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Teatro

- Publicada em 13 de Agosto de 2021 às 03:00

Mercado persa

Antonio Hohlfeldt
A coluna desta semana é um verdadeiro mercado persa, vai ter de tudo um pouco, mas sobretudo traduz a preocupação de respeito do colunista para com o leitor, no sentido de mantê-lo devidamente informado.
A coluna desta semana é um verdadeiro mercado persa, vai ter de tudo um pouco, mas sobretudo traduz a preocupação de respeito do colunista para com o leitor, no sentido de mantê-lo devidamente informado.
Começo por necessárias correções: no comentário sobre Sr. Esquisito que, reitero, é dos espetáculos mais criativos a que assistimos recentemente, escrevi que Marcelo Bacana era o diretor de vídeo do espetáculo. Errei, ele é o assistente de Eduardo Canto, este sim, diretor de vídeo, de fotografia e o montador do espetáculo. Peço desculpas ao leitor e, claro, ao grupo.
Do mesmo modo, e neste caso mais "histórico", errei ao escrever, a propósito de Derrota, recém-apresentada nas redes sociais, que se tratava de uma primeira montagem do dramaturgo grego contemporâneo. Na verdade, em 2014, Luciano Alabarse e Margarida Peixoto realizaram a encenação de A vertigem dos animais antes do abate, que teve temporada no Theatro São Pedro, sendo um de seus intérpretes Marcelo Adams, que foi quem me alertou do equívoco e a quem agradeço. Leitor é bom para isso também, ajudar a corrigir o colunista. Além do mais, alguns dos trabalhos deste dramaturgo grego já foram adaptados para encenação em São Paulo, como descobri depois. Portanto, devo duplas desculpas ao leitor.
Feitas estas correções, andemos para as omissões. Esta coluna, embora eu bem pretendesse acompanhar tais espetáculos, não fez nenhum registro a respeito dos 163 anos do Theatro São Pedro. Já expliquei ao leitor, em 2018, que, ao assumir a direção daquela casa de espetáculos, eu deixaria de comentar suas realizações. Mas isso não significa passar por cima de uma data que, por si só, e sobretudo diante de todos os desafios produzidos pela pandemia de Covid-19, devem justificar uma comemoração muito especial pela data. Afinal, há cerca de ano e meio fechado, o Theatro São Pedro foi a primeira sala de espetáculos a suspender sua programação em 2020, mas está sendo a primeira a retomá-la. Isso é significativo. Para tal, a equipe da casa se organizou e tem conseguido, não apenas retomar parcialmente sua programação, quanto trazer espetáculos variados, e não apenas em performances com presença física em sua sala. Começando pelos concertos da Orquestra Theatro São Pedro, em 23 de maio, sempre sob a regência do maestro Evandro Matté, o Theatro São Pedro está combinando uma programação presencial (com 30% de sua plateia) com atrações que, embora gravadas em seus espaços, sem público, são depois reproduzidas nos canais sociais, especialmente no YouTube e Instagram da instituição. Mais que isso, Dilmar Messias vem buscando reviver ao menos parte da programação cancelada, como ocorreu com a recente Operita Violoncello, que comentei neste espaço, há algumas semanas. Resta, pois, torcer que, do mesmo modo que a administração municipal quer liberar jogos de futebol, shows e outras atividades coletivas na cidade, possamos chegar à liberação da totalidade da plateia do teatro, o que ajudará a viabilizar espetáculos, não só da própria cidade, como oriundos do Centro do País, o que no momento é impossível, inclusive pela inexistência de qualquer apoio governamental da Lei Rouanet. Observe-se que já reabriu o espaço de shows do Opinião, e agora o Bourbon Country está anunciando a retomada de suas atividades. Torçamos para que a variante Delta não ponha tudo a perder, ou que a absoluta falta de responsabilidade de, infelizmente, milhares de pessoas que se aglomeram sobretudo nos finais de semana, a maioria sem máscaras, não gere uma nova onda de contágio.
Por fim, sobre o Porto Verão Alegre. Os organizadores do tradicional festival, que não pode sair no início do ano, teimaram e conseguiram realizar sua programação transferindo-a para o mês de junho último. Houve uma forte divulgação, em boa parte os patrocinadores mantiveram seus apoios e a iniciativa só pode receber aplausos, porque agora está sendo replicada pelo Palco Giratório, do Sesc, que também atrasou mas vai acontecer ainda neste ano, além do Porto Alegre em Cena, que a prefeitura de Porto Alegre promove todos os anos. E se o Palco Giratório ainda terá uma versão apenas pelas redes sociais, o Porto Alegre em Cena mesclará as alternativas de concretizar seus espetáculos, aliás, como em parte ocorreu no ano passado. Gradualmente, estamos retomando as atividades culturais, o que é fundamental para a saúde mental e emocional de todos nós, apesar de muita gente pensar ao contrário.
 
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