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Teatro

- Publicada em 03 de Setembro de 2021 às 03:00

Theatro São Pedro: Um futuro que logo se tornará presente

Antonio Hohlfeldt
Um investimento de R$ 76 milhões até o final de 2022, além de R$ 3,1 milhões na Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - inclusive com um concurso público para integrantes; culminando com R$ 7,5 milhões para a Fundação Theatro São Pedro, foi o anúncio inédito que o governador Eduardo Leite fez em 17 de agosto, Dia do Patrimônio Cultural, em solenidade no Palácio Piratini. Que me lembre, apenas duas outras administrações haviam escolhido a Cultura como uma de suas prioridades, a de Pedro Simon, sendo secretário de Cultura Carlos Jorge Appel, o que propiciou, através do Banrisul, a aquisição do antigo Hotel Majestic, depois transformado na Casa de Cultura Mario Quintana, além da aquisição do atual teatro de Arena; e a de Germano Rigotto, sendo titular da Cultura o editor Roque Jacoby, quando destinou R$ 27 milhões para o início das obras do chamado Multipalco, projeto extraordinariamente importante de Eva Sopher que, depois de literalmente salvar o Theatro São Pedro, buscou esta utopia admirável. O que assistimos, agora, a partir do anúncio de Leite, sempre ladeado pela secretária Beatriz Araujo, no entanto, é um projeto muito mais amplo, que inclusive não se centraliza apenas em Porto Alegre, mas vai possibilitar a revitalização de múltiplos espaços culturais em todo o Estado, com especial ênfase à recuperação dos patrimônios prediais, mas também modernização e introdução de tecnologias de ponta para as instituições museológicas, o que garante acessibilidade aos acervos guardados.
Um investimento de R$ 76 milhões até o final de 2022, além de R$ 3,1 milhões na Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - inclusive com um concurso público para integrantes; culminando com R$ 7,5 milhões para a Fundação Theatro São Pedro, foi o anúncio inédito que o governador Eduardo Leite fez em 17 de agosto, Dia do Patrimônio Cultural, em solenidade no Palácio Piratini. Que me lembre, apenas duas outras administrações haviam escolhido a Cultura como uma de suas prioridades, a de Pedro Simon, sendo secretário de Cultura Carlos Jorge Appel, o que propiciou, através do Banrisul, a aquisição do antigo Hotel Majestic, depois transformado na Casa de Cultura Mario Quintana, além da aquisição do atual teatro de Arena; e a de Germano Rigotto, sendo titular da Cultura o editor Roque Jacoby, quando destinou R$ 27 milhões para o início das obras do chamado Multipalco, projeto extraordinariamente importante de Eva Sopher que, depois de literalmente salvar o Theatro São Pedro, buscou esta utopia admirável. O que assistimos, agora, a partir do anúncio de Leite, sempre ladeado pela secretária Beatriz Araujo, no entanto, é um projeto muito mais amplo, que inclusive não se centraliza apenas em Porto Alegre, mas vai possibilitar a revitalização de múltiplos espaços culturais em todo o Estado, com especial ênfase à recuperação dos patrimônios prediais, mas também modernização e introdução de tecnologias de ponta para as instituições museológicas, o que garante acessibilidade aos acervos guardados.
No caso do Theatro São Pedro, o projeto prevê a retomada das obras do Multipalco, avançando com a conclusão dos espaços do chamado teatro oficina, salas de dança e de circo, além de camarins, salas de conferências e espaços de acessibilidade. O Multipalco vai ganhar uma vitalidade inimaginável, num curto tempo. No caso específico da Fundação, já havia algumas iniciativas quase heroicas, por exemplo, de colocação do piso do teatro oficina, a partir de pequena verba disponibilizada pelo então Ministério da Cultura, mas cuja burocracia fez com que só nos últimos dias se pudesse assinar contrato com a empresa vencedora da licitação. Também no Theatro São Pedro, com uma verba irrisória, mas de qualquer modo, animadora, de R$ 1 milhão, estudos técnicos foram desenvolvidos para decidir qual alternativa poderia ser aplicada na recuperação parcial do ar-condicionado da casa, hoje, o maquinário mais antigo da cidade. Mais de um ano foi preciso para a aprovação da Caixa Econômica Federal, e isso que a instituição recebeu dos técnicos daquela instituição carinho e atenção especiais. O projeto agora iniciará a fase de licitação. Nos dois casos, o Estado sempre contribuiu com algumas contrapartidas, que precisaram ser sucessivamente atualizadas, tendo em vista a demora da tramitação.
Na mesma semana em que ocorreu o anúncio do governador, o presidente da Associação Amigos do Teatro São Pedro, Gilberto Schwarztmann, comunicou a liberação de licença, pela Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, de um valor de R$ 7 milhões, aprovados desde 2016, mas nunca liberados para a captação, pois se trata de incentivos fiscais. A ação do deputado estadual Ruy Irigaray foi estratégica para sensibilizar a atual Secretaria de Cultura, atualmente vinculada ao Ministério do Turismo. Este dinheiro vai ser destinado ao projeto total da central térmica do teatro que, na verdade, servirá também para o Multipalco. Como, ao longo dos anos, as tecnologias do setor avançaram e se modernizaram, o projeto original está sendo modificado, de maneira que cada uma das casas terá seu próprio sistema, garantindo autonomia e melhor qualidade. A primeira empresa a disponibilizar quantias significativa para o projeto foi, mais uma vez, a Gerdau.
Reorganizada a Associação de Amigos, transferidas as propriedades dos terrenos onde se erguem as duas edificações, do Estado para a Fundação, e que se encontram agora em fase de registro em cartório especial, pode-se dizer que o sonho vislumbrado por aqueles "homens bons" de Porto Alegre, lá pelos idos de 1830, e que concretizaram a elevação do Theatro São Pedro entre 1850 e 1858, ganha uma nova dinâmica. Em 2023, o Theatro São Pedro comemorará 165 anos. E daqui a outros 165 anos, poderemos festejar nosso Theatro São Pedro ao lado do Multipalco? Creio que para isso o governo do Estado deu um passo importante em direção a um futuro que logo se tornará presente.
 
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