do mesmo modo, os responsáveis pela realização, do roteiro à direção do espetáculo (e vídeo?), enfrentam seus desafios. E o que importa é que o resultado final é de boa qualidade, pois este vídeo/filme, enquanto narrativa de média duração, tem um desdobramento de enredo bastante eficiente e natural, apresenta sequências bem construídas que vão revelando, gradualmente, as preocupações dos personagens e as relações que existem entre eles, bem como suas idiossincrasias, semelhanças e distinções, ganhando cada figura uma identidade própria. Tenho apenas uma certa frustração com a finalização do enredo, que me parece se perder em seu encaminhamento. Mas também pode ser impressão de um primeiro contato com a obra.
A curiosidade, agora, é acompanhar os próximos espetáculos a se poder concluir a respeito de tendências destas produções que, naturalmente, tiveram uma curadoria para a escolha daquelas que participariam da mostra. Por isso mesmo, poder-se-á falar, a partir de seu conjunto, de eventuais tendências e preferências.
Desde logo, o registro auspicioso é que um grupo de jovens realizadores é capaz de registrar e refletir sobre suas próprias experiências, tanto aquelas de vida, quanto aquelas de criação artística, o quê, certamente, muito os ajudará no desenvolvimento imediato de suas carreiras.
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